A família de Idelmar Giroletta, de 63 anos, registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil na tarde desta quarta-feira (24) depois que ele morreu na Unidade de Pronto Atendimento das Moreninhas. O caso aconteceu por volta das 12h00.
Este é o segundo caso de paciente morrendo na fila de espera por leito de hospital em Campo Grande, nesta semana.
O idoso sofreu um acidente vascular cerebral há dois anos e tinha sequelas por conta da doença. O homem, que tinha quadro de insuficiência respiratória, passou por atendimento na unidade, recém inaugurada. Contudo, a situação era crítica e ele precisava de cuidados especializados.
Foi solicitada transferência para um hospital em Campo Grande, mas enquanto aguardava vaga na rede de saúde Idelmar não resistiu e faleceu.
O quadro clínico da vítima foi descrito pela médica Lilian Dittmar. A filha do idoso, Liane Carla Giroletta, de 33 anos, foi quem procurou a polícia.
O delegado da 4ª Delegacia, Sérgio Luiz Duarte, fez o registro como morte natural. Ele solicitou exames necroscópicos ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL).
OUTRO CASO
Na segunda (22), Sebastião Nogueira da Silva, 62 anos, ficou aguardando leito dentro de UTI móvel, pois fora transferido de Costa Rica, 384 quilômetros de Campo Grande.
Por meio do mecanismo "vaga zero", ele deveria ser obrigatoriamente atendido no Hospital Universitário, mas nenhum leito foi disponibilizado.
O paciente ficou oito horas em espera. Até que surgiu uma vaga no Hospital Regional, contudo ele morreu antes de chegar na unidade.
O titular da Secretaria de Estado de Saúde, Nelson Tavares, defendeu que no caso de Sebastião Nogueira, não houve negligência. “O atendimento na UTI móvel é feito por médico. Ela tem todos os aparelhos necessários. O caso desse paciente era grave e não relaciono a morte dele com a demora pela transferência para hospital”, disse.


