A chuva que caiu em Campo Grande na manhã desta quarta-feira (5) causou diversos estragos e problemas que persistem ainda no fim da tarde. Na região central, os semáforos desligados geraram caos no trânsito, especialmente no horário de pico, quando o movimento aumenta.
Equipe do Correio do Estado percorreu diversas ruas do Centro e encontrou uma situação caótica. Isto porque, com os semáforos desligados e o movimento intenso, acaba se formando congestionamentos e cruzamentos fechados por motoristas tentando passar.
Em nota, a Prefeitura de Campo Grande informou que equipes da Agência Municipal de Trânsito (Agetran) estão envolvidas, junto a outras secretárias, nos trabalhos de rescaldo da chuva, que não tem hora para terminar.
"Equipes de sinalização e manutenção semafórica seguem trabalhando para restabelecer os semáforos afetados. Em alguns trechos, a falta de energia elétrica ainda impede o pleno funcionamento dos equipamentos, o que deve ocorrer em plenitude tão logo o fornecimento seja normalizado pela concessionária do setor", disse a prefeitura, em nota.
Os semáforos de Campo Grande começaram a ser trocados recentemente, substituindo os equipamentos antigos.
"A substituição dos semáforos ocorre como parte de um processo de manutenção preventiva. Os equipamentos são antigos e já vinham sendo trocados gradualmente ao longo do tempo", argumentou a Agetran no mês passado.
No que diz respeito à gestão desses equipamentos, a responsabilidade sobre os semáforos de Campo Grande passou das mãos do "Consórcio CAM" para o "CAM II", uma segunda versão da sociedade consorciada.
O consórcio Cam comanda os serviços dos semáforos desde 2018 em Campo Grande, já tento anotado renovações consecutivas em um contrato que chegou a render R$ 51,8 milhões por ano.
Acontece que, tanto a primeira versão quanto o Consórcio CAM II são formados pelas mesmas empresas: Arc Comércio, Construção e Administração de Serviços e Meng Engenharia Comércio e Indústria, sendo que a fundação do segundo data de 20 de setembro do ano passado.
Por esse motivo, a licitação vencida em 11 de setembro de 2024 pelo valor total de R$ 23.200.359,81, cerca de R$1,2 milhão mais barata que o previsto, foi assinada à época pelos representantes da ARC após uma longa novela de "abre e fecha" do certame.
A licitação milionária em questão foi retomada apenas em 06 de setembro, após uma série de suspensões que começaram em menos de um mês após a troca no comando da Agetran, quando Janine Bruno (que chefiou a pasta por sete anos) foi trocado pelo ex-dono de autoescola, Paulo Silva, quando os valores do certame giravam em torno de R$ 24 milhões.
Estragos da chuva
Segundo informações do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec) em um período de 25 minutos o volume de chuva chegou a 27,5 milímetros na Capital, com ventos de até 88,9 quilômetros por hora nesta manhã.
A Central 156 recebeu em torno de 40 solicitações referentes à queda de árvores.
A Prefeitura de Campo Grande informou que equipes de várias Pastas estão nas ruas realizando trabalho de contenção de danos, que envolve principalmente a remoção de árvores caídas e suporte a famílias em áreas de vulnerabilidade, devendo se estender ao longo de pelo menos mais um dia.
Há alerta laranja vigente, de perigo de novas tempestades dentro das próximas 48 horas.
Além da remoção de árvores caídas, o trabalho envolve a distribuição de lonas para proteção imediata de telhados danificados.
Ainda segundo o Executivo Municipal, todas as equipes devem ser permanecer mobilizadas até que as situações emergenciais sejam solucionadas.
A Prefeitura orienta a população para que, em casos de emergências relacionadas às chuvas, acione os serviços municipais pelo telefone 156, da Ouvidoria Municipal.


Cortejo do padre no caminhão do Corpo de Bombeiros Militar


