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"Não precisamos desse público", dizem comerciantes contrários à ponto de ônibus na Rua Rui Barbosa

Prefeitura diz que houve reunião com os comerciantes e mudança foi debatida e votada na ocasião

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O local de instalação das estações de embarque e desembarque do Corredor de Transporte Público da Rui Barbosa está gerando um impasse entre os comerciantes e moradores da rua com a Prefeitura da Capital. 

Conforme o projeto original do Reviva Campo Grande, que está revitalizando a região central da cidade, uma das paradas de ônibus seria colocada entre a Avenida Afonso Pena e rua Barão do Rio Branco, contudo, houve uma mudança de planos, levando a estação para o trecho entre a Sete de Setembro e a 15 de Novembro. 

De acordo com a prefeitura, em fevereiro, foi realizada uma reunião do poder público com os comerciantes de toda a rua para decidir tal questão. Na ocasião, a maioria foi favorável à mudança do ponto de ônibus. 

Entretanto, lojistas do trecho ficaram contrariados com a decisão e se manifestaram contra, encaminhando, inclusive, um abaixo-assinado para o prefeito, Marcos Trad, e fixando faixas em que pedem que o projeto original seja mantido. 

A prefeitura esclarece que todos os comerciantes da Sete de Setembro a Barão do Rio Brancos foram convidados para participar do pleito. 

Na carta ao prefeito, o grupo contrário apresentou diversos argumentos. Entre eles está o apontamento de que os comércios dessa quadra não precisam do público do ônibus para sobreviver, já que alguns deles já têm 25 anos de existência. 

Na apresentação dos argumentos contrários à instalação do ponto de ônibus na quadra os comerciantes alegam: 

“São 18 lojas instaladas, a maioria com mais de 25 anos. Lojas consolidadas. O perfil destas lojas não depende da estação estar nesta quadra.”

 Já entre os argumentos favoráveis para que a parada do transporte público fique no local planejado anteriormente, os comerciantes dizem que a quadra tem uma tradição de atender o público que desce ou embarca no transporte coletivo. 

 “Quadra com tradição de parada de ônibus, atende os comerciantes que ali se estabeleceram visando a estação de transporte coletivo”, descreve o documento.

O representante dos lojistas da quadra, Valentim Zanatta, ainda afirma que o projeto original deve ser mantido porque o planejamento foi analisado por profissionais que decidiram que o melhor local para a parada de ônibus seria na Afonso Pena com a Barão do Rio Branco. 

“Falta de análise técnica da prefeitura porque antes todos afirmam que o melhor é entre a Afonso Pena e a Barão.”

Sobre não ter vencido o pleito realizado na reunião da prefeitura com os comerciantes, Valentim afirma que muitas pessoas da quadra não compareceram por conta da Covid-19, fazendo com que determinada a instalação do ponto entre a Sete e a 15. 

“ Não levamos muita gente por conta da pandemia. Temos idosos no prédio, pessoas com medo do Covid-19. Eu pensei que seria uma discussão argumentativa, mas foi uma votação.”

O representante ainda afirma que a modificação no projeto não passou de uma decisão do gabinete com algumas pessoas votando a favor da troca. 

“O prefeito tentou ser democtártico porque houve uma demanda, mas isso foi uma decisão do gabinete com algumas pessoas levantando a mão. Por mim, deveria ser feito uma pesquisa ampla com usuários de ônibus”, pontua. 

Ele ainda diz que apenas no trecho que vai da Sete de Setembro a 15 de Novembro são 140 assinaturas pedindo para que o planejamento original seja mantido. 

Outro ponto levantado na petição é o  bem-estar dos moradores do Edifício Rui Barbosa, localizado na esquina com a Sete de Setembro. 

Atualmente, o prédio abriga cerca de 40 idosos, além de crianças, com uma média de três moradores por apartamento. 

Segundo a síndica do residencial, Luciana Custódio, todos eles poderão ter suas rotinas de descanso modificadas pelo barulho provocado pela parada de ônibus. 

Luciana argumenta que a quadra onde o prédio se localiza é a única em que existe residência e que a entrada da edificação não tem um recuo da calçada, onde ficará o ponto de ônibus, o que aumentará o volume de ruído que chega aos apartamentos. 

“A movimentação de pessoas descendo e embarcando nos ônibus começa cedo e termina lá pela 00h00, quando passa o último ônibus. Então, isso pode atrapalhar o sono e descanso dos idosos e crianças que moram aqui. Já no comércio não existe esse problema porque eles acompanham o ritmo do ônibus”, pontua. 

Ainda segundo ela, outra preocupação é com as pessoas mal intencionadas, que podem usar os pontos de ônibus para se esconder e espreitar a rotina de possíveis vítimas dos prédios. 

“Não tem como ter suspeita de pessoas que estão no ponto e pessoas podem se valer disso para tentar fazer alguma coisa”, conclui. 

Até o fechamento da matéria a prefeitura não disse se irá reconsiderar a mudança após a manifestação dos comerciantes. 

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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