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MPMS recomenda que Prefeitura de Três Lagoas faça mais concorrência para obras de asfalto

A 7ª promotoria de Justiça de Três Lagoas solicitou que a prefeitura de Três Lagoas se abstenha de fazer apenas os pregões para projetos de engenharia

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) recomendou, à Prefeitura de Três Lagoas, via Secretaria Municipal de Finanças, que se abstenha de utilizar apenas a modalidade licitatória do tipo pregão para a contratação de grandes projetos de engenharia, principalmente os que possam envolver obras de drenagem e asfalto.

Para o MPMS, é mais prudente que a Prefeitura de Três Lagoas faça mais licitação na modalidade de concorrência nesta área de pavimentação asfáltica, micro e macrodrenagens de águas pluviais. 

De acordo com MPMS, nestes casos os padrões de desempenho e qualidade dos serviços não podem ser objetivamente definidos no edital por meio apenas de especificações usuais de mercado.

Com a recomendação, a Prefeitura de Três Lagoas tem 15 dias para informar sobre as novas medidas a serem adotadas. 

O MPMS está com a mira voltada para a diretoria de Compras e Licitações da Secretaria Municipal de Finanças de Três Lagoas. 

O promotor Etéocles Brito Mendonça Dias Júnior destacou que a recomendação não exclui a irrestrita necessidade plena observância de todas as normas constitucionais e infraconstitucionais em vigor.

O promotor frisou, ainda, que quer um acompanhamento desta fiscalização pela Câmara Municipal de Três Lagoas-MS., além da participação do Centro de Apoio de Promotorias de Justiça do Patrimônio Público e Social. 

O MPMS deixou claro, aos demais poderes em Três Lagoas, que é sua designação constitucional proteger o patrimônio público e social, adotando as medidas legais cabíveis, bem como fiscalizar a correta aplicação da lei.

Segundo promotor Etéocles Brito Mendonça Dias Júnior, esse procedimento se iniciou em decorrência de parecer de equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TJMS), precisamente no processo TC/MS TC/5585/2019. 

O objeto foi a análise a utilização de Ata de Registro de Preços n° 009/2018, que originou o Contrato Administrativo n° 078/2019, oriundo do Pregão presencial 69/2018, o qual, por sua vez, tinha como objetivo efetuar o registro de preços para a contratação de empresa especializada na elaboração de projeto de pavimentação asfáltica, micro e macrodrenagem de águas pluviais e restauração funcional de pavimento no Município de Três Lagoas.

A questão que motivou o MPMS a solicitar que a Prefeitura de Três Lagoas realize mais concorrência que pregão – em termos de licitação – também se deu porque o Contrato Administrativo nº 78/2019 consiste na “Contratação de empresa especializada para elaboração de projetos de pavimentação asfáltica, micro e macro drenagem de águas pluviais e restauração funcional do pavimento, no Município de Três Lagoas, conforme quantidades e especificações a constar no Termo de Referência, Planilha Orçamentária e Composição de Custo Unitário”, o que não aconteceu.

Diante disso, técnicos do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) concluíram pela irregularidade do processo licitatório – no caso, o Pregão Presencial n° 69/2018 - em razão de vício insanável do objeto, uma vez que a modalidade licitatória pregão é a indicada para a aquisição, pela administração pública, de bens e serviços comuns, não sendo este o caso concreto. 

Além disso, o MPMS considerou que a controvérsia existente nos autos cinge-se em identificar qual seria a modalidade de licitação adequada para serviço de pavimentação asfáltica, com micro e macrodrenagem de águas pluviais, bem como se tal espécie de serviço poderia ser enquadrado como serviço comum, para fins de utilização da modalidade licitatória do tipo pregão.

Segundo o MPMS, muitos entes da administração direta e indireta, federal, estadual e municipal estão a realizar a modalidade pregão em atividades de pavimentação, inclusive anulando licitações já iniciadas de concorrências, alegando que o pregão é mais vantajoso ao ente público. 

No entanto, o Tribunal de Contas da União (TCU), por exemplo, reconheceu a possibilidade de pregão para conservação viária, sob o raciocínio de que serviços de engenharia considerados comuns, como os de conservação rodoviária, devem ser contratados utilizando-se a modalidade pregão. 

Por outro lado, também reconheceu que o uso da licitação do tipo concorrência, por muitos entes e órgãos públicos, em razão de alguns casos de complexidade, modalidade essa que nos aparenta ser a mais indicada ante possíveis complexidades nos casos de drenagens pluviais, deve ser utilizado e analisado em Três Lagoas.

O MPMS considerada que alguns casos podem realmente ensejar a concorrência, já que podem não se classificar como "serviço comum de engenharia", pelo fato de os padrões de desempenho e qualidade dos serviços não podem ser objetivamente definidos no edital por meio de especificações usuais no mercado. 

Além disso, esses serviços não estariam disponíveis a qualquer tempo no mercado próprio, e necessitariam de acompanhamento e atuação relevante e proeminente de profissional de engenharia da área.

A motivação do MPMS também vem do próprio município de Três Lagoas, que não só reconhece a complexidade do objeto da contratação, como demanda no Termo de Referência respectivo uma série de atividades técnicas que se apartam do conceito de bens e serviços comuns de engenharia, como topografia e geotecnia, estudos geotécnicos de subleito, perfis geológico-geotécnico, classificação de vias de circulação e parâmetros de trafego, projeto geométrico de vias urbanas, projeto de drenagem com estudos hidrológicos e pluviométricos de área. 

Agora, diante da advertência do TCE-MS, o MPMS vai endurecer em cada detalhe de novo projeto considerado grande em termos de engenharia, no sentido que se realize a modalidade de concorrência, e não apenas o pregão eletrônico.

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TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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