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Mais caro do país, juiz de MS dobra valor do auxílio-alimentação

Ticket passa de 5% para 10% sobre o salário-base, o que representa acréscimo de quase R$ 2 mil no bolso de desembargadores

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Mais caros do país, com custo médio mensal de R$ 120.354,00 durante o ano passado, os magistrados estaduais de Mato Grosso do sul dobraram o valor de seu auxílio-alimentação, conforme publicação desta segunda-feira no diário oficial do Tribunal de Justiça. 

Até agora, os juízes e desembargadores tinham direito a um ticket alimentação de 5% sobre o salário-base. A partir de agora, o valor passa a ser de 10%. O reajuste foi aprovado em sessão ordinária do Órgão Especial do Tribunal de Justiça na quarta-feira da semana passada (07), entra em vigor a partir da publicação e terá impacto superior a R$ 400 mil mensais nos cofres públicos.

“Fica modificado o art. 1º da Resolução n.º 58, de 18 de janeiro de 2012, que passa a vigorar com a seguinte redação: O auxílio-alimentação será concedido aos magistrados ativos na forma de auxílio pecuniário, no valor correspondente a 10% (dez por cento) do valor do subsídio do magistrado, a ser incluído na folha de pagamento mensal.” 

O salário-base de um desembargador está em R$ 39.717,69. Com a mudança, o auxílio passa de R$ 1.985,88 para R$ R$ 3.971,76. No caso de juízes sem cargo de confiança, cujo salário-base é de R$ 35.845,21, o acréscimo é de R$ 1.792,26 a partir de agora. Para efeito de comparação, o salário mínimo está em R$ 1.412,00.

E estes valores do auxílio-alimentação chegam integralmente à conta bancária dos magistrados, pois sobre este e outros penduricalhos não incide imposto de renda nem desconto previdenciário. 

Em média, o salário-base representa menos de um terço da remuneração dos cerca de 220 magistrados de Mato Grosso do Sul. Dados divulgados em 28 de maio deste ano pelo Conselho Nacional de Justiça mostram que o custo mensal dos magistrados daqui é 196% maior que em Alagoas, onde um magistrado custa R$ 40.673,00 por mês aos cofres públicos.

Ranking dos custos dos magistrados e servidores publicado em meio pelo CNJ

E, estar no topo do ranking nacional dos maiores salários não chega a ser novidade em Mato Grosso do Sul. No ano anterior, os magistrados daqui estavam em segundo lugar, ficando atrás apenas de Minas Gerais. Agora, a segunda posição coube ao vizinho Mato Grosso, onde o custo médio mensal é de R$ 116.622,00. 

Em média, o custo dos magistrados estaduais no Brasil no ano passado foi de R$ 73.777,00. Ou seja, os juízes de Mato Grosso do Sul custam 63,1% acima da média nacional aos contribuintes locais.
 

O relatório Justiça em Números explica que nestes custos estão incluídos os “pagamentos de remunerações, indenizações, encargos sociais, previdenciários, imposto de renda, despesas com viagens a serviço (passagens aéreas e diárias), o que não corresponde, portanto, aos salários, tampouco aos valores recebidos pelos(as) servidores(as) públicos”. 

O relatório Justiça em Números mostra que o Estado tinha, no período em que a coleta de dados foi realizada, 219 magistrados e 5.258 servidores ativos. E quando o assunto é servidores, a situação é um tanto diferente. 

Com custo médio mensal de R$ 20.607, os servidores dos fóruns e do Tribunal de Justiça daqui estão em 11º lugar no ranking nacional dos mais bem pagos. A primeira colocação, segundo o relatório, está com Minas Gerais, onde o custo é de R$ 27.454,00.  

Mesmo assim, os servidores de MS recebem acima da média nacional, que no ano passado foi de R$ 18.119,00. Porém, a diferença é de apenas 13,7%, o que é bem menos que os 63,1% dos juízes.  
 

Cidades

Após operação policial, pichações do PCC se alastram por cidade de MS

Polícia interpretou pichações como uma tentativa da facção de manter a aparência de controle sobre o território; autor foi preso

12/09/2024 12h30

Divulgação: Polícia Civil

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Um dia após uma grande operação da Polícia Civil de combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado, realizada na sexta-feira (6), Santa Rita do Pardo amanheceu com pichações de siglas do PCC.

A Operação Leviatã mobilizou mais de 23 policiais civis de diversas regiões do estado, que cumpriram mandados de busca e apreensão em 11 locais diferentes, incluindo dois alvos dentro da Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas. O objetivo da operação foi não apenas enfraquecer a facção criminosa investigada, mas erradicá-la completamente da cidade.

Durante a ação, cinco pessoas foram presas em flagrante, sendo encontradas em posse de diversas drogas, como crack, cocaína e maconha. Além disso, duas armas de fogo foram apreendidas. Essa é considerada a maior operação policial já realizada no município. A ação busca cessar a proliferação de “biqueiras”.

Nesta quinta-feira (12), a Polícia Civil prendeu o autor das pichações, que foram vistas pela polícia como uma tentativa da facção de manter a aparência de controle sobre o território, apesar das prisões. A investigação rápida e precisa da Polícia Civil identificou o responsável pelos atos: um usuário de drogas endividado, recrutado para realizar as pichações.

Ao ser localizado, o indivíduo foi convidado a reparar os danos, sendo orientado que tal atitude poderia contribuir para a redução de sua pena, que pode ultrapassar 15 anos, considerando as acusações de dano qualificado e promoção de organização criminosa.

"A Polícia Civil acompanha de perto o processo de reparo das pichações, garantindo tanto a execução correta dos trabalhos quanto a segurança do homem, que demonstrou arrependimento ao colaborar com as autoridades. O caso segue em andamento, e os resultados serão devidamente relatados no inquérito policial", diz nota da Polícia.

Saiba: O nome da operação, “Leviatã”, faz referência à criatura bíblica e ao conceito descrito pelo filósofo Thomas Hobbes, simbolizando um Estado forte e capaz de garantir a ordem pública e a paz.

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Preocupante

Ar de Campo Grande está entre os mais poluídos do país, diz estudo

Segundo a lista divulgada pela Folha de São Paulo, a capital de Mato Grosso do Sul teve a qualidade do ar classificada como insalubre e superior à cidade de São Paulo nesta sexta-feira (12).

12/09/2024 12h03

Campo Grande ficou encoberta por fumaça do Pantanal por mais de 10 dias.

Campo Grande ficou encoberta por fumaça do Pantanal por mais de 10 dias. Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Nesta sexta-feira (12), Campo Grande amanheceu entre as cinco capitais com a pior qualidade do ar no Brasil. A capital de Mato Grosso do Sul ocupa atualmente a 5ª posição, superando a cidade de São Paulo, segundo dados de monitoramento da empresa suíça QAir.

De acordo com o indicador, Campo Grande atingiu nesta manhã o valor de 153, que coloca a cidade em alerta vermelho de "ar insalubre" para grupos vulneráveis. Em São Paulo, o valor registrado hoje (12) foi de 99, colocando a capital paulista em alerta amarelo moderado.

Em outro ranking que considera as maiores metrópoles do mundo, a região Sudeste do país estava no topo na tarde de ontem (11), pela terceira vez consecutiva, conforme dados divulgados pela Folha de São Paulo.

Veja as capitais brasileiras com pior qualidade do ar: 

 Rio Branco (AC)
Porto Velho (RO)
Cuiabá (MT)
Curitiba (PR)
Campo Grande (MS)
Florianópolis (SC)
Porto Alegre (RS)
São Paulo (SP)
Maceió (AL)
Manaus (AM)

Desde junho, Campo Grande estava dentro de um corredor de fumaça proveniente do norte do país, com as queimadas na região amazônica, passando por Peru, Bolívia e Paraguai e seguindo em direção à Argentina e ao sul do país.

Desde então, os campo-grandenses tiveram que se adaptar à névoa acinzentada que fazia parte do cenário, a qual começou a ser vista com menos intensidade desde o fim de agosto e início de setembro.


Classificação

Os dados da qualidade do ar medida pelo IQAir é utilizada desde 1976 nos Estados Unidos. Ela serve como análise para comparar qualidade de ar ao redor do mundo. 

Os índices utilizados pelos estudos vão de 0 a 500. Quando maior o número, pior a qualidade do ar naquela região: boa (0 a 50); moderada (51 a 100); insalubre para grupos sensíveis (101 a 150); insalubre (151 a 200); muito insalubre (201 a 300); perigosa (301 ou mais).


Mato Grosso do Sul terá chuva preta neste fim de semana


Divulgado esta semana pelo Correio do Estado, a previsão do tempo para o final de semana prevê a chuva preta em diversas cidades do estado. 

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há possibilidade de pancadas de chuva neste sábado (14) e domingo (15), o que deve aliviar o calorão, sobretudo na região sul do Estado.

Chuva preta é um fenômeno atmosférico que ocorre quando a chuva se mistura com fuligem, cinzas ou outras substâncias escuras misturadas com a água, que se formaram a partir de queimadas e incêndios.

O resultado é gotas de chuva com coloração mais escura que o normal: marrom ou preta.

Em entrevista ao Correio do Estado, o meteorologista Natálio Abrahão afirmou que, em razão da fumaça oriunda dos incêndios e queimadas no Pantanal, a probabilidade de cair chuva preta neste fim de semana é gigantesca.

“Na atual situação, pode ocorrer chuva preta sim. Chuva preta é resultado da atmosfera que apresenta substâncias decorrentes das queimadas de florestas, lixões e incêndios de casas e obras. Portanto, pode ocorrer quando a chuva vem de nuvens acima dessas substâncias e se associam formando esse aglomerado de substâncias”, explicou Abrahão ao Correio do Estado.

A chuva preta pode se formar de duas formas:

  • Quando a carga de poluentes se encontra com uma nuvem de chuva, os materiais se agregam e há precipitação
  • Quando a "pluma de fumaça" se forma abaixo da nuvem, e a água capta essa sujeira ao chover

A chuva preta é prejudicial para ao meio ambiente e saúde humana/animal. O fenômeno pode poluir o solo, vegetação, rios, mananciais e lagos. Ao ser humano, causa problemas respiratórios.

Abrahão aconselha que a população não se exponha a chuva deste fim de semana. “É sempre importante não se expor, tanto pessoas quanto animais à chuvas que ocorrem depois de longos períodos de estiagem. A melhor chuva é a segunda porque aí a atmosfera já estará limpa”, detalhou.

A chuva preta é diferente da chuva ácida, pois, a chuva ácida ocorre a partir da fumaça de fábricas/indústrias, que liberam enxofre e nitrogênio que podem reagir com água, formando ácido sulfúrico e ácido nítrico.

 

*Claborou Naiara Camargo/ Correio do Estado 

 

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