Cidades

ISRAEL VS

"Líbano é um palco da guerra dos outros", diz cônsul que vive em MS

Eid Toufic Anbar, que chegou em Campo Grande em 1975, falou sobre a escalada do conflito no Oriente Médio

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O conflito no Oriente Médio entre Israel, Hamas e Hezbollah tem atingido também pessoas que não tem ligação com os grupos considerados extremistas. Após atacar Gaza, Israel tem bombardeado o Líbano, onde haveria alguns membros desses grupos. Para o cônsul honorário do Líbano em Mato Grosso do Sul, Eid Toufic Anbar, essa guerra não tem ligação com seu país natal.

“Lá tem esse partido, que é o Hezbollah, que está lá no sul do Líbano através do Irã, financiado pelo Irã. O povo libanês e o governo libanês não tem nada a ver com essa história, simplesmente o Líbano é um palco da guerra dos outros. Tanto é que várias vezes Israel falou que não quer atacar o Líbano, ele quer atacar Hezbollah que está infiltrado lá”, declarou Anbar.

Ontem, o Irã assumiu autoria de mísseis disparados contra Tel-Aviv, em Israel. Segundo o governo daquele país, a ação seria uma retaliar após os ataques que mataram os principais líderes de seus aliados do Hezbollah no Líbano.

O disparo de mísseis de ontem ocorreu depois que tropas israelenses lançaram ataques terrestres no Líbano, na maior escalada da guerra regional desde o início dos combates em Gaza, há um ano.

Na sexta-feira o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, líder mais poderoso do Eixo de Resistência de Teerã contra os interesses de Israel e dos EUA no Oriente Médio, foi morto por Israel.

Isso ocorreu após duas semanas de intensos ataques aéreos que eliminaram vários comandantes do Hezbollah, mas também mataram cerca de 1.000 civis e forçaram um milhão de pessoas a deixar suas casas, de acordo com o governo libanês.

Apenas entre o domingo e a segunda-feira, pelo menos 95 pessoas foram mortas e 172 ficaram feridas em ataques israelenses nas regiões do sul do Líbano, no leste do Vale de Bekaa e em Beirute, segundo o Ministério da Saúde libanês.

“O Irã quer enfrentar Israel, então ele infiltrou esse partido lá no Líbano e, financiados pelo Irã, através da Síria. O Líbano é vítima desses ataques, o povo libanês é vítima”, declarou o cônsul honorário ao Correio do Estado.

IMIGRAÇÃO

De acordo com Anbar, que chegou ao Estado em 1975, não há um levantamento de quantos familiares de sul-mato-grossenses vivem na região e nem quantos libaneses e descendentes vivem em Mato Grosso do Sul. 

No Brasil, estimam-se que existam 12 milhões de libaneses e descendentes, é o país que concentra o maior número de imigrantes desse país no mundo.
Ontem, o governo brasileiro inclusive manifestou “grave preocupação” com as operações militares terrestres das Forças Armadas de Israel em território do Líbano.

Em nota, o Palácio Itamaraty citou a violação ao direito internacional, à Carta da Organização das Nações Unidas (ONU) e a resoluções do Conselho de Segurança da entidade.

Os ataques israelenses contra alvos no Líbano fazem parte de um conflito que se estende desde os territórios palestinos de Gaza e da Cisjordânia ocupada por grupos apoiados pelo Irã no Iêmen e no Iraque. 

A escalada aumentou os temores de que os Estados Unidos sejam arrastados para o conflito. Por causa da grande concentração de imigrantes, a União anunciou que um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) vai decolar da Base Aérea do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, rumo ao Líbano, hoje, para repatriar um primeiro grupo de brasileiros presos no país em decorrência da escalada de violência do governo de Israel no país.

Batizada de Operação Raízes do Cedro, a FAB utilizará uma aeronave KC-30, com a previsão inicial de repatriar 220 brasileiros que estão em solo libanês, a partir do aeroporto de Beirute.

CONFLITO

A guerra na região se intensidicou no ano passado, quando 2,7 mil pessoas ficaram feridas na mais letal incursão ao território israelense da história feita pelo Hamas.

Em retaliação, Israel bombardeou a cidade de Gaza e realizou incursões terrestres no território, sob a alegação de que buscava eliminar células do Hamas em toda a região.

“A organização internacional não tem conseguindo fazer nada, nenhum veto, infelizmente. Há uma realidade de ocupação de mais de 76 anos na região, com genocídio e limpeza étnica. Agora isso está acontecendo no Líbano. Muita violência por parte de Israel contra o povo palestino. Um massacre, com assassinatos e limpeza étnica é o que estamos presenciando e sofrendo”, afirmou Munther Safa, presidente da Sociedade Árabe Palestina Brasileira de Corumbá.

Por ser parceira do Hamas, o Hezbollah, que é financiado pelo Irã, também entrou na mira de Israel, que resultou na morte de Hassan Nasrallah, na semana passada. 

EUA

Em entrevista ao Correio do Estado, o Cônsul-Geral dos Estados Unidos em São Paulo, Richard Glenn, disse que a paz na região depende dos dois lados, não só de Israel e que ele não se arrisca a dizer até quando a guerra pode durar (Colaborou Rodolfo César)

Saiba

Uma comissão de investigação da ONU afirmou, em junho deste ano, que Israel é responsável por crimes contra a humanidade em Gaza, em particular de “extermínio”, e também acusou as autoridades israelenses e os grupos armados palestinos de cometerem crimes de guerra desde 7 de outubro.

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TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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