Cidades

BRIGA EM CAMPO

Mato Grosso do Sul teve 116 áreas em conflito de terra no ano passado

Estado foi o sexto do País em número de conflitos e a maioria é referente a disputa entre fazendeiros e povos indígenas

Continue lendo...

Mato Grosso do Sul registrou no ano passado 116 conflitos por terras, de acordo com pesquisa divulgada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) nesta semana.

Em todo o Brasil foram 1.724 casos, inclundo ocupações e retomadas de áreas, no primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Estado foi o sexto do País com o maior número de conflitos, a maioria deles relacionado a disputa entre indígenas e fazendeiros.

De acordo com a pesquisa, em números totais de conflitos, Mato Grosso do Sul ficou atrás somente de Bahia (com 202 casos), Pará (183), Maranhão (171), Rondônia (162) e Goiás (140). O Distrito Federal foi o que apresentou o menor número, com apenas quatro conflitos.

Dos 116 conflitos em 2023 pelo levantamento, 105 eram de indígenas, e a maior parte deles ocorreram em Dourados, onde foram registrados 30. Os outros 11 relatados estão entre os sem-terra (4), assentados (6) e posseiros (1).

A pesquisa mostrou que, nacionalmente, o númerio de 2023 representou o maior volume de conflitos por terra desde 1985, quando a Comissão Pastoral da Terra iniciou o levantamento.

CONFLITO INDÍGENA

Para o advogado Newley Amarilla, que defende vários casos em Mato Grosso do Sul envolvendo disputa por terras, o número seria um reflexo da atuação do governo federal.

“Compreendo que essa confituosidade seja decorrente da falta de compromisso do Governo Federal em resolver essas situações envolvendo os índios, sobretudo. Se o Governo indenizar os proprietários, como o próprio STF [Supremo Tribunal Federal] permite, essa questão pode ser resolvida ou pelo menos amenizada”, declarou Amarilla, citando decisão do Supremo de setembro do ano passado.

Nesta decisão, o STF derrubou tese de um marco temporal para a demarcação de terras indígenas, que defendia que uma área só poderia ser considerada de povos originários se, comprovadamente, indígenas estivessem nela quando a Constituição Federal foi homologada, em 1988. 

Com a tese derrubada, os ministros do Supremo aprovaram uma indenização aos fazendeiros de boa-fé que tivessem áreas demarcadas como indígenas. Antes, a indenização era apenas por investimentos na terra, com a aprovação do STF o fazendeiro poderia ganhar também com o valor da terra nua.

Entretanto, logo após a decisão do Supremo, o Congresso Nacional aprovou a tese do marco temporal e, apesar de o governo federal ter vetado o trecho da lei que definia um limite para as demarcações, os parlamentares derrubaram o veto e promulgaram a medida.

Para tentar pacificar o assunto, nesta segunda-feira (22) o ministro do Supremo Gilmar Mendes suspendeu todos os processos judiciais que questionam a lei. Segundo o decano, os diferentes entendimentos entre os Poderes podem gerar uma “grave insegurança jurídica”.

A decisão foi proferida no bojo de cinco ações que tramitam no STF e questionam a lei do Congresso. O ministro abriu um processo de conciliação e mediação sobre o assunto.

SAIBA

As cidades com conflitos registrados foram: Amambai, Aquidauana, Aral Moreira, Campo Grande, Caarapó, Laguna Carapã, Antônio João, Jaraguari, Coronel Sapucaia, Douradina, Itaporã, Dourados, Eldorado, Iguatemi, Japorã, Paranhos, Sete Quedas, Tacuru, Ivinhema, Jateí, Juti, Miranda, Mundo Novo, Naviraí, Nioaque, Ponta Porã, Bela Vista, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Porto Murtinho, Rio Brilhante, Sidrolândia, Dois Irmão do Buriti, Tacuru e Terenos.

**Com Estadão Conteúdo

ASSINE O CORREIO DO ESTADO

Cidades

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS

Acidente aconteceu na noite desta sexta-feira (4); homem teve fratura facial e está internado

05/04/2025 16h00

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS Reprodução - TL Notícias

Continue Lendo...

Um peão identificado como Johanderson Britto, representante da cidade de Teodoro Sampaio (SP), sofreu um grave acidente durante uma montaria na noite desta sexta-feira (4), na Festa do Peão de Inocência, município localizado a 337 km de Campo Grande. As informações são do portal TL Notícias.

Durante a apresentação, Johanderson foi violentamente atingido pela cabeça do touro e caiu já desacordado dentro da arena. O competidor foi socorrido imediatamente pela equipe de emergência do rodeio.

Ainda inconsciente, foi encaminhado inicialmente ao hospital de Inocência. Porém, devido à gravidade do impacto, precisou ser transferido com urgência ao Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas.

Segundo informações preliminares obtidas pelo TL Notícias, Johanderson sofreu fratura facial e foi sedado por recomendação médica. Apesar da gravidade, ele passou a noite estável, sem alterações clínicas.

Em uma publicação nas redes sociais, a mãe de Johanderson pediu orações e agradeceu o apoio que tem recebido:

"Estamos em orações para sua rápida recuperação. Que Deus esteja com ele e com toda a equipe médica."

Veja o vídeo: 

Assine o Correio do Estado

Cidades

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS

Caso sejam confirmadas as infrações, a empresa poderá ser responsabilizada pela extração ilegal e por eventuais danos ao meio ambiente

05/04/2025 14h30

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS Divulgação

Continue Lendo...

Uma construtora é suspeita de realizar a extração e pesquisa de basalto sem as devidas licenças ambientais no município de Deodápolis - localizado a 264km de Campo Grande. Diante da possível irregularidade, o Ministério Público do Estado (MPMS) instaurou um inquérito civil para apurar o caso e investigar se houve dano ambiental.

Segundo a portaria que deu origem ao procedimento, a empresa possui alvará da Agência Nacional de Mineração (ANM) para a pesquisa e exploração do minério. No entanto, a legislação ambiental brasileira exige, além da autorização da ANM, o licenciamento ambiental específico para esse tipo de atividade o que pode não ter sido obtido pela construtora.

Diante destes fatos, o MPMS encaminhou ofícios à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil e à Polícia Civil de Deodápolis, solicitando diligências no local da extração. As equipes devem verificar se a atividade está sendo realizada de forma irregular, sem a documentação ambiental necessária.

Após a conclusão das diligências e a análise dos documentos reunidos, o Ministério Público decidirá quais medidas tomar. Caso sejam confirmadas as infrações, a empresa poderá ser responsabilizada pela extração ilegal de basalto e por eventuais danos ao meio ambiente.

O que diz a lei ?

De acordo com o art.10 da Lei nº 6.938/1981 Política Nacional do Meio Ambiente, 'atividades modificadoras do meio ambiente estão sujeitas a licenciamento ambiental prévio'. Esse licenciamento deve ser feito junto ao órgão ambiental competente (municipal, estadual ou federal, dependendo do impacto).

Já o Código de Mineração (Decreto-Lei nº 227/1967) e normas da Agência Nacional de Mineração (ANM) diz que a instituição pode conceder alvarás de pesquisa e autorizações de lavra, mas isso não substitui o licenciamento ambiental.

O empreendedor precisa da licença ambiental emitida pelo órgão ambiental estadual - como é o caso do IMASUL, em MS - antes de iniciar a operação.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).