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Menino de 13 anos matou os pais policiais e foi à escola, acredita PM

Menino de 13 anos matou os pais policiais e foi à escola, acredita PM

G1

06/08/2013 - 12h39
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A Polícia Militar diz acreditar que o garoto Marcelo Pesseghini, de 13 anos, suspeito de matar os pais policiais, a avó e a tia na Zona Norte de São Paulo e se matar nesta segunda-feira (5) foi à escola pela manhã após já ter assassinado os parentes. O comandante da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, afirmou em entrevista ao SPTV que câmeras de segurança mostram uma pessoa, que seria Marcelo, estacionando o veículo da mãe à 1h15min da madrugada de segunda. A pessoa sai após as 6h30min, com uma mochila nas costas e entra na escola.

O vídeo, no entanto, não permite confirmar com exatidão que a pessoa é o garoto.
Para a Polícia Militar, as mortes dos parentes de Marcelo aconteceram entre a noite de domingo (4) e a madrugada de segunda. Um dos indícios é o fato de o pai de um colega de escola ter dado carona a Marcelo ao final da aula de segunda. A testemunha prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e contou que Marcelo pediu para que ele não buzinasse diante da casa porque seu pai estaria dormindo.

O coronel Benedito Meira afirmou que está descartada a possibilidade de vingança. “Nós descartamos possibilidade de retaliação por parte de facção. A casa não estava revirada, não há sinais de arrombamento", afirmou.

Disparo
Andréia Regina Bovo Pesseghini, de 36 anos, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, a mãe da policial militar, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, a tia da policial, Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos, e o filho do casal, de 13 anos, foram encontrados mortos em duas casas da família que ficam no mesmo terreno, na Brasilândia. Por volta das 10h30min, os corpos das vítimas continuavam no Instituto Médico Legal central, na Zona Oeste de São Paulo.

Os corpos devem ser liberados na tarde desta terça e serão velados no cemitério Gethsemani, no km 23 da via anhanguera, em São Paulo. Só Bernadete Oliveira da Silva será enterrada neste cemitério. Os demais corpos serão levados para Rio Claro, no interior do estado, em comboio pela Polícia Militar.

Segundo o coronel Benedito Meira, o menino era canhoto e o disparo foi feito do lado esquerdo da cabeça dele e a arma estava debaixo do corpo do adolescente", falou Meira. No entanto, ele ressaltou que a polícia não descarta que outras linhas de investigação possam aparecer nos próximos dias. No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil consta que o adolescente encontrado morto "empunhava a arma na mão esquerda, debaixo do corpo".

Nesta terça-feira, Fábio Luiz Pesheghini, irmão de Luís Marcelo, afirmou que o sobrinho não era canhoto. "Pelo que eu sei ele era destro. Eu tenho quase certeza que ele era destro”, disse. Segundo Fabio, o sobrinho era “tranquilo, uma criança normal, que não dava trabalho para os pais, mal saía de casa”. Ele disse desconhecer se o irmão e a cunhada recebiam ameaças.

O adolescente tinha fibrose cística, doença genética que afeta o funcionamento de secreções do corpo, levando a problemas nos pulmões e no sistema digestivo. Segundo o capitão Laerte Araquém Fidelis Dias, do 18º Batalhão da 1ª Companhia da Polícia Militar, na Freguesia do Ó, a cabo Andréia, que era subordinada a ele, recebeu a previsão de que o filho só viveria até os quatro anos. Dias a definiu como uma funcionária exemplar.

"Excelente funcionária, alegre, trabalhadora e esforçada. Mesmo a gente sabendo deste problema do filho - o primeiro parecer médico é que ele viveria quatro anos - ela tinha o astral lá em cima", disse o capitão. Ele afirma ter encontrado com o menino duas ou três vezes, que não aparentava fisicamente ter qualquer problema e o definiu como tímido.

O capitão Dias trabalhava com Andréia há dois anos. Segundo ele, ela estava afastada das ruas por um problema de coluna - a cabo possuía pinos metálicos na coluna e fazia fisioterapia no Hospital das Clínicas. Ele disse nunca ter ouvido relatos de problemas conjugais.

Investigações
O carro da família, um Corsa Classic prata, foi estacionado na rua da escola onde estudava o filho do casal, a cerca de 5 km de distância do local do crime. Segundo o comandante da PM, o adolescente chegou a ir à escola no período da manhã, pois foi encontrado na mochila dele um bilhete com orientações para os pais.

"O DHPP vai ter condições de apurar quem estacionou o veículo no local. Essa outra pessoa que estacionou pode ser um adulto, talvez até mesmo da família, ou que conheça a família.

Pode ser ele", disse Meira, para justificar que outras linhas de investigações para o crime não sejam descartadas.

O comandante da PM negou que os policiais militares mortos tivessem problemas psicológicos ou mesmo que já tenham sido investigados pela Corregedoria da corporação.

Indícios
Ainda segundo o comandante da PM, ao menos duas armas foram apreendidas na residência, um revólver calibre 32, encontrado em uma mochila junto com outros pertences do menino logo na porta de entrada, e uma pistola calibre .40, de propriedade da Polícia Militar mas que estava de posse da cabo. "O revólver era da policial, que ficou com a arma do pai, após o falecimento dele", explicou Meira.

O oficial afirmou que foram efetuados ao menos cinco tiros dentro da casa, todos compatíveis com um pistola .40. Apesar disso, apenas exames de balística deverão comprovar se os disparos foram feitos pela pistola encontrada sob o corpo do garoto morto. "O que os peritos apuraram aqui é que não tem nenhum estojo diferente do de .40 na residência."

Além disso, a perícia localizou cinco cartuchos de pistola .40 deflagrados, além de um carregador com outros projéteis não deflagrados e mais um na câmara de disparo da arma, perfazendo um total de 14, justamente a capacidade total de um carregador.

Além do exame de balística da arma, um conjunto de provas e perícias deverá ser realizada ainda na madrugada desta terça-feira, segundo Meira. "Por exemplo, o exame toxicológico dos corpos. Será que essas pessoas tomaram algum tipo de medicamento, alguma substância que as deixaram adormecidas?", questionou.

MANIFESTAÇÃO

"Sem anistia", manifestantes protestam contra PL da Dosimetria em todo o Brasil

Atos ocorreram em diversas cidades e classificam projeto como anistia disfarçada aos envolvidos no 8 de Janeiro

14/12/2025 17h00

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo Divulgação/ Agência Brasil

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Manifestantes de diversas cidades brasileiras foram às ruas neste domingo (14) em protesto contra a aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que altera o cálculo das penas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para os organizadores, o texto representa uma “anistia disfarçada” e abre caminho para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo.

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reuniram movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes e partidos de esquerda. Pela manhã, manifestações ocorreram em capitais como Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Fortaleza, Salvador e Brasília.

Na capital federal, o protesto teve início em frente ao Museu da República e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Durante o trajeto, manifestantes entoaram palavras de ordem e exibiram cartazes com frases como “Sem anistia para golpista” e críticas diretas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Campo Grande

Em resposta a aprovação por 291 a 148 votos na última quarta-feira (10), centenas de campo-grandenses liberais se encontraram na esquina da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena para protestar contra a tentativa de Anistia das pessoas que foram condenadas pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de apoiadores, a manifestação contou com a presença de algumas autoridades da esquerda de MS, como o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que foi o primeiro político a chegar no local.

Em conversa com a reportagem, o parlamentar falou sobre o movimento desta manhã e a importância de dar uma rápida resposta ao PL da Dosimetria.

"Mais uma vez, a população dá um recado para a Câmara dos Deputados, que está votando na contramão de tudo aquilo que a população deseja, porque quem atentou contra a democracia, quem quebrou a série dos poderes em Brasília, quem tentou dar um golpe de estado no Brasil tem que ser condenado e pagar por esses crimes. Dar uma lição na história de que nós não aceitamos mais golpes no Brasil", disse o petista.

O ex-deputado estadual e agora candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores, como oficializado neste sábado (13) pelo presidente do partido, Fábio Trad também compareceu ao protesto.

"É um momento muito importante, mas não só para a esquerda, para todos os democratas. Eu convido também a direita liberal que respeita a democracia, aquela direita dos anos 90 que respeitava a vontade das urnas, que não apoiava os Estados Unidos contra o próprio Brasil. Ela deveria estar aqui conosco, porque o que está em jogo aqui hoje não é só uma disputa partidária, é uma questão de civilização e barbárie", destaca.

Paulista ocupada

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes concentrados nos quarteirões próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, estudantis e partidos políticos contrários ao projeto.

Durante o protesto, o coro de “sem anistia” foi repetido diversas vezes. Cartazes com dizeres como “Congresso inimigo do povo” ganharam destaque, assim como críticas ao comando da Câmara. Parte dos participantes vestiu roupas verde e amarelas para reforçar a rejeição à anistia dos envolvidos nos atos golpistas.

A votação do PL na Câmara ocorreu em meio a um episódio de tensão, após a retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. Jornalistas foram impedidos de acompanhar a ação, e profissionais da imprensa relataram agressões.

Parlamentares da oposição avaliam que, com as mudanças previstas no texto, Bolsonaro poderia ter a pena reduzida de 7 anos e 8 meses para cerca de 2 anos e 4 meses em regime fechado, conforme o cálculo atual da Vara de Execuções Penais.

Segundo Juliana Donato, da Frente Povo Sem Medo, a mobilização foi motivada pela gravidade da proposta. “Nós entendemos que isso é uma anistia. Os crimes cometidos contra a democracia são muito graves e não podem ser perdoados. A impunidade abre espaço para novas tentativas de golpe”, afirmou. Ela acredita que a pressão popular pode influenciar a tramitação do projeto no Senado.

Protestos no Rio

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas próximas ao Posto 5, em Copacabana. O ato contou com a participação de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, parlamentares, artistas e militantes de esquerda.

A manifestação ganhou caráter cultural com a participação de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que se apresentaram durante a tarde. O evento foi batizado de “Ato Musical 2: o retorno”, em referência a uma mobilização anterior contra a PEC da Blindagem.

Além do PL da Dosimetria, os participantes protestaram contra a escala de seis dias de trabalho por um de descanso, o marco temporal para demarcação de terras indígenas, o feminicídio e cobraram transparência em investigações envolvendo o Banco Master.

Uma performance realizada por um grupo de mulheres chamou atenção ao comparar parlamentares favoráveis ao projeto a “ratos traiçoeiros”, com a distribuição de animais de borracha e fotos de deputados que votaram pela redução das penas.

A aposentada Angela Tarnapolsky, de 72 anos, afirmou que não poderia se omitir diante do que considera retrocessos democráticos. “Depois de tudo o que vivi desde a ditadura, é impossível aceitar um Congresso com esse nível de retrocesso”, declarou.

O deputado Glauber Braga participou do ato e agradeceu o apoio popular. Com a suspensão de seu mandato por seis meses, ele afirmou que levará o gabinete “para as ruas” e seguirá mobilizado contra o PL da Dosimetria e contra as chamadas emendas Pix, que permitem repasses de recursos públicos sem detalhamento do uso.

O que prevê o projeto

O PL da Dosimetria estabelece que os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito, quando cometidos no mesmo contexto, sejam punidos apenas com a pena mais grave, e não pela soma das penas. O texto também reduz o tempo necessário para a progressão de regime, do fechado para o semiaberto ou aberto.

A proposta pode beneficiar, além de Bolsonaro, militares e ex-integrantes do alto escalão do governo anterior, como Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

Parlamentares da oposição preveem, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o total da redução pode levar ao cumprimento de 2 anos e 4 meses em regime fechado em vez dos 7 anos e 8 meses pelo cálculo atual da vara de execução penal, segundo a Agência Câmara de Notícias. Mas a definição dos novos prazos será do STF e pode ser influenciada pelo trabalho e estudo em regime domiciliar, que diminuem o período de prisão.

O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados dos quatro grupos relacionados à tentativa de golpe de Estado julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas esse artigo foi retirado do projeto.

**Colaborou Felipe Machado**

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Desconto em dívidas

Prazo para adesão ao Refis 2025 encerra nesta segunda-feira; veja os descontos

O requerimento deve ser protocolado no portal e-Fazenda. O pagamento à vista ou da primeira parcela deve ocorrer até 30 de dezembro

14/12/2025 16h30

Moradores de Campo Grande esperando para serem atendidos e fazer o Refis

Moradores de Campo Grande esperando para serem atendidos e fazer o Refis Gerson Oliveira

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Termina nesta segunda-feira (15) o prazo para adesão ao Programa de Recuperação de Créditos – REFIS 2025, que estabelece condições para quitação ou parcelamento de débitos de ICMS constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, incluindo autos de infração, notificações prévias, débitos do Simples Nacional e saldos de parcelamentos anteriores.

O requerimento deve ser protocolado no portal e-Fazenda. O prazo para o pagamento à vista ou da primeira parcela deve ocorrer até 30 de dezembro.

Os descontos variam conforme o número de parcelas:

  • À vista: redução de 80% das multas e 40% dos juros.
  • De 2 a 20 parcelas: redução de 75% das multas e 35% dos juros.
  • De 21 a 60 parcelas: redução de 70% das multas e 30% dos juros, com entrada equivalente a 5% do débito.

Aos produtores rurais, o programa também permite a regularização de débitos vinculados ao Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado (Fundersul), com parcelamento em até 36 vezes, restabelecendo automaticamente o direito aos incentivos fiscais.

Além disso, até 15 de dezembro, os contribuintes podem entregar as Escriturações Fiscais Digital (EFDs) e demais documentos atrasados com anistia total de multas.

Para o secretário de Fazenda de MS, Flávio César de Oliveira, o Refis 2025 é “uma política de cooperação econômica”, a qual permite que empresas retomem a capacidade de investimento ao mesmo tempo em que o Estado fortalece sua arrecadação.

Datas e descontos próximos

Além do Refis, há benefícios no Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) e o desconto para pagamento à vista do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 2026, com datas-limite próximas, exigindo atenção redobrada dos contribuintes neste fim de ano.

A Lei nº 6.472/2025 institui um desconto inédito de 30% no pagamento à vista do ITCD incidente sobre doações de bens e direitos formalizadas até 30 de dezembro de 2025.

O imposto abrange doações de imóveis, veículos, numerários, quotas sociais, rebanhos, títulos, obras de arte e outros bens. A combinação de fatores estruturais, isenção de até R$ 100 mil por donatário (a maior do país), alíquota reduzida de 3% e desconto temporário de 30%, posiciona Mato Grosso do Sul entre os estados com melhor ambiente para regularização patrimonial.

Já o pagamento à vista do IPVA 2026, com desconto de 15%, vence em 5 de janeiro de 2026, segundo maior desconto do país, ao lado da Bahia, Espírito Santo e Piauí, abaixo apenas do Amapá.

O Estado mantém uma política de incentivos reconhecida nacionalmente, com ampla lista de isenções e reduções de alíquota, que inclui veículos com mais de 15 anos, PCDs (60% de redução), táxis, mototáxis, ambulâncias, diplomáticos, caminhões, ônibus, motorhomes e veículos movidos a GNV.

Para quem optar pelo parcelamento, o calendário segue as seguintes datas:

  • 30 de janeiro
  • 27 de fevereiro
  • 31 de março
  • 30 de abril
  • 29 de maio de 2026

O valor mínimo por parcela é de R$ 30 (motocicletas) e R$ 55 (demais veículos). 

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