Cidades

TEMOR

Lei do silêncio impera na Vila Nhá-Nhá depois de ação da PM

Lei do silêncio impera na Vila Nhá-Nhá depois de ação da PM

VÂNYA SANTOS

19/08/2011 - 00h00
Continue lendo...

Moradores da Vila Nhá-Nhá, em Campo Grande, bairro ocupado pela Polícia Militar desde a manhã de quarta-feira, temem que a presença constante dos militares não intimide a atuação dos bandidos, por isso preferem guardar silêncio sobre a ação de traficantes e usuários de drogas na região, apontada como uma verdadeira cracolândia. Algumas poucas pessoas que aceitam comentar a ação policial insistem em esconder a identificação, temendo represálias. Esses moradores afirmam terem visto bandidos andando armados pelas ruas da região, na manhã de ontem.

Mesmo sob proteção policial, pessoas residentes na localidade se escondem para não falar com a imprensa e proíbem a publicação de seu nome e imagem. A medida, eles explicam, é para evitar que futuramente sejam ameaçados por traficantes. "Aqui é na base não mexam comigo que eu não mexo com vocês", alertam.

"Não saio de casa sozinha porque um monte deles fica parado na esquina da Rua Bom Sucesso com a Rua dos Pirineus. Eles usam droga, comem e bebem nessa esquina. Conversam alto e incomodam a gente, mas posso ouvir o que for que não saio de casa para ver. Eles também pulam muro das residências para roubar os caninhos das antenas para fumar", contou uma dona de casa, de 69 anos, que há 39 anos mudou-se para o bairro.

Ela lembrou que nem sempre a vila foi perigosa. A criminalidade tomou conta do local há cerca de 15 anos e a situação tem piorado nos últimos dois anos, desde o fechamento da antiga rodoviária da Capital, localizada na região central. "A gente vê criança fumando de dia, mas espero que melhore com a presença da polícia e a gente possa ter sossego", ressaltou.

 

Herança

"O problema é que cai um, mas o restante da família dá continuidade na venda de droga e isso nunca acaba", revelou uma moradora de 25 anos. Para a jovem muitos bandidos não se intimidarão com a presença da PM no bairro. "É só falar que são usuários que não são presos", explicou a mulher que há sete anos reside na região.

Já a aposentada de 67 anos disse que usuários e vendedores de droga não "mexem" com os moradores desde que as famílias não "mexam" com eles. Apesar da convivência pacífica, algumas situações incomodam a idosa. "As mulheres vendem droga com as crianças no colo e grávidas. Elas são depravadas, terríveis e deveriam estar na cadeia. Passam a noite todinha acordadas, fazendo barulho e ninguém dorme, mas essa situação vai melhorar, com fé em Deus", adiantou.

Uma comerciante de 32 anos também ressaltou que após o fechamento do antigo terminal rodoviário os moradores de rua passaram a se aglomerar na Vila Nhá-Nha. Ela contou que nunca foi assaltada e que não teme a ação de traficantes, mas admitiu estar esperançosa com relação a pacificação militar, que trará maior segurança para seus filhos.

saúde

MS registra mais 9 casos da gripe K e número chega a 12

9 novos casos encontram-se em investigação epidemiológica, afirmou a SES-MS

23/12/2025 10h40

Átomo H3N2

Átomo H3N2

Continue Lendo...

Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS) apontam que 9 novos casos da Gripe K foram registrados em Mato Grosso do Sul.

Na semana passada, 3 casos foram confirmados. Com isso, o número chega a 12.

Os casos foram confirmados em Campo Grande, Costa Rica, Nioaque, Ponta Porã e Três Lagoas. Os infectados possuem 3 meses, 5 meses, 1 ano, 3 anos, 5 anos, 6 anos, 11 anos, 20 anos, 73 anos, 77 anos, 82 anos e 87 anos.

De acordo com a SES-MS, todos os nove novos casos confirmados do subclado K da Influenza A (H3N2) encontram-se em investigação epidemiológica. Para subsidiar a análise, foram solicitadas informações complementares aos respectivos municípios de residência dos pacientes.

Após a confirmação dos casos, a SES-MS emitiu alerta epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado.

GRIPE K

Gripe K é uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

As vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e Ásia.

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum:

  • febre
  • dor no corpo
  • dor de cabeça
  • dor de garganta
  • tosse
  • cansaço
  • falta de ar

As principais formas de evitar a doença são:

  • vacinação
  • ventilação de ambientes
  • uso de álcool gel
  • higienização das mãos
  • uso de máscara para pessoas infectadas

Até o momento, não há indícios de gravidade ou alarmismo para a doença.

TEMPO

Capital tem o dezembro mais chuvoso dos últimos seis anos

Acumulado até ontem era de 212,4 milímetros, o que já é superior à média climatológica do mês no Município; volume fica abaixo apenas do registrado em 2019

23/12/2025 09h00

Marcelo Victor/Correio do Estado

Continue Lendo...

Após anos de seca, Campo Grande viu a chuva voltar com força este ano. Só nos primeiros 22 dias de dezembro, o acumulado já chegou a 212,4 milímetros, o maior volume dos últimos seis anos na cidade.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado até ontem na Capital já é superior à normal climatológica, ou seja, a média para o mês no Município (considerando o período de 1981 a 2010), que é de 206,0 mm.

A última vez que choveu maior volume em Campo Grande foi em dezembro de 2019, quando foram registrados 249 mm, porém, o valor considera o mês inteiro, o que significa que ainda há possibilidade de este volume ser superado neste ano.

Além de ser o dezembro mais chuvoso dos últimos seis anos, este é o mês mais chuvoso deste ano, superando abril, quando foram registrados 204,8 mm.

Este ano também registrou alguns recordes, por exemplo, abril foi o mais chuvoso da história de Campo Grande, enquanto novembro teve o maior acumulado de chuva em 10 anos, conforme matérias do Correio do Estado.

Ao todo, o acumulado deste ano estava em 1.170,8 mm até ontem, conforme dados do Inmet. O volume é quase o dobro do registrado em todo o ano passado, quando foram apenas 780,6 mm, que foi o período com o menor acúmulo de chuvas da história em Campo Grande, de acordo com dados anuais da estação meteorológica do Inmet desde 1981.

ESTRAGOS

A chuva deste ano veio acompanhada de estragos nas ruas da cidade. Em abril, a situação mais crítica foi registrada na região da Chácara dos Poderes, onde a Estrada SE-1 precisou ser interditada em função da abertura de uma cratera na via de terra.

Já em novembro o acumulado de vários dias de chuva forte resultou em carros arrastados pela enxurrada na Praça Itanhangá e asfalto arrancado na rotatória das Avenidas Rachid Neder e Ernesto Geisel, além de dezenas de árvores que caíram sobre fiação de energia elétrica.

PREVISÃO

Para esta semana, segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), há possibilidade de chuva no Estado.

Hoje o sol deve ficar entre nuvens em todo MS. Em Campo Grande, há possibilidade de pancadas de chuva, principalmente durante a tarde e à noite. Também pode chover nas regiões, sul, norte e oeste do Estado. Já no leste o sol brilha entre nuvens.

Ontem Campo Grande teve períodos de nebulosidade e de sol forte durante toda a manhã e à tarde - Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

A temperatura deve variar de 23°C a 31°C na Capital e chega à máxima de 36°C em Três Lagoas e Paranaíba.

Na quarta-feira, o dia na Capital deve ser ensolarado, com máxima de 32°C. Há possibilidade de chuva no sul, norte e oeste do Estado.

O dia de Natal deve ser quente em Campo Grande, com máxima de 33°C e sol entre nuvens.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).