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Impasse pode gerar um novo aumento da tarifa de ônibus

Consórcio Guaicurus entrou com ação na Justiça para incluir Imposto Sobre Serviços na passagem

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O Consórcio Guaicurus, empresa responsável pelo serviço de transporte coletivo de Campo Grande, entrou com uma ação na Justiça reivindicando o recálculo imediato da tarifa de ônibus na Capital, o que tem gerado impasse com a prefeitura. 

A empresa quer a inclusão do Imposto Sobre Serviços (ISS), que voltou a ser cobrado no ano passado sobre o valor da passagem de ônibus.

O pedido foi encaminhado ao juiz Ricardo Galbiati, da 2ª Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos, e foi determinado ganho de causa, contudo, o Executivo tem recorrido à Justiça quanto à sentença.

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A inclusão do ISS no valor da tarifa foi solicitada pelo presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, na Justiça, alegando queda de movimento causada pela pandemia. 

“Entramos com o pedido na Justiça para que adicionasse o ISS no valor da tarifa, já que conversando com a prefeitura isso não aconteceu. O Executivo trouxe de volta esse imposto em momento delicado da pandemia, e nós ficamos encarregados de pagar um imposto cuja obrigação não cabe a nós”, explicou.  

Com a inclusão do ISS, o valor da tarifa deve chegar a R$ 4,35. Pelo contrato, o novo reajuste deverá ocorrer no fim deste ano. 

Atualmente, o passe do transporte público de Campo Grande custa R$ 4,20, e o último aumento ocorreu em dezembro de 2020.  

O debate quanto ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato do transporte público é um problema antigo, que vem sendo debatido há meses, mas, ainda assim, o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), afirmou que aguarda a decisão da Justiça.  

“Teve uma decisão judicial afirmando que eles [consórcio] têm direito ao reequilíbrio, nós recorremos e está na instância superior, mas até agora não há nenhum tipo de reajuste, nem maior ou menor. Estamos aguardando o trânsito em julgado da ação que transcorre no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul”, apontou Trad. 

Tarifa

O ISS voltou a ser cobrado em 2020, com a alíquota de 3%, que corresponde a R$ 0,13, após anos de isenção sistemática concedida por meio de leis complementares. 

Além disso, a empresa responsável pelo transporte alega falta de recursos para manter o funcionamento dos ônibus.  

“Em 2013 esse imposto foi tirado e em 2020 voltou, mesmo sem o reequilíbrio econômico e em um cenário de pandemia. Queremos que a prefeitura cumpra com as determinações da Justiça, é deles a obrigação de adicionar o ISS. Se o cálculo da tarifa estivesse correto, não estaríamos nessa situação”, destacou Rezende.

O presidente do Consórcio Guaicurus reitera que a falta de iniciativa por parte da prefeitura no cumprimento das determinações influencia diretamente no funcionamento dos serviços. 

“O transporte urbano é um serviço público, tem que ser disponibilizado pela prefeitura, o consórcio não tem obrigação de custear o transporte coletivo, a gente presta um serviço e a clientela não está sendo suficiente para fechar a conta", avaliou.

"Cobram melhorias, mas havendo uma deficiência nas contas isso não é possível, apenas com recursos poderemos melhorar a frota e outros fatores”, complementou.

Ajuste

Em novembro de 2020, as partes envolvidas no serviço de transporte coletivo, ou seja, a Prefeitura de Campo Grande, a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e o Consórcio Guaicurus, assinaram um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), com o objetivo de realizar ações de melhoria no transporte público da Capital.  

Contudo, há mais de 120 dias o processo que promete trazer soluções para o transporte coletivo está emperrado no TCE. Por conta disso, Rezende apontou que nada tem sido feito quanto ao cumprimento dos termos, o que, segundo ele, dificulta melhorias no serviço.  

“O cumprimento do TAG está em aberto, o TCE elaborou o documento, mas nada tem sido feito. O próprio Tribunal de Contas determinou o reequilíbrio financeiro para 31 de março e segue sem nenhuma adequação. O consórcio tem pedido para retomar os trabalhos, isso não pode ficar sendo descumprindo, do que adianta termos assinado o termo?”, alegou Rezende.

Conforme apurado, o Tribunal de Contas do Estado é responsável por fiscalizar o cumprimento do TAG, identificar e propor mecanismos para as medidas que estão em discussão para o transporte, o que não tem sido feito.  

Segundo publicação feita pelo Correio do Estado em agosto, a última ação de fiscalização por parte do TCE ocorreu no dia 11 de maio deste ano, quando o órgão encontrou irregularidades no cumprimento de alguns pontos do TAG. 

Desde então, nada foi feito quanto às penalidades aos envolvidos ou a novas determinações. 

“Falam que o consórcio não cumpre o termo da idade média da frota, mas o TAG também precisa ser cumprido por todos, o que não está acontecendo. Queremos renovar a frota, mas estamos impedidos por falta de recursos, porque a tarifa está defasada e o reequilíbrio consta no termo”, apontou João Rezende.  

A reportagem entrou em contato com o conselheiro relator da ação, Waldir Neves, para mais informações a respeito do andamento dos trabalhos, mas não tivemos resposta.  

Faturamento

Segundo dados do Consórcio Guaicurus encaminhados à Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) e aos quais o Correio do Estado teve acesso, em 2020, a empresa teve mais despesas do que faturamento. Em 2019,

o consórcio teve uma receita de R$ 166 milhões

e despesas de R$ 158 milhões. Com uma margem de lucro de

R$ 8 milhões, a situação foi melhor do que no ano passado, quando as despesas continuaram altas, R$ 112 milhões, mas a receita caiu para R$ 92 milhões, um saldo negativo de R$ 20 milhões.

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Cidades

Após seis meses em queda, geração de empregos volta a subir em MS

Principais responsáveis por esse resultado foram o setor de Serviços e Indústria, enquanto a Agropecuária segue em queda no Estado

27/09/2024 13h26

Após seis meses em queda, geração de empregos volta a subir em MS

Após seis meses em queda, geração de empregos volta a subir em MS Gerson Oliveira

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Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nesta manhã (27), mostram que após seis meses, a geração de empregos voltou a subir em Mato Grosso do Sul, mas em um ritmo menor que comparado a 2023.

Em agosto, conforme as estatísticas, houveram 34.376 admissões e 32.401 desligamentos, totalizando a 1.975 novas vagas de trabalho no Estado o que demonstra uma pequena crescente no ritmo de geração de vagas que vem caindo desde fevereiro, quando o mercado de trabalho atingiu seu pico, com 5.932 vagas de saldo entre contratações e desligamentos.

Os dois principais responsáveis por esse resultado foram o setor de Serviços com 1.288 vagas e a Indústria que fechou 752 vagas, já o Comércio registrou (594), e a Agropecuária (44). Em contrapartida, no saldo negativo, o setor de Construção mostrou -702 vagas e não identificado (-1). 

Em âmbito nacional, a taxa de desocupação caiu para 6,6% no trimestre de junho a agosto de 2024, recuando 0,5 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de março a maio de 2024 (7,1%) e caindo 1,2 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (7,8%). 

A população desocupada caiu para 7,3 milhões, o menor número de pessoas procurando trabalho desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Esse número mostrou reduções significativas nas duas comparações: no trimestre, a população desocupada diminuiu -6,5%, o que significa menos 502 mil pessoas buscando trabalho. Frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, a redução foi mais intensa, -13,4%, ou menos 1,1 milhão de pessoas em busca de uma ocupação.

O Caged aferiu apenas as contratações formais de trabalhadores, via CLT, o chamado emprego de carteira assinada. Entretanto, quando se fala de pleno emprego, leva-se em consideração outra estatística – e que foi publicada no início deste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Essa estatística, nesse caso, conta não apenas os trabalhadores de carteira assinada, mas todas as ocupações, entre serviço público, empresários, microempreendedores e até mesmo trabalhadores informais.

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EXITUS

Com alvos em MS, operação mira quadrilha que queria soltar presos

Possíveis elos com o chamado Primeiro Comando da Capital (PCC) teriam ajudado grupo que nasceu em Anápolis (GO), ainda em 2018, a expandir as atividades pelo território nacional

27/09/2024 12h54

 policiais dessa operação de combate ao crime organizado cumpriram 37 mandados judiciais em três Estados

policiais dessa operação de combate ao crime organizado cumpriram 37 mandados judiciais em três Estados Reprodução/PF

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Mato Grosso do Sul aparece na lista de Unidades da Federação que receberam, nesta sexta-feira (27), ações da operação da Polícia Federal (PF) que tenta desarticular quadrilha especializada no resgate indivíduos que cumprem pena em restrição de liberdade. 

Envolvida na prática de tentativas de resgate de integrantes que estão presos; bem como crimes de tráfico de drogas, a quadrilha entrou na mira da Polícia Federal após uma dessas operações que buscavam tirar indivíduos do cárcere. 

Conforme a PF, em nota, essa tentativa que colocou a quadrilha no radar foi registrada no mês de novembro do ano passado, executada no município de Corumbá de Goiás.

Foi justamente essa ação que deu início a uma série de investigações minuciosas, que pôr contar com essa disseminação de informação, entre as mais diversas forças policiais brasileiras, deram nome à Operação da PF. 

Operação

 policiais dessa operação de combate ao crime organizado cumpriram 37 mandados judiciais em três EstadosReprodução/PF

Batizada de Operação Exitus, a ação foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Estado de Goiás (FICCO/GO), cumprindo mandados em: 

  • Goiânia–GO,
  • Pirenópolis–GO,
  • Corumbá de Goiás–GO,
  • Cocalzinho de Goiás–GO,
  • Alexânia–GO,
  • Anápolis–GO,
  • Ceilândia–DF,
  • Brasília–DF e
  • Campo Grande–MS,

Ao todo, os policiais dessa operação de combate ao crime organizado cumpriram 37 mandados judiciais, dos quais 24 eram de busca e apreensão e os outros 13 de prisão preventiva. 

 

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