Cidades

SAÚDE DA MULHER

Médicos alertam mulheres para cuidado na depilação íntima

Médicos alertam mulheres para cuidado na depilação íntima

terra

26/09/2011 - 23h30
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Que atire a primeira pedra quem nunca desejou acabar com todos os pelos da virilha. Cera, lâmina, creme depilatório, laser ou fotodepilação. Não importa o método ou se é mais ou menos dolorido, há muitas mulheres que depilam pra valer a região íntima.
A má notícia é que essa depilação íntima cavadíssima é desaconselhada por muitos especialistas, pois pode ser porta de entrada para infecções já que os pelos pubianos são uma espécie de proteção da vulva.

Fora do País, a depilação íntima cavadíssima já ficou sob suspeita após ser proibida em Nova Jersey, nos Estados Unidos, quando, há aproximadamente dois anos, o comitê estadual responsável pela regulação de cosméticos e cuidados com o cabelo, subordinado à divisão de assuntos de consumo de Nova Jersey, considerou o procedimento nocivo à saúde das mulheres. A decisão veio após a internação hospitalar de duas mulheres que contraíram infecções com a depilação.

Não à depilação
No entanto, médicos ainda não chegaram a um consenso com relação ao quanto de pelo se deve aparar, cortar, queimar no laser ou extrair com cera. Alguns são radicais e afirmam que a mulher não deve depilar nada, como a ginecologista baiana Dra. Nilma Antas Neves, associada da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). “As mulheres não deviam se depilar, apenas aparar os pelos pubianos dado o risco de infecções com depilações exageradas”, afirma.

Mas a Dra. Nilma tem seus motivos para ser contra a depilação. Isso porque, segundo ela, as lesões causadas pela cera ou pelos barbeadores laminados rompem o equilíbrio local entre a flora vaginal e os microorganismos que nela vivem, ou seja, cada microlesão causada pelo impacto da depilação acaba servindo para perpetuar infecções da pele ou da base de cada pelo. “Por isso, as mulheres deveriam apenas aparar a região da virilha”, afirma a médica.

Falta de higiene é um risco
Para Renata Aranha, ginecologista e professora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no entanto, mais do que ao quanto depilar, a mulher deve prestar muita atenção aos riscos de como é feita essa depilação, ou seja, em que condições de higiene a depiladora presta o serviço e o asseio do ambiente em questão.

Segundo a médica da UERJ, o risco está no método e na maneira de manipular os instrumentos para a depilação íntima. Com a lâmina, por exemplo, como a visibilidade da região da vagina e do ânus é muito ruim, é fácil que a mulher se corte, o que aumenta o risco de infecções. Já a cera quente deve ser descartável. “Certifique-se de que sua depiladora não reaproveita o material.

Caso contrário, a cera poderá estar contaminada pelas outras depilações já realizadas, o que aumenta as chances de infecções”, diz Renata. Vale lembrar que qualquer alteração da imunidade da região genital serve para desequilibrar a relação de convivência pacífica entre a higiene íntima e os microorganismos que vivem na flora vaginal. Por mais que não haja um consenso sobre o quanto é ou não seguro depilar, quando feita em pequenas áreas (a marca do biquíni) a depilação ajuda a promover uma melhor higienização da região vaginal principalmente na época menstrual. Enquanto isso, além da questão estética, não há outro motivo que justifique a depilação íntima cavadíssima.
 

Itaquiraí

Mãe e filha morrem em acidente triplo na BR-487

Colisão ocorreu em trecho conhecido como estrada boiadeira, próximo ao município de Itaquiraí

13/12/2025 16h30

Foto: Portal Conesul

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Gabrieli de Freitas Vieira e sua filha Julia Pereira de Freitas, de apenas 3 anos morreram na manhã deste sábado após um acidente triplo na manhã deste sábado (13), na BR-487, próximo a região do Assentamento Santo Antônio, situado em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a imprensa local, ambas estavam em um Jeep Compass com uma familiar de 40 anos, e seguiam de Maringá (PR) com destino a Dourados, cidade em que possuíam comércio. A família seguia na rodovia sentido BR-163 quando tentou uma ultrapassagem forçada e atingiu a traseira de um veículo Polo, que seguia na mesma direção.

Com o impacto da colisão, testemunhas afirmam que o veículo teria capotado e batido na traseira de uma carreta que seguia na pista contrária, impacto suficiente para arremessar o carro da família para fora da pista, ao lado de uma borracharia. 

De acordo com a imprensa local, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Gabrieli e a filha morreram no local. Socorrida, a outra pessoa da família foi levada ao hospital de Itaquiraí, consciente e orientada, apesar de cortes na cabeça.

Os demais motoristas envolvidos não sofreram ferimentos graves e testaram negativo para consumo de álcool.. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Perícia estiveram no local. As causas do acidente serão investigadas na Delegacia de Itaquiraí.

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Cidades

TCE suspende licitação para reforma de ponte sobre o rio Paraguai

Inconsistências e riscos de gastos excessivos na licitação levaram o Tribunal de Contas do Estado a suspender o certame

13/12/2025 13h30

Imagem divulgação

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Menos de um mês depois de assumir como conselheiro do Tribunal de Contas, o ex-integrante do governo do Estado, Sérgio de Paula, suspendeu a licitação de R$ 11,7 milhões para obras na ponte da BR-262, sobre o Rio Paraguai.

A decisão foi publicada nesta sexta-feira (12), em edição extra do Diário Oficial do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul.

No dia 26 de novembro, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) lançou a licitação prevendo investimento de até R$ 11.728.608,10 para a execução de obras de recuperação estrutural.

Os envelopes com as propostas feitas pelas empreiteiras seriam abertos na segunda-feira (15). No entanto, foi determinada a suspensão do certame após a equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) identificar “inconsistências e lacunas” em informações como:

  • Caderno de desenhos;
  • Relatório de critérios e especificações técnicas;
  • Verificação estrutural;
  • Projeto de recuperação estrutural;
  • Projeto de sinalização temporária;
  • Plano de execução.

A justificativa para suspender o processo licitatório da reforma da ponte foram inconsistências no Projeto Básico, que podem gerar gastos acima do necessário. Para isso, foi apontada a necessidade de atualização dos dados técnicos.

“Tais inconsistências podem acarretar riscos de sobrepreço, aditivos contratuais futuros e execução inadequada da obra, comprometendo a economicidade e a eficiência, em desacordo com a Lei nº 14.133/2021. Embora o projeto tenha avançado em sua conformidade com a nova Lei de Licitações, as lacunas técnicas e a necessidade de atualização são significativas. Para uma decisão embasada e para mitigar risos futuros, é crucial que as informações complementares e as atualizações necessárias sejam providenciadas e analisadas”, consta no ato.

Diante dos indícios de irregularidades no Estudo Técnico Preliminar (ETP) e no Projeto Básico, o relator, conselheiro Sérgio de Paula, determinou a aplicação de medida cautelar para suspender o processo licitatório até a regularização dos pontos apontados.

Previsão

Com previsão de início das obras somente no segundo trimestre de 2026, o valor estimado, como adiantou o Correio do Estado, indica que a reforma da ponte pode custar o dobro do apontado pelo ex-secretário de Obras, Hélio Peluffo.

Em 2023, ele previu gastos em torno de R$ 6 milhões na recuperação da estrutura da ponte, que tem sofrido diversas intervenções e situações que resultaram em tráfego em meia pista.

Essa situação ocorreu em 2023, quando a interdição durou mais de um ano, até que os reparos emergenciais fossem concluídos na pista de rolamento.

Além disso, há situação emergencial nos “amortecedores” instalados entre as pilastras e a parte superior da ponte (pista), que apresentam desgaste por falta de manutenção. Essa obra deverá ser bancada, agora, com recursos públicos.

Pedagiada "até ontem"
 

Investimento público em uma ponte seria algo normal não fosse a cobrança de pedágio, feita até setembro de 2022. Pequena fatia da receita era repassada ao Estado e a única obrigação da empresa era fazer a manutenção da estrutura, que tem dois quilômetros e foi inaugurada em 2001.

Porém, em 15 de maio de 2023 a empresa Porto Morrinho encerrou o contrato e devolveu a ponte Poeta Manoel de Barros sem condições plenas de uso, embora tivesse faturamento milionário.

Em 2022,  com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga, a cobrança rendeu R$ 2,6 milhões por mês, ou R$ 21 milhões nos oito primeiros meses daquele ano.

No ano anterior, o faturamento médio mensal ficou em R$ 2,3 milhões. Conforme os dados oficiais, 622 mil veículos pagaram pedágio naquele ano. Grande parte deste fluxo é de caminhões transportando minério. A maior parte destes veículos têm nove eixos e por isso deixavam R$ 126,9 na ida e o mesmo valor na volta.

Esse contrato durou longos 14 anos, com início em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 430 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão. 

Em março de 2017, a Porto Morrinho conseguiu um abatimento de 61% no valor da outorga. Na assinatura, em 22 de dezembro de 2008, o acordo previa repasse de 35%  do faturamento bruto obtido com a arrecadação tarifária estabelecida em sua proposta comercial. A partir de março de 2017, porém, este valor caiu para 13,7%. 

Se tivesse de repassar 35% dos R$ 2,6 milhões arrecadados por mês em 2022, a Porto Morrinho teria de pagar R$ 910 mil por mês ao Estado. Com a repactuação do contrato, porém, este valor caiu para a casa dos R$ 355 mil. Em ambos os casos os valores teriam alguma variação porque ainda seria necessário descontar impostos.

Ou seja, a repactuação garantiu R$ 555 mil mensais a mais aos cobres da concessionária, que mesmo assim não cumpriu com sua única obrigação, que era manter a ponte em condições de uso. 

E, mesmo depois de parar de cobrar pedágio, ela continuou cuidando da ponte, entre setembro de 2022 até maio de 2023.  Neste período, recebeu indenização milionária, de pouco mais de R$ 6 milhões. 

O pedágio acabou por causa do fim do acordo do governo estadual, que construiu a ponte, com o DNIT, já que a rodovia é federal. Porém, o governo federal só aceita receber a ponte depois que estiver em boas condições de uso. 

** Colaborou Neri Kaspary

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