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Mounjaro ou Ozempic? Entenda a diferença entre os medicamentos

Produtos se popularizaram entre que pretendem perder peso

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Nos últimos anos, dois nomes ganharam destaque no combate à obesidade e ao diabetes tipo 2: Ozempic, da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, e Mounjaro, da norte-americana Eli Lilly. Ambos são medicamentos injetáveis de uso semanal, originalmente desenvolvidos para tratar o diabetes tipo 2, mas que passaram a ser utilizados também para auxiliar na perda de peso — e têm revolucionado o cenário da endocrinologia.

Apesar das semelhanças, os dois remédios apresentam diferenças importantes em sua composição, eficácia, segurança e disponibilidade. A Anvisa aprovou no último dia 9, o uso do Mounjaro para tratar a obesidade. O remédio, que já tinha aprovação para uso contra a diabetes tipo 2, vinha sendo amplamente utilizado para a perda de peso. 

Mecanismo de ação: um ou dois hormônios?

A principal diferença entre Ozempic e Mounjaro está no mecanismo de ação. Ozempic contém semaglutida, uma substância que imita o hormônio GLP-1 (peptídeo-1 semelhante ao glucagon), responsável por estimular a produção de insulina, retardar o esvaziamento gástrico e promover saciedade. Já Mounjaro é composto por tirzepatida, que age não apenas como agonista do GLP-1, mas também do GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose), outro hormônio envolvido no controle da glicemia e do apetite. Essa dupla ação torna Mounjaro uma inovação significativa no tratamento da obesidade e diabetes.

Eficácia: quem emagrece mais?

Estudos clínicos e análises do mundo real indicam que Mounjaro é mais eficaz na perda de peso. Em um estudo clínico de 72 semanas publicado pela Eli Lilly, pacientes com obesidade perderam, em média, 20,2% do peso corporal com Mounjaro, enquanto participantes que utilizaram semaglutida (a mesma substância de Ozempic, mas em dose maior como no Wegovy) perderam cerca de 13,7%. Em termos práticos, isso representa cerca de 22 kg e 15 kg, respectivamente, para uma pessoa de 110 kg.

Dados observacionais também reforçam essa vantagem: um levantamento com mais de 18 mil pacientes nos Estados Unidos mostrou que, após um ano, usuários de Mounjaro perderam o dobro do peso em comparação com os que usaram Ozempic (15% contra 7,9%).

Controle do diabetes

Ambos os medicamentos são eficazes no controle do diabetes tipo 2, reduzindo significativamente a hemoglobina glicada (HbA1c). No estudo SURPASS-2, a tirzepatida reduziu a HbA1c em até 2,3 pontos percentuais, enquanto a semaglutida reduziu em 1,86. Isso indica um leve benefício adicional de Mounjaro no controle glicêmico.

No entanto, Ozempic tem uma vantagem importante: já possui aprovação para redução de risco cardiovascular em pacientes com diabetes e histórico de doença cardíaca, com estudos robustos mostrando queda nos índices de infarto e AVC. Mounjaro, por enquanto, ainda aguarda dados conclusivos para obter essa mesma indicação.

Efeitos colaterais e tolerabilidade

Tanto Ozempic quanto Mounjaro apresentam efeitos colaterais semelhantes, sendo os mais comuns os sintomas gastrointestinais, como náusea, diarreia, constipação e vômitos, principalmente nas primeiras semanas de uso. A taxa de abandono do tratamento por conta desses efeitos tende a ser um pouco menor com Mounjaro (6,1%) do que com Ozempic (8%), segundo estudos.

Há também relatos de problemas na vesícula biliar com ambos os medicamentos, e os dois possuem alertas sobre risco de pancreatite e tumores da tireoide em estudos pré-clínicos com animais.

Acesso e disponibilidade no Brasil
 

Ozempic já é comercializado no Brasil desde 2018, aprovado para diabetes tipo 2. Apesar de não ter aprovação formal para obesidade, muitos médicos prescrevem o edicamento sem bula para esse fim. A versão com dose maior da semaglutida, chamada Wegovy, voltada especificamente para perda de peso, foi aprovada pela Anvisa em 2023, mas ainda não está amplamente disponível no país.

Mounjaro foi aprovado pela Anvisa em setembro de 2023, mas ainda não chegou às farmácias brasileiras, nem tem liberação para uso em pacientes com obesidade sem diabetes. A expectativa é que isso aconteça nos próximos anos, à medida que mais dados sobre sua eficácia e segurança sejam incorporados às diretrizes nacionais.

Saiba*

A escolha entre Ozempic e Mounjaro deve levar em conta o perfil clínico do paciente, seus objetivos terapêuticos e o acesso ao medicamento. Para controle cardiovascular em pacientes com diabetes, Ozempic ainda lidera. Já para perda de peso mais acentuada, Mounjaro surge como uma opção promissora e, possivelmente, mais potente. Em comum, os dois representam uma nova era no tratamento da obesidade — uma condição que, por décadas, careceu de terapias eficazes e seguras. Ainda assim, especialistas alertam: nenhum medicamento substitui o acompanhamento médico, reeducação alimentar e prática regular de atividade física.

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boletim epidemiológico

Com duas novas vítimas, número de mortes por dengue chega a 20 em MS

Boletim aponta que foram confirmados 8.430 casos da doença no ano e há nove mortes em investigação no Estado

23/12/2025 18h00

MS soma 20 mortes por dengue no ano

MS soma 20 mortes por dengue no ano Divulgação

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Mato Grosso do Sul chegou ao número de 20 mortes por dengue neste ano, após a confirmação de dois novos óbito pela doença nest semana.

Conforme boletim epidemiológico divulgado nessa segunda-feira (22) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), as duas mortes ocorreram em maio e junho, respectivamente, mas a confirmação de que a causa foi dengue ocorreu no dia 22 de dezembro.

As vítimas eram mulheres, sendo uma de 64 anos, moradora de Iguatemi, e uma de 76 anos, de Antônio João. Ambas tinham comorbidades.

Além destas vítimas, as outras 18 mortes por dengue ocorridas de janeiro a dezembro ocorreram nos municípios de Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Paranhos, Itaquiraí, Água Clara, Miranda, Aparecida do Taboado, Ribas do Rio Pardo e Campo Grande.

Entre as vítimas, nove delas possuíam algum tipo de comorbidade. Com relação às idades, apenas uma era adolescente, de 12 anos, enquanto todas as demais eram maiores de 24 anos.

Atualmente, há nove mortes em investigação para saber se foram em decorrência da dengue no Estado.

De janeiro até essa segunda-feira, Mato Grosso do Sul já registrou 14.171 casos prováveis de dengue, com 8.430 confirmados.

Nos últimos 14 dias, Itaquiraí, Ribas do Rio Pardo, Jardim, Chapadão do Sul, Maracaju, Aquidauana e Ponta Porã registraram incidência baixa de casos confirmados para a doença.

Em todo o ano passado, foram confirmados 16.229 casos de dengue, com 32 mortes pela doença em Mato Grosso do Sul.

MS soma 20 mortes por dengue no ano

Vacinação

Ainda conforme o boletim, 201.633 doses da vacina contra a dengue foram aplicadas na população alvo neste ano.

Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 241.030 doses do imunizante. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

A vacinação contra a dengue é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade.

Cidades

Aneel anuncia que janeiro terá bandeira verde e contas de luz não terão custo extra

Com condições de geração favoráveis, foi possível mudar da bandeira amarela para verde

23/12/2025 17h50

MS é o estado onde mais se pesquisou como se cadastrar na tarifa social de energia elétrica

MS é o estado onde mais se pesquisou como se cadastrar na tarifa social de energia elétrica Divulgação

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou, nesta terça-feira (23), que a bandeira tarifária no mês de janeiro de 2026 será verde, ou seja, começará sem custo extra na conta de energia da população brasileira. 

Isto porque, apesar do período chuvoso estar abaixo da média histórica, os meses de novembro e dezembro tiveram uma manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das usinas. Com isso, em janeiro de 2026 não será necessário despachar as termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor.

O último mês deste ano teve o acionamento da bandeira amarela, representando um alívio em relação à vermelha patamar 1, que vigorou em novembro. A medida reduziu em R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (KW/h) consumidos e passou a R$ 1,885.

Sistema de bandeiras 

O mecanismo das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar o custo real da energia. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, e o acionamento de fontes de geração. 

De acordo com a Aneel, sua aplicação gerou economia em juros evitados na ordem de R$ 12,9 bilhões desde sua criação.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimo a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.

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