Cidades

VACINAÇÃO

Mato Grosso do Sul pode ser o primeiro estado do país a atingir imunidade coletiva

Treze cidades da faixa de fronteira terão vacinação em massa, o que resultará em mais doses para os outros municípios

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Destaque nacional na distribuição e aplicação das doses contra a Covid-19, Mato Grosso do Sul pode se tornar o primeiro estado a chegar na imunidade coletiva e até a imunizar toda a sua população, prevê o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende. 

Nos próximos dias, o ranking de vacinação deverá dar um salto, com a imunização de 150 mil moradores de 13 municípios da fronteira com o Paraguai e a Bolívia.

“Além das 105 mil doses que estamos recebendo hoje [24], da Coronavac, Janssen e Pfizer, teremos uma remessa de 40 mil doses até o dia 28. Serão quase 300 mil vacinas, o que certamente nos colocará na primeira posição na aplicação da D1 [primeira dose] e D2 [segunda dose], e consequentemente seremos o primeiro estado a imunizar toda a sua gente”, frisou Resende.

O envio para a fronteira é referente aos 5% das 3 milhões de doses da Janssen que devem chegar nesta sexta-feira ao País. Produzida pelo grupo Johnson & Johnson, este imunobiológico é de dose única e eficácia de 85% para casos graves de Covid-19 e proteção completa contra hospitalização e morte pela doença.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o repasse de doses extras faz parte de estudo do Vaccine Effectiveness in Brazil Against Covid-19 (Vebra Covid-19). 

Liderado pelo infectologista e pesquisador Julio Croda, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a pesquisa vai analisar o impacto da vacinação em massa em pessoas entre 18 a 50 anos nas 13 cidades de fronteira do Estado, após 14 dias de dose única da Janssen.

“Vamos conseguir vacinar toda a população acima de 18 anos muito rapidamente e vamos comparar a redução de casos e óbitos pré e pós intervenção, contrapondo com outras cidades do Estado que tenham características parecidas e que não estão na fronteira”, relatou Croda.

Segundo o infectologista, a pesquisa vai checar, ainda, como a imunidade de rebanho vai atuar em relação às crianças, que não receberão essa vacina. Croda estimou que, em duas semanas, todo o público elegível da pesquisa será vacinado.

“Depois disso, vamos aguardar duas semanas para ver a diferença em relação ao número de casos de óbitos e internações. Vamos comparar também com quem recebeu outros imunizantes”, disse o pesquisador.

Além de acompanhar os índices de síndromes respiratórias agudas graves (Srag) por meio dos testes RT-PCR, Croda relatou ao Correio do Estado que este será o primeiro estudo de vacinação em massa com a Janssen, em um contexto com a nova variante gama (antiga P.1), descoberta em Manaus (AM).

“Com certeza [vai ajudar a acelerar a vacinação em MS], somos um Estado pequeno, e essa quantidade de doses vai fazer toda a diferença”, salientou Croda. Conforme o infectologista, mais de 20 pesquisadores estarão envolvidos na análise. Cabe à SES determinar o início da vacinação.

Os municípios que vão fazer parte do estudo de vacinação em massa são Mundo Novo, Japorã, Sete Quedas, Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Ponta Porã, Antônio João, Bela Vista, Caracol, Porto Murtinho, Corumbá e Ladário.

Últimas notícias 

FRONTEIRA SECA

Ao Correio do Estado, o prefeito de Ponta Porã, Helio Peluffo (PSDB) afirmou que, com os repasses, o município deve aplicar as vacinas da Janssen também em brasiguaios, moradores com dupla nacionalidade. 

Isso deve acontecer porque existem mais cartões do Sistema Único de Saúde (SUS) emitidos para Ponta Porã do que a população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

Conforme o prefeito de Ponta Porã, o IBGE aponta uma estimativa populacional de 94 mil habitantes, enquanto há 120 mil atendidos pelo sistema público de saúde na cidade. “E ainda temos por volta de 10 a 15 mil estudantes de medicina e seus familiares, e é por isso que já havíamos solicitado os repasses extras à fronteira”, reiterou.

Com os repasses da Janssen, Peluffo acredita que toda a população adulta de Ponta Porã poderá ser imunizada contra o coronavírus. O prefeito salientou, ainda, que após encerrar essa etapa de vacinação em massa, o município deve deixar de receber novas doses da Coronavac e Janssen.

“Provavelmente, vamos passar o que seria a nossa cota de vacinas para os outros municípios. Em um segundo momento, vamos lutar para que possamos continuar recebendo doses para os trabalhadores fronteiriços que transitam de um lado para o outro”, disse Peluffo.

AGILIDADE

Por meio das redes sociais, o secretário municipal de Saúde de Corumbá e presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-MS), Rogério Leite, afirmou que toda a população adulta do município será vacinada com a dose única da Janssen em menos de uma semana.

“Teremos a oportunidade de fazer a imunização de toda a nossa população em um breve espaço de tempo, em torno de cinco dias para dar essa segurança e saúde para toda a nossa cidade”, disse.

A estratégia de imunização contará com oito pontos de vacinação, sendo quatro fixos e quatro em drive-thrus. Os locais de aplicação das doses ainda serão definidos pela prefeitura de Corumbá. 

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Apuração

MP investiga danos ambientais e turvamento de água em Bonito

Investigação foi aberta pela 2ª Promotoria de Justiça após fiscalização do Imasul

21/12/2025 11h45

Município é conhecido por áreas verdes e pelo ecoturismo

Município é conhecido por áreas verdes e pelo ecoturismo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades ambientais em uma área rural no município de Bonito, interior do Estado. A investigação foi aberta pela 2ª Promotoria de Justiça após fiscalização do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) constatar uma série de problemas ambientais no local, sobretudo o turvamento dos rios da região, conhecida pelo ecoturismo.

De acordo com o laudo técnico do Imasul, as Áreas de Preservação Permanente (APPs) ao longo de cursos d'água não possuem cercamento, o que permite o acesso de gado. Também foram identificados trechos sem vegetação arbórea, passagens de animais e veículos diretamente dentro dos córregos, situação que provoca o turvamento da água,  além do armazenamento inadequado de tanques de combustíveis próximo à sede da propriedade, sem a devida licença ambiental. Apesar das irregularidades, não foi constatada contaminação do solo.

A fiscalização resultou em auto de infração e em determinações claras para a regularização da área. Entre as medidas exigidas estão o cercamento integral das APPs para impedir a entrada de animais, a recuperação das áreas degradadas com recomposição da vegetação nativa por meio de um Projeto de Recuperação de Área Degradada ou Alterada (Prada), a adequação das travessias para que gado e veículos não cruzem mais os cursos d'água, e a impermeabilização, com sistema de contenção, da área destinada ao armazenamento e abastecimento de combustíveis. Também foi solicitada a comprovação da existência de plano de manejo e conservação do solo e da água.

Além disso, o proprietário deverá apresentar relatório técnico conclusivo sobre o corte de árvores nativas isoladas, vinculado à autorização ambiental correspondente, bem como enviar registros fotográficos das adequações realizadas. Os prazos estabelecidos variam entre 30 e 60 dias, conforme cada exigência.

Para ampliar o controle e a transparência do procedimento, o Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma) encaminhou o caso ao Núcleo de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto (Nugeo), fatores que originaram o inquérito. 

A Promotoria de Justiça publicou edital, notificou o responsável pela área para apresentar defesa no prazo de dez dias e solicitou ao cartório de registro de imóveis a matrícula atualizada da propriedade. 

Do ponto de vista jurídico, o Ministério Público destacou que, além das responsabilidades administrativa e civil, as condutas apuradas podem, em tese, caracterizar crime ambiental, a depender da análise detalhada dos documentos e das circunstâncias verificadas ao longo do inquérito. Paralelamente, o MPMS abriu a possibilidade de solução consensual por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), priorizando a recuperação ambiental e a regularização da área. Caso não haja acordo ou cumprimento das exigências, o órgão poderá ajuizar ação civil pública ou promover o arquivamento, conforme o resultado das diligências.

Saiba*

Medidas como cercamento das APPs, travessias adequadas e recomposição da vegetação nativa são consideradas simples e eficazes para evitar erosão, assoreamento e turvamento das águas. Da mesma forma, o armazenamento correto de combustíveis, com piso impermeabilizado e sistema de contenção, é essencial para prevenir vazamentos e possíveis danos ambientais.

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Previsão do tempo

Semana será de calor e pancadas de chuva em MS

Festividades natalinas serão marcadas por clima típico de verão, com alternância entre períodos de sol, calor intenso e pancadas de chuva

21/12/2025 10h15

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A semana de festividades natalinas será marcada por clima típico de verão, com alternância entre períodos de sol, calor intenso e pancadas de chuva acompanhadas de trovoadas em diversas regiões de Mato Grosso do Sul, é o que indicam as projeções do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). 

As condições se destacam em virtude da instabilidade climática que atinge o Estado, fatores que causarão oscilações de temperatura, onde a chuva deve ser marcante já no início da semana, enquanto o calor ganha força nos dias seguintes.

A segunda-feira (22) começa com céu carregado e chuva em várias cidades, sobretudo em Campo Grande com possibilidade de chuva intensa, rajadas de vento e descargas elétricas. Os volumes podem ser significativos em pontos isolados não só da Capital, mas em municípios adjacentes como Bandeirantes e Jaraguari. Nessa região, as temperaturas permanecem elevadas, com máximas em torno dos 32°C mínimas próximas dos 22°C. 

Na terça-feira (23), o cenário pouco muda, e a instabilidade segue presente, especialmente à tarde e à noite, quando são esperadas novas pancadas de chuva e trovoadas, mantendo o tempo abafado.

A partir da quarta-feira (24), véspera de natal, a tendência é de redução das chuvas e aumento da presença do sol. O tempo fica mais firme, com variação de nebulosidade, e as temperaturas sobem, podendo alcançar a faixa dos 33°C e 34°C em diversos municípios como Sonora e Cassilândia. 

No feriado de quinta-feira (25), o calor se intensifica ainda mais, com predomínio de sol e poucas nuvens, característica comum do verão sul-mato-grossense, e noites quentes em todo o estado.

Já na sexta-feira e no sábado, o sol aparece com mais frequência, mas o calor e a umidade favorecem a formação de pancadas isoladas de chuva, principalmente no período da tarde. As máximas seguem elevadas, variando entre 32°C e 34°C, enquanto as mínimas ficam acima dos 23°C, mantendo a sensação de tempo abafado.

Em Dourados e Ponta Porã, porção sul do estado, os termômetros devem marcar  médias entre 24 °C e 31 °C, calor típico de verão com possibilidade de pancadas de chuva isoladas.

Em Três Lagoas e Corumbá, o clima deve se estabelecer entre 23°C e 32°C com variação de sol e chuva e picos de alta temperatura que podem atingir a casa dos 35°C.

Coxim, Naviraí e Nova Andradina, as estimativas médias ficam entre 23 °C e 31 °C.

Saiba*

Ao longo da semana, a recomendação é de atenção redobrada aos avisos meteorológicos, sobretudo nos dias de maior instabilidade, além de cuidados com o calor intenso, como hidratação constante e proteção contra o sol. 

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