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Imóveis de até R$ 800 mil terão escrituras mais baratas

Projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa reduz o preço das escrituras para os imóveis de entrada e sobe o preço do serviço para imóveis milionários

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Aprovado em primeira votação na Assembleia Legislativa na semana passada e com aprovação em segunda votação nesta semana praticamente encaminhada, o projeto de lei do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) que altera as taxas cartorárias no Estado vai baratear o valor das escrituras dos negócios jurídicos (a maioria deles compra de imóveis) de até R$ 800 mil e encarecer as escrituras de imóveis negociados acima desse valor. 

Essa foi a equação encontrada pela Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça para tornar o preço das taxas cartorárias de Mato Grosso do Sul mais competitivo quando comparado com outros estados brasileiros.

O esforço não foi realizado apenas no sentido de reduzir o valor das escrituras, as contribuições para vários fundos ligados às carreiras jurídicas também tiveram queda de 33%. 

Antes, ao lavrar uma escritura, um cidadão tinha a obrigatoriedade de recolher 35% além do valor do documento para vários fundos, como o Fundo Especial para a Instalação, o Desenvolvimento e o Aperfeiçoamento dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais (Funjecc), o Fundo Especial de Desenvolvimento e Apoio ao Ministério Público (FeadMP-MS), o Fundo Especial para o Aperfeiçoamento e o Desenvolvimento das Atividades da Defensoria Pública (Funadep) e o Fundo Especial para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da PGE-MS (Funde-PGE).

Agora, com a redução de 33% no valor das taxas, a contribuição para essas instituições passou a ser de 23,45% do total da escritura. 

Para que essa redução acontecesse, um acordo foi firmado entre o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, a Defensoria Pública e a Procuradoria do Estado. A assinatura desse acordo ocorreu com a intermediação do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro; do procurador-geral de Justiça Alexandre Magno Benites; do procurador-adjunto Legislativo, Romão Ávila; além da procuradora-geral do Estado, Ana Carolina Ali Garcia; e da consultora Legislativa Doriane Gomes.

A redução para a escritura de um imóvel de R$ 400 mil, por exemplo, pode chegar a 12,35%. Já para imóveis de alto valor, haverá aumento. Os que custam mais de R$ 5 milhões, por exemplo, pagarão 24,63% a mais pela escritura. 

O Correio do Estado apurou que o objetivo da Corregedoria do TJMS foi dar um efeito "Robin Hood" para baratear as escrituras dos imóveis mais baratos, compensando com valores maiores de negócios de maior valor. 

Entidades ligadas ao setor, porém, continuam reclamando, afirmando que em outros estados, como no Paraná, o valor é bem menor.

Nos corredores do Tribunal de Justiça e mesmo na Assembleia Legislativa, porém, a avaliação é de que o projeto atual era o projeto possível de ser feito em Mato Grosso do Sul. 

O que ocorre atualmente é que, no caso de um imóvel de R$ 300 mil, o custo dos serviços cartorários é o mesmo que o de um imóvel de R$ 5 milhões, ou mais, realidade que deve mudar com novo projeto. 

Registros

Para outras tabelas, haverá aumento de preços. É o caso do registro dos imóveis. Atualmente, qualquer imóvel de valor superior a R$ 500 mil paga R$ 4.195,80 pelos serviços cartorários (taxas já incluídas).

Com a nova regra, a tabela subirá gradativamente, à medida que o valor do imóvel aumentar. O registro de um imóvel de R$ 10 milhões, por exemplo, que hoje paga o mesmo preço do de R$ 500 mil, passará a ser de R$ 11.926,13, por exemplo. 

TAXAS CARTORÁRIAS

O texto do projeto de lei sobre as taxas cartorárias foi aprovado em primeira votação na quinta-feira (7). Foram 19 votos, sendo 18 a favor e 1 contra. O único contrário foi João Henrique Catan (PL).

A previsão é de que a segunda votação aconteça nesta semana, visto que o projeto tem urgência e o Legislativo estadual entra em recesso neste mês.

O projeto de lei que visa reduzir as taxas cartorárias, com descontos de até 75% nas escrituras imobiliárias, começou a tramitar na Alems. A proposta destaca a falta de ajustes nas taxas desde 2014.

A maior redução é para atos ligados ao programa Minha Casa, Minha Vida, com descontos de 75% para imóveis do FAR e FDS, e 50% para outros empreendimentos. O projeto, após enfrentar impasses, agora busca a aprovação na Alems.

Na tabela antiga, as escrituras de imóveis de R$ 300 mil para cima tinham o mesmo custo e estavam no teto, com o valor de R$ 7.847,00. Agora, o valor máximo é de R$ 10.695,00 (sem o Funjecc) e é referente a propriedades com valor igual ou superior a R$ 5.000.001,00.

Ainda pelo novo texto da lei, a tabela agora fará um escalonamento maior entre os valores da escritura, a que está em vigor tem apenas 20 faixas, e a que pode ser aprovada estabelece 58 variedades de preços.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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