Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, vê como “ataque internacional” os protestos e comoção em torno do incêndio que atinge a Amazônia, que ganhou proporção mundial. Durante agenda em Campo Grande, ministro afirmou que as informações sobre a destruição da mata pelo fogo são “distorcidas e incorretas”.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro até a última terça-feira (20), foram contabilizados 74.155 focos de incêndio, alta de 84% ante o mesmo período de 2018. Mais da metade (52,6%) desses focos têm ocorrido na Amazônia.
A situação das queimadas na Amazônia repercutiu na imprensa internacional e as hashtages #PrayforAmazon ("reze pela Amazônia"), está entre as mais populares nas redes sociais. Essa mobilização foi avaliada pelo ministro como uma tentativa de enfraquecer o País.
“Isso está muito na imprensa nacional e internacional, justamente num momento em que o Brasil está se afirmando como ator de muito mais peso nas negociações internacionais.Nos preocupa, porque as informações veiculadas pela imprensa internacional são distorcidas, incorretas e que acabam prejudicando esse nosso esforço de construir uma nova presença do Brasil no mundo”, avaliou o chanceler.
O ministro acrescentou ainda que a informação sobre o aumento do desmatamento e queimadas são “especulação sem base nenhuma” e que não se pode “ deixar que se consolidem essas visões equivocadas sobre a nossa realidade”, frisando que a questão ambiental negativa atrapalha a política comercial.
Na Capital, o ministro participou da 8ª Reunião do Grupo de Trabalho do Corredor Rodoviário Bioceânico.


