Cidades

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Decreto coloca CAC sob responsabilidade da PF e reduz limite de armas por atirador de 60 para 16

Confira principais mudanças entre o governo Lula e o governo Bolsonaro nas regras de armas

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O decreto de armas divulgado nesta sexta-feira (21) pelo governo Lula (PT) passa para a Polícia Federal a responsabilidade sobre CACs (caçadores, atiradores e colecionadores). Até então, quem cuidava dessa categoria era o Exército.

A mudança estava sendo estudada por membros do governo. A leitura é de que o Exército falhou na fiscalização de CACs durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e que haveria mais controle na PF.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse ser um decreto ponderado em que todos os atores envolvidos no tema foram ouvidos, reduzindo o número de armas, limitando a expansão de clubes de tiro e fortalecendo a fiscalização.

Segundo Dino, o decreto vai evitar que armas sejam desviadas do mercado legal para o ilegal. Na sua visão, o armamentismo irresponsável fortaleceu as facções criminosas no Brasil.

"Armas nas mãos certas e não armas nas mãos das pessoas que perpetuam feminicídio. O senhor [Lula] está salvando a vida de milhares de mulheres brasileiras, de crianças, de adolescentes do Brasil", disse Dino.

O Exército publicou em seu site um aviso informando que os CACs passariam a ser de responsabilidade da Polícia Federal na quarta-feira (19) e que os serviços estavam bloqueados. O texto foi excluído em seguida.

O anúncio antes da publicação do decreto gerou confusão e contestação de CACs. O Exército disse, em nota, "que o aviso a respeito do tema foi publicado de forma equivocada na página inicial do Sistema de Gestão Corporativo, gerenciado pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados. Tão logo verificado o erro, a página foi atualizada".

O decreto ainda não foi publicado no Diário Oficial da União e faz parte de um pacote de segurança anunciado que inclui a criação de um plano para combate a crimes na Amazônia com R$ 2 bilhões de investimento.

No Plano Amas - Amazônia: Segurança e Soberania, os recursos virão do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). De acordo com o texto, ele contemplará os nove estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins).

Os recursos serão para "o enfrentamento aos crimes na região, especia lmente crimes ambientais e conexos".

De acordo com o ministério, haverá ainda a implementação de 28 bases terrestres e seis fluviais para combater crimes ambientais e infrações correlatas, totalizando 34 novas bases integradas de segurança (PF, PRF e Forças Estaduais).

Há a previsão ainda da implementação de Companhia de Operações Ambientais da Força Nacional de Segurança Pública, com sede em Manaus, e a estruturação e aparelhamento do Centro de Cooperação Policial Internacional da Polícia Federal, também na capital.

Projeto quer tipificar violência nas escolas como crime hediondo

Outra medida apresentada é um projeto de lei que prevê tornar crime hediondo violência contra escolas. O texto é uma sugestão das famílias das vítimas do ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC).

Neste tipo de crime hediondo, o condenado não tem direito a fiança e não pode ser alvo de indulto ou anistia.

A pena será de reclusão de 12 a 30 anos. Também prevê um novo crime, de violência em instituições de ensino, para situações de lesão corporal, com detenção de três meses a três anos.

O ministério também anunciou repasse de R$ 1 bilhão do fundo nacional de segurança para os estados, sendo que a primeira metade dos valores será paga em agosto e o restante quitado até o fim do ano. Também há previsão de repasses para os 24 estados e 132 municípios habilitados no programa Escola Segura de R$ 170 milhões.

Veja principais mudanças divulgadas nas regras de armas

Quantidade de armas para defesa pessoal

Governo Bolsonaro: até 4 armas de uso permitido, sem necessidade de comprovação da efetiva necessidade, com possibilidade de ampliação do limite. Até 200 munições por arma, por ano.
Governo Lula: até 2 armas de uso permitido, com comprovação de efetiva necessidade; além de 50 munições por arma, por ano.

Divisão em níveis de atiradores

Governo Bolsonaro: atiradores deixaram de ser divididos em níveis.
Governo Lula: voltam a ser divididos em três níveis. Eles terão que comprovar frequência em clubes de tiro e em competições.

Quantidade de armas para atiradores

Governo Bolsonaro:
Atiradores desportivos

  • Até 60 armas, sendo 30 de uso restrito;
  • Até mil munições por arma de uso restrito, por ano (30 mil/ano);
  • Até 5 mil munições por arma de uso permitido, por ano (150 mil/ano)
  • Até 20kg de pólvora.

Governo Lula:
Atirador nível 1

  • Até 4 armas de fogo de uso permitido;
  • Até 4.000 cartuchos, por ano;
  • Até 8.000 cartuchos .22 LR ou SHORT, por ano.

Atirador Nível 2

  • Até 8 armas de fogo de uso permitido;
  • Até 10 mil cartuchos, por ano;
  • Até 16 mil cartuchos, por ano .22 LR ou SHORT.

Atirador Nível 3

  • Até 16 armas de fogo, sendo 12 de uso permitido e até 4 de uso restrito;
  • Até 20 mil cartuchos, por ano;
  • Até 32 mil cartuchos por ano .22 LR ou SHORT.

Quantidade de armas para colecionadores e caçadores
 

Governo Bolsonaro:
Caçadores

  • Até 30 armas, sendo 15 de uso restrito;
  • Até 1 mil munições por arma de uso restrito, por
  • ano (15 mil/ano);
  • Até 5 mil munições por arma de uso permitido,
  • por ano (75 mil/ano).

Colecionadores

  • Até 5 armas de cada modelo;
  • Vedadas as proibidas, automáticas, não portáteis ou portáteis semiautomáticas cuja data
  • de projeto do modelo original tenha menos de 30
  • anos.

Governo Lula
Caçadores excepcionais

  • Até 6 armas;
  • Até 500 munições, por arma, por ano;
  • Necessidade de autorização do Ibama.

Colecionadores

  • Até 1 arma de cada modelo, tipo, marca, variante, calibre e procedência;
  • Vedadas as automáticas e as longas semiautomáticas de calibre de uso restrito cujo 1º lote de fabricação tenha menos de 70 anos.

Armas calibres 9mm e .40 e.45

Governo Bolsonaro: as armas passaram a ser de uso permitido e podiam ser liberadas para CACs e para defesa pessoal.
Governo Lula: as armas voltam a ser de uso restrito

Porte de trânsito para CACs

Governo Bolsonaro: o Exército concedia autorização para trafegar com a arma do local de guarda até o clube de tiro ou de caça. Uma arma de cano curto podia ser transportada municiada.
Governo Lula: a Polícia Federal concede autorização para trafegar com a arma do local de guarda até o clube de tiro ou de caça. A arma deve ser transportada desmuniciada e por um trajeto preestabelecido.

Fiscalização

Governo Bolsonaro: o Exército era responsável pela fiscalização de CACs, clubes de tiros, lojas de armas, armeiros e segurança das instalações de clubes de tiro.
Governo Lula: a Polícia Federal passa a ser responsável pela fiscalização de CACs, clubes de tiros, lojas de armas, armeiros e segurança das instalações de clubes de tiro.

Funcionamento de clubes de tiro

Governo Bolsonaro: clubes de tiro podiam funcionar em qualquer lugar e por 24 horas.
Governo Lula: clubes de tiro poderão funcionar de 6h às 23h. Eles devem ficar a 1 km de escolas.

Caça para controle de javali

Governo Bolsonaro: a caça com arma de fogo era permitida para qualquer caçador com registro no Exército e com autorização no Ibama.
Governo Lula: a caça passa a ser excepcional e só poderá ocorrer quando outras formas menos cruéis, como armadilha, não forem eficazes. Para isso será preciso apresentar uma comprovação.

Programa de Recompra

Governo Bolsonaro: não havia
Governo Lula: previsão de programa de recompra com foco nas armas que eram de uso permitido e passarão a ser de uso restrito (segundo semestre de 2023).

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DEMOCRACIA

Campo Grande troca oito urnas após defeito na votação

Até meados da hora do almoço, um total de 31 desses dispositivos eletrônicos precisaram ser substituídos em todo o Mato Grosso do Sul

06/10/2024 14h28

Na Cidade Morena, zonas que mais apresentaram defeitos foram a 35 e 36, com três registros de defeitos cada uma.

Na Cidade Morena, zonas que mais apresentaram defeitos foram a 35 e 36, com três registros de defeitos cada uma. Gerson Oliveira/ Correio do Estado

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Durante o período de aproximadamente três horas (entre 11h e 14h) deste domingo (06) de votação, Campo Grande registrou a substituição de oito urnas eletrônicas, devido a defeitos apresentados pelos aparelhos. 

Conforme boletim de registro de defeitos nas urnas eletrônicas, as seguintes zonas e seções apresentaram problemas em Campo Grande, sendo necessária a substituição:

Conforme balanço divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS), na Cidade Morena as zonas que mais apresentaram defeitos foram a 35 e 36, com três registros de defeitos cada uma. 

Na 36ª zona, as seções afetadas foram: a 90; 335 e 231 que, respectivamente, não iniciava por travamento; não imprimia e apresentou defeito junto ao teclado do Terminal do Eleitor. 

Já na trigésima quinta zona eleitoral, as seções afetadas foram as de número 606 e 495, travadas sem conseguir iniciação, enquanto a seção 69 também registrou uma urna com defeito junto ao teclado do Terminal do Eleitor.     

Defeitos em MS

Em todo o território sul-mato-grossense, até meados da hora do almoço, um total de 31 urnas eletrônicas precisaram ser substituídas pelos mais variados defeitos, desde travamentos e até problemas em visores e teclados. 

Nesse sentido, se tirado desse total os registros em Campo Grande, cerca de 23 defeitos foram localizados em urnas eletrônicas pelo interior de Mato Grosso do Sul. 

Dos defeitos espalhados por Mato Grosso do Sul, os municípios de: Corumbá; Sete Quedas; Glória de Dourados; Nova Andradina e Três Lagoas aparecem empatados, com dois registros cada nesse mesmo período citado acima. 

Na Cidade Branca, as urnas com defeitos pertenciam às zonas 50 e 7, das seções 118 e 268, respectivamente, sendo a primeira travada sem iniciação e outra com defeito. 

Já em Sete Quedas, por exemplo, as urnas com defeitos apareceram nas seções 165 e 156 da 33ª zona, sendo uma travando e outra que sequer inicializou. 

Três Lagoas, por sua vez, também apresentou o comum problema de "travando/não inicia" na seção número 62 da nona zona eleitoral, porém, um defeito de visor do Terminal do Eleitor também foi registrado (na seção 20 da zona 51). 

Por fim, na 39ª zona eleitoral em Glória de Dourados, bem como na 52ª de Ponta Porã, todos os quatro defeitos registados foram com urnas travadas que não iniciavam, nas seções 68; 69; 78 e 152, respectivamente.

Por fim, a quinta zona de Nova Andradina também não saiu ilesa de defeitos nas urnas eletrônicas, com as seções 88 e 116 travando e não iniciando, nessa mesma ordem. 

Outras soluções

Importante esclarecer que a substituição da urna eletrônica não é a única solução adotada diante de defeitos na UE, já que em alguns casos de "travando/não inicia" a simples troca de módulo impressor pode resolver. 

Um caso desses, por exemplo, aconteceu exatamente na Cidade Morena, registrado na seção 295 da 54ª zona eleitoral. 

Além dessa solução, em caso de "não impressão" - como o registrado na seção número 126 da zona 36 na Capital - há também a possibilidade de ajuste ou troca de bobina para que o problema seja solucionado. 

 

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Campo Grande

Mulher é morta a facadas e polícia desconfia de filho adolescente

Roupas do menino foram encontradas ensanguentadas dentro da residência da família

06/10/2024 13h00

Mulher é morta a facadas e polícia desconfia de filho adolescente

Mulher é morta a facadas e polícia desconfia de filho adolescente Divulgação - DHPP

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Regina Fátima Monteiro de Arruda, de 52 anos, foi encontrada morta com 9 perfurações de faca na manhã deste domingo (06), na Rua Macarai, no bairro Jardim Zé Pereira, em Campo Grande. O principal suspeito de cometer o crime seria o filho, de 16 anos, ele se encontra foragido até o momento.

De acordo com informações, por volta de 5h, uma vizinha escutou gritos de socorro vindos da casa de Regina. Ao acionar a Polícia Militar (PM), uma viatura foi até o local e após baterem palmas e não terem resposta, a equipe foi embora.

Um tempo depois, a vizinha relata que se sentiu incomodada com a situação e chamou novamente a PM, que retornou, pulou o muro e ao entrarem na casa, encontraram o corpo da mulher já morta. Próximo ao corpo também foi encontrada a roupa usada pelo assassino, cheia de sangue.

Regina morava apenas com o filho de 16 anos, segundo relatos, a mulher tinha vício em álcool e agredia o filho frequentemente. Policiais da DHPP (Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios e Proteção à Pessoa) e da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) atendem a ocorrência.

DENUNCIE!

Violência contra mulher deve ser denunciada em qualquer circunstância, seja agressão física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial.

Os números para denúncia são 180 (Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar) e 153 (Guarda Civil Metropolitana).

O sinal "X" da cor vermelha, escrita na mão, significa que a vítima quer alertar que sofre violência doméstica. Portanto, o cidadão deve ficar atento, acolhê-la e acionar as autoridades. 

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