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Mais uma vez, Detran alerta para golpe da CNH em MS

Promessa de CNH sem aulas, exames e provas é fraude e usar documento falso é crime

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Cerca de um ano após a repercussão do golpe da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) sem aulas repercutir em Mato Grosso do Sul, mais uma vez o problema vira assunto e motivo de alerta. 

Nesta semana, um homem foi à sede do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran) pois não estava conseguindo renovar a sua CNH. O motivo: sua CNH era falsa. 

Durante o atendimento, o servidor que fez o atendimento constatou que não havia informações do condutor no sistema. 

Com isso, descobriu-se que o cidadão, nunca havia tirado a habilitação e carregava há anos um documento falso. Conforme divulgado, o homem foi encaminhado à Delegacia de Trânsito. 

Em meio ao caso, o Detran reforçou o alerta sobre o golpe, pois mensagens enviadas via Whatsapp, com sugestão para conseguir a CNH sem precisar passar por aulas, exames ou provas estão circulando. O departamento frisa que essa prática não existe.

Para o diretor de Habilitação do Detran-MS, Luiz Fernando dos Santos, não existe nenhuma possibilidade de alguém conseguir uma CNH sem fazer aulas ou provas. 

“A pessoa que está querendo tirar a sua CNH tem que entender que não vai conseguir tirar se não fizer as aulas teóricas e práticas e nem os exames e provas. A pessoa que está lhe oferecendo facilidade, ou ela está te dando um golpe e não vai entregar documento algum a você, ou ela vai te entregar um documento falso, o que incorre em crime não apenas para quem expediu, mas para quem anda com ele também”, explicou. 

O Detran lembra que, para tirar a CNH, é preciso passar por todas as etapas que incluem: exames psicológico, médico, cursos teórico e prático, além de aprovação nos exames teórico e prático. 

Crime 

Quanto ao porte de documento falso, o delegado titular da Delegacia de Trânsito, Carlos Eduardo Trevelin Millan falou das previsões criminais que ocorrem nesse caso. 

“No caso do uso de documento falso, a previsão é de 2 a 6 anos de prisão. E a dica é: o interessado em ter a CNH deve procurar uma autoescola credenciada e cumprir os trâmites legais. Caso a pessoa desconfie de alguma coisa, procure o órgão de trânsito ou comunique a Polícia o que está acontecendo. O ideal é sempre desconfiar da facilidade”, disse. 

Relembre 

Não é a primeira vez que essa modalidade de crime ganha destaque. Em abril do ano passado, o Detran-MS fez o mesmo alerta. 

À época, anúncios com valores bem abaixo do mercado circulavam na internet prometendo CNH de todas as categorias sem a necessidade de passar pelos exames obrigatórios. 

Os estelionatários diziam que o documento era “totalmente original e autêntico", com consulta no sistema CNH Digital.

CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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