Cidades

JOGOS ELETRÔNICOS

Grupo de rap indígena, Brô MC's emplaca a faixa "Jaraha", em parceria com Alok

Formado por jovens da Aldeia Jaguapiru, de Dourados (MS), grupo de rap indígena emplaca a faixa "Jaraha", parceria com Alok, na nova versão do Fifa, principal game de futebol virtual do mundo

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O grupo de rap indígena Brô MC’s, formado por jovens da Aldeia Jaguapiru, de Dourados (MS), segue rompendo barreiras culturais e sociais. Agora, uma de suas canções faz parte da trilha sonora oficial do jogo “EA Sports FC 25”, um dos games de futebol mais populares do mundo, conhecido pela maioria dos aficionados em jogos eletrônicos como Fifa. 

Trata-se da faixa “Jaraha”. Criado em parceria com o DJ Alok, o tema carrega influências da cultura guarani-kaiowá, mesclando batidas eletrônicas com elementos tradicionais indígenas.

O lançamento mundial do jogo foi realizado na sexta-feira (27), e, ao lado do Brô MC’s, artistas de renome internacional integram o repertório da trilha sonora do game, a exemplo de Billie Eilish, Coldplay, Jack White e J Balvin. Os brasileiros Vintage Culture, com a música “Weak”, e Nonô, com a canção “Vem!”, também fazem parte da trilha. Ao todo, 117 músicas de artistas de 27 países vão animar as partidas de futebol do “EA Sports FC 25”.

A música “Jaraha” expõe a triste realidade dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul no passado e no presente e clama para que o canto de batalha pela retomada do tekohá seja ouvido. O termo tekohá faz referência ao lugar físico e sagrado de origem e pertencimento, onde os indígenas podem viver do jeito guarani de ser. Essa é a primeira vez que músicos de Mato Grosso do Sul estão na trilha sonora do famoso game.

CONQUISTA GLOBAL

A faixa está no álbum “The Future Is Ancestral”, de Alok, que o DJ lançou em 19 de abril deste ano – Dia dos Povos Indígenas. Desde sua formação, em 2009, o Brô MC’s tem usado o rap como ferramenta de resistência e ativismo, abordando temas como a preservação da cultura indígena, o combate ao preconceito e a luta por direitos das populações originárias.

Na condição de integrantes do grupo de rap indígena mais antigo do Brasil, Clemerson Batista, Bruno VN, Kelvin Mbaretê e Charlie Peixoto encontram no estilo um espaço para divulgar as lutas e as vivências dos povos indígenas, ao mesmo tempo em que reafirmam sua identidade cultural. A participação em um jogo com visibilidade internacional amplia ainda mais o alcance da mensagem que o Brô MC’s tem transmitido ao longo dos anos.

“A música é uma forma de comunicar ao mundo que os povos indígenas são contemporâneos, estão presentes na sociedade atual e têm muito a contribuir”, destaca Clemerson. “A inclusão em ‘EA Sports FC 25’ não é apenas uma conquista musical, mas também cultural, levando as questões indígenas brasileiras para uma audiência global”, completa o músico.

O grupo Brô MC’s já conquistou espaços importantes, tendo se apresentado em eventos nacionais e internacionais, a exemplo do Rock in Rio, e foi mencionado em questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

Suas músicas, muitas vezes compostas em guarani e em português, dialogam com a juventude indígena e urbana, ressaltando a força e a vitalidade das culturas originárias. Com a faixa “Jaraha”, eles seguem impactando novos públicos e reafirmando seu papel como pioneiros no cenário do rap indígena brasileiro.

“Desde que a trilha sonora foi introduzida pela primeira vez na edição do jogo de 1997, ela se tornou um momento cultural no calendário musical e uma plataforma para muitos artistas emergentes cujas carreiras decolaram após a participação na playlist”, escreve a produção do Brô MC’s em comunicado oficial. A banda BaianaSystem, de Salvador (BA), é um dos nomes que foi catapultado ao estrelato graças ao Fifa.

A trilha sonora do jogo “EA Sports FC 25” reflete a diversidade global da música. E a participação dos Brô MC’s reforça a importância da representatividade indígena no cenário artístico. “Essa nova etapa na trajetória do grupo é um testemunho do poder transformador da música, unindo o local e o global e ampliando as vozes indígenas em uma das plataformas de entretenimento mais populares do mundo”, diz o comunicado.

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Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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