Cidades

MATO GROSSO DO SUL

Investimento no Campão Cultural beira R$ 6 milhões

Quase três anos após a última edição, Festival volta com mais de 150 atrações, circuito pelos bairros, desfile de moda na 14 além de ocupar quatro parques locais e demais equipamentos públicos

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Além da liberação de R$ 4,4 milhões por parte do Governo do Estado, a terceira edição do Campão Cultural recebeu a quantia de mais um milhão e meio de reais em emenda parlamentar, somando quase seis em verba para o Festival, que acontece entre os dias 27 de março e 03 de abril em Campo Grande.

Na manhã desta segunda-feira (11) houve coletiva de imprensa, na sede da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, para repasse das informações referentes ao festival que terá mais de 150 atrações entre, Sandra de Sá e o grupo vencedor do Grammy Latino de 2024, Os Garotin. 

O encontro contou com as seguintes autoridades: 

  • Marcelo Miranda, secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc) 
  • Eduardo Mendes, diretor-Presidente da Fundação da Cultura (FCMS)
  • Valdir Gomes, secretário Executivo de Cultura de Campo Grande (Secult)
  • Carlos Heitor, diretor adjunto da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), 

Dando nome aos bois, conforme evidenciado em coletiva, o R$ 1,5 milhão é recurso que veio por parte de emenda parlamentar, empenhada pelo deputado federal Vander Loubet (PT), que se soma aos R$ 4.489.961,51 liberados pelo Governo do Estado por termo de colaboração.

A última edição deste festival foi realizada em 2022, quando Mato Grosso do Sul ainda estava sob o governo de Reinaldo Azambuja, sendo o primeiro Campão Cultural oficial debaixo da gestão de Eduardo Riedel. 

Campão 2025

O diretor-Presidente da Fundação da Cultura, Eduardo Mendes, confirma a contratação de 156 atrações por edital, o que segundo ele garante a "descentralização" de certos nomes que costumam sempre vencer os certames. 

Ele frisa que esses nomes seguem vencendo, uma vez que sabem escrever bons editais e, nesse sentido, complementa que a Fundação mira uma maior democratização, com oficinas pelo interior do Estado e auxiliando os Executivos nas elaborações de  editais mais simplificados, além de admitir formais mais simples de inscrição.

"A gente fez agora, em fevereiro, aqui em Campo Grande, o primeiro encontro dos gestores municipais, onde a gente disponibilizou pessoas físicas para que possam auxiliar nos editais das PNABs dos municípios essa questão da democratização", completa.

Em 2025 o Festival acontece em dois finais de semana, sendo o primeiro voltado para o "Circuito Comunidades" e entre os dias 04 e 06 com a ocupação da avenida 14 de julho no Centro de Campo Grande. 

O Campão Cultural prevê atrações espalhadas por boa parte de Campo Grande, em uma proposta de festival urbano, chegando até quatro parques e poliesportivos distintos: 

  • Jacques da Luz
  • Ayrton Senna
  • Tarsila do Amaral e
  • Vila Almeida

"Fora isso, nós teremos o palco da Orla Morena com as batalhas; teremos ação na Concha Acústica Helena Meirelles, também na Praça do Rádio nos dias 28 e 29. No Centro Cultural José Octávio Guizzo que nós acabamos de inaugurar há pouco tempo nós teremos a Feira de Música e no Museu da Imagem e do Som (MIS) será usado para o Pantanal Film Festival", complementa Carlos Heitor sobre o uso dos aparelhos públicos. 

Toda a programação já está disponível na plataforma da Fundação de Cultura chamada "MS CULTURAL", site que você acessa CLICANDO AQUI. 

Haverá uma feira de música específica sobre os valores de MS na programação, o retorno do "Campão Geek" e programações voltadas à cultura nerd; Pantanal Film Fest, com conversas sobre audiovisual duranteo Festival e mais atrações, como: 

  • Espetáculos de circo,
  • Dança
  • Teatro,
  • Tenda de venda de artes visuais,
  • Performances de hip hop,
  • Batalha Ballroom Kiki Ball,
  • Batalha de Breaking
  • Oficinas,
  • Campeonato de skate,
  • Exibição de filmes,
  • Concurso de Cosplay,
  • Concurso de Just Dance,
  • Concurso de K-Pop,
  • Campeonato de Video Game e Quadrinhos,
  • Blocos de carnaval e mais

Cabe citar o desfile de moda que acontece na avenida 14 de julho com a Maracaju, que deve fechar as vias de acesso durante o fim de semana de abril, com apoio da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e demais forças de segurança.

 

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Cidades

Adolescente comete latrocínio e capota carro da vítima em MS

Vítima foi encontrada carbonizada após incêndio causado pelo jovem

20/12/2025 10h30

Divulgação/PCMS

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Um adolescente de 17 anos foi apreendido em flagrante pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por intermédio da Delegacia de Rio Verde e com apoio da Polícia Militar, na madrugada da última sexta-feira (19). O jovem foi responsável por cometer  ato infracional análogo ao crime de roubo seguido de morte (latrocínio). 

Por volta das 4h30, os policiais foram acionados para atender a uma ocorrência de incêndio em uma casa no bairro Jardim José Antônio. Dentro do imóvel, foi encontrado um corpo carbonizado. A identificação da vítima será confirmada por exames periciais.

LATROCÍNIO

Conforme apurado durante a investigação, o adolescente teria agredido a vítima com o objetivo de subtrair bens. Ele levou dinheiro, um aparelho celular e um carro.

O automóvel foi localizado capotado na BR-163. O adolescente foi socorrido e encaminhado ao hospital municipal.

Na casa do jovem, foram apreendidos dinheiro e o aparelho celular pertencentes à vítima.

Após deixar a unidade de saúde, o adolescente foi apreendido e encaminhado à delegacia, onde foram adotadas todas as providências legais, com comunicação ao Juízo da Infância e Juventude e ao Ministério Público, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

As investigações prosseguem para o completo esclarecimento dos fatos e para verificar eventual participação de outras pessoas.

APAGAR DAS LUZES

MPMS suspeita de corrupção milionária na iluminação pública

Após passar por várias cidades de MS, grupo de elite contra a corrupção fecha o ano com operação na prefeitura da Capital

20/12/2025 08h00

Operação Apagar das Luzes foi realizada na Capital e na cidade de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, com cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão

Operação Apagar das Luzes foi realizada na Capital e na cidade de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, com cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão Marcelo Victor

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O Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) bateu à porta do 13º município este ano, desta vez em Campo Grande, que foi alvo de investigação por suposto superfaturamento milionário em contratos de iluminação pública que foram firmados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep).

Em nota, o MPMS afirmou que os contratos apontados com indícios de corrupção foram firmados no ano passado e ainda estão em vigência.

“As investigações indicam a ocorrência de reiteradas fraudes nos processos licitatórios, tendo sido identificado superfaturamento superior a R$ 62 milhões”, diz a nota do MPMS.

Porém, ao Correio do Estado, o titular da Sisep, Marcelo Miglioli, diz que o promotor de Justiça responsável pelo caso o informou que estão em investigação os contratos que foram firmados em 2018, na antiga licitação, e encerram-se em 2023, quando houve um novo leilão.

Ainda segundo ele, a operação de sexta-feira gira em torno de duas empresas principais: as construtoras B&C e JLC, ambas com sede em Campo Grande.

“O que foi passado para mim é que a investigação foi em cima da B&C e da JLC. Foi o que foi passado para mim pela promotoria e eram as duas que constavam nas licitações lá de trás, de 2018”, explica o secretário que administra a Pasta desde novembro de 2023, quando substituiu o engenheiro civil Domingos Sahib Neto.

Segundo o site de transparência da prefeitura, a iluminação pública de Campo Grande é dividida em sete contratos independentes para cada uma das regiões da cidade: Anhanduizinho (Lote 1); Bandeira (Lote 2); Centro (Lote 3); Imbirussu (Lote 4); Lagoa (Lote 5); Prosa (Lote 6); e Segredo (Lote 7).

A construtora B&C é responsável pelos lotes 4, 5 e 7, que somados estão avaliados em R$ 14.885.371,67. Já a empresa JLC administra a iluminação dos lotes 1, 2 e 3, que resultam em R$ 17.837.068,21. 

Avaliada em R$ 4.300.411,70, o lote 6 ficou sob responsabilidade da M.R Construtora, outra que Miglioli afirma que pode ser investigada por estar envolvida nos contratos, mas destaca que os dois principais alvos são a B&C e JLC por causa da licitação de 2018, quando apenas as duas geriam as manutenções de iluminação pública na Capital. 

Ainda no site da transparência municipal, é possível observar que durante este um ano de vigência dos atuais contratos, todos eles passaram por reajuste que superam a casa dos 100%, ou seja, mais do que dobraram. À reportagem, Miglioli contesta que esse aumento pode ser considerado “abusivo”.

“Tudo que a gente fez na nossa gestão é perfeitamente explicável. Essa é uma conta importante de se fazer, porque esses contratos são com renovação anual, mas é um contrato originário de uma licitação só. Eu não faço uma licitação anual, então, os valores vão sendo cumulativos”, diz o secretário.

Além das empresas, dois servidores públicos também foram alvo do Gecoc, mas não tiveram seus nomes divulgados. De acordo com o titular da Sisep, um dos envolvidos já está aposentado, mas ainda estava ativo quando os novos contratos foram firmados no ano passado, enquanto o outro ainda segue em atividade na secretaria.

Em coletiva realizada após o cumprimento dos mandados, Miglioli disse que, como ainda não há comprovação de que tenha havido superfaturamento, os contratos serão mantidos normalmente, visto que também não existe base legal para a suspensão dos contratos.

O mesmo vale para o servidor da ativa, segundo o titular da Pasta. Por enquanto, nem mesmo perderá seu cargo de confiança, a não ser que haja uma determinação judicial. “Não posso ser irresponsável e fazer juízo de valor. Estamos falando aqui de vidas, de pessoas humanas”, afirmou o secretário.

Operação Apagar das Luzes foi realizada na Capital e na cidade de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, com cumprimento de 14 mandados de busca e apreensãoMinistério Público de MS recolheu malotes com documentos de empresas alvo da operação durante a manhã de sexta-feira na Capital - Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

MANDADOS

A Operação Apagar das Luzes foi realizada na Capital e na cidade de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, com cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, a maioria no município sul-mato-grossense.

Somente neste ano, são 11 operações deflagradas pelo MPMS contra 13 municípios do Estado. O órgão já identificou corrupção em contratos de publicidade, engenharia, pavimentação asfáltica, informática, tecnologia, saúde, educação e obras, todas em cidades do interior, com exceção da ação de sexta-feira.

IMPOSTO DA LUZ

Uma matéria do Correio do Estado já demonstrou que Campo Grande é uma das capitais que mais arrecada com a Contribuição de Custeio da Iluminação Pública (Cosip) no País. Em 2022, por exemplo, a capital de Mato Grosso do Sul arrecadou mais com a taxa que vem embutida na conta de luz das casas e das empresas que a prefeitura de Curitiba (PR).

No ano avaliado pela Frente Nacional de Prefeitos, foram auferidos R$ 143.941.441,09 com a contribuição, a 10ª maior arrecadação bruta desta modalidade no Brasil. No mesmo ano, a prefeitura da capital paranaense, que tem o dobro do tamanho, arrecadou R$ 132.224.683,35 com a mesma contribuição para o custeio da iluminação pública.

A comparação não fica apenas entre a capital de Mato Grosso do Sul e a do Paraná. Na Região Centro-Oeste, Campo Grande é a campeã em receita com a Cosip, embora tenha 539.299 habitantes a menos que Goiânia (GO) – que tem 1,4 milhão de habitantes, conforme o mesmo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A capital de Goiás arrecadou R$ 103.115.825,40 com a contribuição em 2022.

Na previsão de receita da Prefeitura para 2025, divulgada em dezembro de 2024, o Município diz ter a expectativa de arrecadar R$ 104 milhões por meio do Cosip.

O montante recolhido a título de Cosip deve ser repassado ao tesouro municipal pela empresa distribuidora. Essa quantia é vinculada à prestação do serviço de iluminação pública e não pode ser utilizada para outros fins.

*SAIBA

A Construtora JLC venceu há dois meses a disputa para fazer a iluminação natalina da Capital neste ano, com orçamento de R$ 1,7 milhão. A empresa é responsável por fornecer, instalar e desinstalar a decoração natalina, em contrato firmado no dia 17 de novembro e que expira no dia 15 de fevereiro.

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