Cidades

Estatística

Homofobia e transfobia disparam em MS, maior aumento do Brasil

Anuário Brasileiro de Segurança Pública revela que Estado também é o quarto em crescimento de casos de racismo

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Mato Grosso do Sul é o Estado com o maior crescimento dos casos de homofobia e transfobia no Brasil, e o segundo em termos de crescimento dos casos de injúria racial. As informações constam no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, publicado nesta quinta-feira (18).

Conforme o anuário, que faz um levantamento detalhado de quase todos os dados de ocorrências policiais do Brasil, de 2022 para 2023, os casos de homofobia e transfobia no Estado cresceram 600%. Os registros desses casos saltaram de 2 para 14, e a taxa desse tipo de crime em território sul-mato-grossense passou de 0,1, em 2022, para 0,5, no ano passado.

O segundo maior crescimento dos casos de transfobia e homofobia no Brasil foi verificado em Santa Catarina, com um avanço de 500%. Ainda assim, o índice em Santa Catarina é inferior ao de MS: saiu de 0 e foi para 0,1.

O maior índice de incidência do crime de homofobia e transfobia é no Ceará, cuja taxa em 2023 foi de 3,9. As segundas maiores taxas, respectivamente, são no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal: 3.

O anuário contextualiza que a homotransfobia chegou ao Judiciário antes de aportar no Legislativo, pelo reconhecimento da omissão inconstitucional do Congresso Nacional em tratar do tema.

“Em 2019, o STF, por maioria, reconheceu, nos julgamentos da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26, e do Mandado de Injunção (MI) 4.733, que direitos fundamentais da população LGBTQIAPN+ precisavam ser salvaguardados e, enquanto não houvesse lei disciplinando essa matéria a homofobia e a transfobia, reais ou supostas, passariam a ser enquadradas, como tipo penal, na Lei de Racismo (Lei 7.716/89), bem como, no caso de homicídio doloso, constituiriam circunstâncias qualificadoras, por configurarem motivo torpe”, explica o anuário.

Estupro

Mato Grosso do Sul também é o estado brasileiro com mais casos absolutos de estupros de pessoas LGBTQI+. O casos saltaram de 19, em 2022, para 57, em 2023, crescimento de 200%, o maior do Brasil. 

O Estado ainda teve dois casos de assassinatos de LFBTQI+ ano ano passado, mesma quantidade de 2022. Os casos de lesão corporal tiveram redução de 20,4%, passaram de 54 em 2022 para 43 no ano passado. 

 

* Para os crimes de lesão corporal dolosa e homicídio doloso, os dados dizem respeito aos registros de boletins de ocorrência cuja motivação do crime foi homofobia ou LGBTfobia. Para os crimes de estupro, foram consideradas vítimas que se declararam, no momento do registro do Boletim de Ocorrência, como homossexuais ou bissexuais.

* Há estados em que não aprecem números absolutos, porque eles não diferenciam a homofobia ou transfobia como motivação ao registrarem as ocorrências 

 

Racismo

O crescimento das notificações de racismo em Mato Grosso do Sul também é vertiginoso: o terceiro maior do Brasil. De 2022 para 2023, conforme o anuário, foi de 342,3%.

O aumento só é menor do que as notificações verificadas no Paraná (630% a mais) e no Rio Grande do Norte (345,7% a mais).

Em 2022, foram 47 casos de racismo registrados em Mato Grosso do Sul, e no ano seguinte, 208. Isso fez com que a taxa saltasse de 1,7 para 7,5 no Estado.

A maior taxa de crimes de racismo no Brasil é verificada no Estado do Rio Grande do Sul: 26,3, seguida por Paraná (14), Sergipe (13,5) e agora, Mato Grosso do Sul.

“A investida atual e sucessiva no enfrentamento ao racismo, em especial em 2023, pode ser causa, juntamente com as alterações legislativas recentes e com os novos parâmetros jurisprudenciais que explique esse movimento dos dados aqui descrito. Considerando que os dados oficiais estão sujeitos a uma série de limites de validade e de confiabilidade, o mais ajustado para interpretar esse aumento nos registros é afirmar que maior atenção tem sido dada àquele tipo penal”, explica o anuário.

No que diz respeito à injúria racial (em que há o xingamento racista contra a honra de alguém, mas sem a intenção de ofender a coletividade, razão que o diferencia do crime de racismo), Mato Grosso do Sul teve 485 casos no ano passado, um crescimento de 0,6% quando comparado aos 482 casos do ano anterior.

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MATO GROSSO DO SUL

Helicóptero da Marinha resgata adolescente em trabalho de parto no Pantanal

Bebê nasceu em comunidade ribeirinha antes da chegada ao hospital

21/12/2025 14h30

O bebê, um menino, nasceu chorando e chegou a iniciar a amamentação

O bebê, um menino, nasceu chorando e chegou a iniciar a amamentação Divulgação

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Um helicóptero da Marinha do Brasil realizou, na tarde desta sexta-feira (20), um atendimento aeromédico para resgatar uma adolescente de 14 anos que entrou em trabalho de parto em uma região ribeirinha próxima à Barra do São Lourenço, no Pantanal.

O local fica a cerca de 250 quilômetros da área urbana de Corumbá, em uma área de difícil acesso, próxima à divisa entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

De acordo com as informações repassadas pela Marinha, a jovem estava deitada em uma rede quando fez uso do medicamento Dorflex e, logo em seguida, houve a ruptura da bolsa amniótica. Diante da situação, ela foi colocada em posição adequada para o parto, que ocorreu ainda no local.

O bebê, um menino, nasceu chorando e chegou a iniciar a amamentação. Conforme o médico da Marinha que prestou o atendimento, o parto foi considerado prematuro, mas não houve descolamento de placenta.

Após o nascimento, mãe e recém-nascido foram transportados de helicóptero até o 6º Distrito Naval, em Ladário. Na sequência, uma viatura do Corpo de Bombeiros Militar realizou o transporte terrestre até uma maternidade de Corumbá, onde a adolescente foi entregue aos cuidados da equipe médica de plantão.

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Cidades

Idoso e criança morrem em acidente entre dois veículos em Campo Grande

Carros bateram de frente próximo ao Autódromo Internacional; Vítimas eram da mesma família

21/12/2025 13h33

Acidente aconteceu na BR-262, em Campo Grande

Acidente aconteceu na BR-262, em Campo Grande Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Um idoso de 80 anos e uma criança, de 11, morreram em acidente envolvendo dois carros, na tarde deste domingo (21), na BR-262, próximo ao Autódromo Internacional de Campo Grande. 

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, as vítimas eram da mesma família e seguiam em um Honda Fit, conduzido por uma mulher, que era filha do homem e avó da menina que faleceram.

Informações preliminares do Corpo de Bombeiros era de que a vítima havia dormido ao volante, mas testemunhas disseram que ela tentou realizar uma ultrapassagem indevida e acabou batendo de frente um HB20, que seguia no sentido contrário.

Com o impacto da colisão, o Fit saiu da pista e parou às margens da rodovia, em uma área de vegetação.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram acionados para prestar os atendimentos às vítimas.

O pai da condutora e a criança, que estavam de passageiros, morreram no local, enquanto ela foi socorrida com fratura na perna e encaminhada a Santa Casa de Campo Grande, consciente e orientada.

No outro veículo estava apenas o motorista, que também estava consciente e recusou atendimento.

Durante o trabalho de socorro e perícia, o trânsito no local ficou parcialmente interditado.

O caso deverá ser investigado pela Polícia Civil.

 Acidente aconteceu na BR-262, em Campo GrandeHB20 foi atingido por outro veículo que tentava ultrapassagem (Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado)

Operação Rodovida

Na última terça-feira (16), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou a Operação Rodovida, com intensificação da fiscalização e prevenção de acidentes nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul no período das férias escolares, Natal, Ano Novo e o Carnaval.

A Operação Rodovida é a maior operação de segurança viária do Brasil. No período da operação, instituições responsáveis pela fiscalização em vias urbanas e rurais se unem para reduzir a letalidade e o índice no trânsito.

As metas estão previstas no Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), que segue o índice previsto pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é reduzir em pelo menos metade, até 2030, o número de mortes no trânsito brasileiro.

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