Cidades

Insegurança

Justiça mantém presos suspeitos de executarem adolescentes por engano

Silas e Aysla morreram na última sexta-feira (3), após serem mortos por engano. O alvo era Pedro Henrique, de 18, que vendia drogas no bairro no momento do crime.

Continue lendo...

Os quatro suspeitos de executarem por engano Aysla Carolina de Oliveira Neitzke e Silas Ortiz Grizakay, ambos de 13 anos, na última sexta-feira (13), tiveram suas prisões decretadas pelo juiz Jorge Tadashi Kuramoto, nesta terça-feira (7), durante uma audiência de custódia no Fórum Cívil e Criminal de Campo Grande. 

Rafael Mendes de Souza, 18, conhecido como “Jacaré”; Nicollas Inácio Souza da Silva, 18; George Edilton Dantas Gomes, 40; e Kleverton Bibiano Apolinário da Silva, 22 anos, o “Pato Donald”, responderão pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Eles tentaram matar Pedro Henrique da Silva, de 18 anos, mas atingiram por engano os adolescentes que estavam em frente a uma residência na Rua Flor de Maio, no Jardim das Hortências.

De acordo com a polícia, João Vitor de Souza Mendes, 19 anos, apontado como responsável pelos disparos, entregou-se ontem (6) na Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros). 

Segundo as investigações, Rafael disponibilizou a sua residência, para os atiradores guardarem a motocicleta usada no crime. Já o Nicollas era o condutor da motocicleta.  

O motorista do veículo HB20, George é motorista de aplicativo que auxiliou os atiradores a fugir naquela noite. 

Ainda conforme informações dos setores especializados da polícia, Kleverton Bibiano Apolinário da Silva, de 22 anos, é o mandante do atentado. Ele é também apontado ser o dono da arma usada no crime e cumpre pena no Estabelecimento Penal 'Jair Ferreira de Carvalho', a Penitenciária de Segurança Máxima. 

Veículo HB0, utilizado pelos atiradores Escreva a legenda aqui


Cronologia 

Conforme informações do boletim de ocorrência, a perícia técnica encontrou, onde os adolescentes foram mortos, 14 cápsulas de munição de 9 milímetros.  

Durante a coletiva de imprensa realizada na tarde de ontem (7) sede do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), os delegados Guilherme Scucuglia e Pedro Henrique Cunha relataram a cronologia do crime.  

A investigação localizou o motorista do veículo HB20, que foi encontrado em um imóvel na Vila Bandeirantes. Aos policiais, ele afirmou não ter nenhum envolvimento no crime, porém sua versão foi contestada. O delegado Pedro Henrique comentou:

"Ele disse que não tinha nenhum envolvimento, mas depois relatou que questionou os executores se o crime havia dado certo, pois ele estava próximo do local e não chegou a ouvir os disparos".

O veículo usado no crime era alugado, mas não especificamente para a execução. O motorista utilizava o carro para trabalho, e a suspeita da polícia é de que ele o utilizava para realizar corridas particulares para os envolvidos. 

Ainda durante as prisões, o caso acabou revelando que Kleverton Bibiano Apolinário da Silva, de 22 anos, orquestrou todo o atentado dentro da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. Segundo a polícia, o jovem utilizava um aparelho celular, fato que foi confirmado após os policiais terem acesso aos celulares dos suspeitos. 

Conforme relato dos delegados, o motorista foi quem buscou os jovens na noite de sexta-feira (3). A dupla disparou contra os adolescentes com a motocicleta em movimento, abandonando o veículo roubado na região das Moreninhas.

Segundo as investigações, a motivação do atentado se deu devido a uma desavença relacionada a disputa do tráfico de drogas na região. 

Até o momento, João Vitor continua foragido. As equipes da Polícia Militar e Polícia civil seguem em diligências para encontrá-lo. 

A polícia informou que os envolvidos no crime responderão por dois homicídios qualificados na modalidade consumada e um homicídio tentado. Além disso, enfrentarão acusações de motivo torpe, envolvimento de menores de 14 anos e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. O motorista de aplicativo também será responsabilizado pelos mesmos crimes, porém na modalidade participativa.

Divulgação/ 

Adolescentes mortos por bala perdida 

Aysla Carolina de Oliveira Neitzke e Silas Ortiz Grizakay, ambos de 13 anos, foram mortos por engano, na noite de ontem (3), ao serem baleados, na Rua Flor de Maio, no Jardim das Hortênsias, região sul de Campo Grande. De acordo com a polícia, o alvo era outro jovem, conhecido como Pedro Henrique da Silva Rodrigues, de 19 anos, que sobreviveu.  

Conforme informações da Polícia Civil, Aysla e Silas estavam na calçada bebendo tereré e fumando narguilé, em uma roda de amigos. Por volta das 22h30, se depararam com Pedro Henrique, correndo em sua direção e logo atrás, dois suspeitos em uma motocicleta, de cor preta, atirando. 

A menina que foi atingida de raspão também foi encaminhada ao hospital, onde recebeu os atendimentos e passa bem. 

Conforme informações de testemunhas, Pedro Henrique, estaria vendendo drogas na região. De acordo com o boletim de ocorrência, no momento do crime, ele estaria "fazendo a correria", quando foi surpreendido pelos atiradores. 

Equipes da Polícia Civil e da Perícia Técnica estiveram no local e encontraram 14 cápsulas de pistola 9 milímetros em frente da residência onde os adolescentes estavam. 

O caso e a dinâmica da morte estão sendo investigados pela DHPP (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios e de Proteção à Pessoa).

Aysla Carolina de Oliveira Neitzke e Silas Ortiz Grizakay, ambos de 13 anos, foram executados por engano na noite da última sexta-feira (3). Fotos: Divulgação/ 

Assine o Correio do Estado 

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

Continue Lendo...

O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).