Cidades

MATO GROSSO DO SUL

MS mira quatro novos empreendimentos em celulose até 2032

Com balança comercial "salva" pelo segundo principal produto exportado por Mato Grosso do Sul, anúncio foi feito após reunião ontem (08) com a cúpula do Vale da Celulose

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Após reunião entre a cúpula do Vale da Celulose e o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, o Governo do Estado mira até 2032 quatro possíveis novos empreendimentos nesse setor, do segundo principal produto exportado por MS.

Conforme o Governo do Estado, Mato Grosso do Sul subiu para o primeiro lugar no ranking de exportação de celulose, cuja explosão de preço "salvou" a balança comercial de MS, como bem apontou o Correio do Estado

Diante dessa referência consolidada, a intenção do Governo do Estado é se isolar nessa liderança, uma vez que a exportação responde por 24% da produção brasileira da commodity atualmente. 

No encontro com Riedel esteve presente a direção da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação que reúne a cadeia produtiva de árvores plantadas para fins industriais, e os seguintes representantes do setor, na figura do presidente, Paulo Hartung, além dos seguintes representantes do setor: 

  • Júnior Ramires e Dito Mario, da Reflore.
  • Embaixador José Carlos da Fonseca Jr., diretor da Ibá;
  • Douglas Lazaretti e André Vieira, da Suzano;
  • Germano Vieira, da Eldorado;
  • Mauro Quirino e Manoel Browne, da Bracell;
  • Carlos Altimiras e Theófilo Militão, da Arauco; e
  • Darcio Berni, diretor-executivo da Assoc. Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP);

Sem maiores detalhes de quais seriam esses empreendimentos, ou as gigantes por trás da execução, o Governo se resumiu em apontar as possíveis quantidades, que seriam pelo menos quatro, e a data limite de 2032. 

Na ponta do lápis, essa expansão, que dobraria atual capacidade de produção do Estado, demandaria cerca de cem mil novos empregos, ao menos 24 mil diretamente e outros 69 mil indiretos. 

Panorama e previsão

Mato Grosso do Sul conta com uma capacidade instalada estimada em 4,9 milhões de toneladas anuais de celulose, movidas por três linhas que funcionam no município de Três Lagoas. 

Quanto às toneladas anuais de produção, as capacidades de cada linha são:

  • Suzano Linha 1 - Três Lagoas | R$ 1,3 milhão
  • Suzano Linha 2 - Três Lagoas | R$ 1,95 milhão
  • Eldorado - Três Lagoas | R$ 1,7 milhão. 

Extrapolando o cronograma em um mês, o Projeto Cerrado, da Suzano, previsto para ser inaugurado para o sexto mês de 2024, atrasou essa ampliação da capacidade, porém, há uma festa interna na empresa agendada para 30 de julho que deve marcar o lançamento da linha de produção. 

Além dessa, a primeira linha da Arauco, no município de Inocência, está prevista para ser inaugurada em 2028, trazendo uma capacidade de processamento de 2,5 milhões de toneladas de celulose ao ano. 

Justamente o "aquecimento do mercado da celulose" motivou até mesmo o adiantamento das obras dessa primeira planta processadora, já que o cronograma previa início da execução só para 2025. 

Em seu projeto original, a chilena Arauco já previa uma segunda planta, duplicação de investimento que também foi sinalizada pela Eldorado, a ser edificada também em Três Lagoas. 

Já em meados de maio as apurações apontavam para esse incremento do Vale da Celulose, uma vez que o próprio Governo sinalizava que há "espaço para a base florestal de eucalipto crescer em Mato Grosso do Sul". 

Mirando essa quarta vaga na expansão eram cogitadas duas multinacionais: 

  • Portucel Moçambique, empresa criada pela portuguesa The Navigator Company.
  • Paper Excellence, parceira da J&F Investimentos na Eldorado,

 

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Cidades

Quais são os próximos passos do projeto que pode desarmar segurança de Lula?

O texto ainda precisa passar pelas comissões de Administração e Serviço Público, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, para apreciação e votação

09/04/2025 22h00

Presidente Lula

Presidente Lula Foto: Arquivo

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Um projeto que proíbe os seguranças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de todos os seus ministros a usarem armas de fogo para trabalhar avançou na Câmara dos Deputados. A proposta foi aprovada nesta terça-feira, 8, na Comissão de Segurança da Câmara, por 15 votos favoráveis, oito contra e uma abstenção.

O texto ainda precisa passar pelas comissões de Administração e Serviço Público, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, para apreciação e votação. Por ter "caráter conclusivo", não será preciso que o plenário da Câmara vote o projeto: se as comissões o aprovaram, ele segue para a Casa revisora, neste caso, o Senado Federal.

Uma vez aprovado pelos senadores, vai para sanção presidencial, momento em que Lula pode transformar o projeto em lei, ou vetá-lo parcial ou integralmente.

O presidente foi pessoalmente atacado durante a discussão da proposta que mira o afrouxamento de sua segurança. O relator do projeto, deputado Gilvan da Federal (PL-ES), disse que deseja a morte do chefe do Executivo. "Eu quero mais que Lula morra, eu quero que ele vá para o quinto dos infernos. Eu quero mais que ele morra, e que (os seguranças dele) andem desarmados."

O deputado defende que a segurança de Lula e do primeiro escalão do governo "se adeque à realidade imposta pelos mesmos ao cidadão comum".

Pela declaração, Gilvan pode ser alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF), a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) Parlamentares do PT também solicitaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o colega seja investigado.

Delegado Caveira (PL-PA), autor da proposta, disse acreditar que a atuação dos agentes deve "estar de acordo com a ideologia do atual mandatário, que não vê nas armas de fogo algo benéfico para a sociedade".

ASSISTÊNCIA SOCIAL

"Queremos alcançar 17 mil famílias no Estado", diz secretária sobre Mais Social

Mais de 180 servidores estão trabalhando na busca ativa por pessoas em situação de vulnerabilidade social

09/04/2025 17h27

Na foto estão, Tatiana, o marido, o filho mais novo, a secretária da Sead/MS, Patrícia Cozzolino e dois recenseadores

Na foto estão, Tatiana, o marido, o filho mais novo, a secretária da Sead/MS, Patrícia Cozzolino e dois recenseadores FOTO: Gerson Oliveira

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Nesta quarta-feira (9), equipes de recenseadores da SEAD/MS - (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), estiveram na região do Núcleo Industrial, em Campo Grande, abordando famílias em situação de vulnerabilidade social, para serem cadastradas no Programa Mais Social, do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, com a missão de fazer de Mato Grosso do Sul o 1º estado do Brasil a erradicar a extrema pobreza

As pessoas foram localizadas pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Sead em um trabalho com a Segem/Segov (Secretaria Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo), utilizando pesquisa de campo e cruzamento de dados.

Na ocasião, a secretária Patrícia Cozzolino esteve presente, visitando as residências e explicando como o projeto funciona. Na sequência, as equipes da Sead, conheciam a casa, colhiam os dados e solicitavam documentos que comprovasse as informações, para que as famílias pudessem ser cadastradas no benefício, e também orientadas sobre seus direitos e deveres enquanto beneficiários.

O programa oferece um cartão no valor de R$ 450 para a compra de alimentos, produtos de higiene e gás de cozinha e oportunidades de ensino e cursos profissionalizantes para que a pessoa possa ascender socialmente. O cartão é monitorado e os gastos apenas podem ser para itens de alimentação e gás, caso contrário, ele é cortado

Para a imprensa, Patrícia explicou que, as pessoas que foram alcançadas, não tem suporte para solicitarem os benefícios do Governo sem ajuda. Por isso, a Sead está realizando essa busca ativa em todo o Mato Grosso do Sul. “O Estado inverteu a logística! Ao invés do beneficiário se deslocar até a sede do programa ou se inscrever pela plataforma, agora é o Estado que está indo atrás das pessoas mais necessitadas”, disse.

Segundo ela, mais de 180 servidores estão trabalhando nessa busca ativa, e com isso, aproximadamente 17 mil famílias serão beneficiadas. “São 17 mil famílias espalhadas pelos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Os servidores recebem a localização delas que é feita por georreferenciamento e vão até elas”, ressaltou.

Ainda conforme Patrícia, em três semanas de busca ativa, cerca de mil e duzentas pessoas já foram incluídas no Mais Social, e isso representa uma vitória para a secretaria. “Estamos muito felizes com os resultados e vamos continuar trabalhando para alcançarmos o maior número possível”, afirmou.

A diarista e dona de casa Flaviana Furtado, de 30 anos, foi uma das inscritas no benefício durante a visita da secretária, e afirmou que será muito bem-vindo, tendo em vista que ela não tem renda fixa. “Meu marido trabalha em uma fábrica de couros aqui da região todos os dias, e quando a demanda é muito grande, eu faço diárias lá também, mas quando não precisa, eles me dispensam, então não é um dinheiro que tenho sempre e a renda do meu marido sozinho é em torno de R$ 1,2 mil”, disse.

Na foto estão, Tatiana, o marido, o filho mais novo, a secretária da Sead/MS, Patrícia Cozzolino e dois recenseadores

Na casa de Flaviana moram ela, o marido e a filha de 7 anos, e segundo ela, o gasto com comida, entre mantimentos e acompanhamentos chega a R$ 600, e com os outros gastos, sempre acaba faltando alguma coisa. “Eu compro cesta básica, mas não dura o mês e as vezes falta para um remédio, para um lazer, então esse dinheiro vai nos ajudar bastante”, completou ela.

Além de Flaviana, a jovem Tatiana Pereira, de 18 anos, também foi inscrita no Mais Social durante a ação, e segundo ela, o benefício vai chegar em boa hora. “Eu estou gestante, tenho mais dois filhos e a situação fica difícil às vezes, por isso eu tava esperando muito por essa visita”, comemorou ela, que estava esperando a equipe na frente da residência.

INCENTIVO AO ESTUDO

Durante as visitas, a secretária Patrícia Cozzolino, afirmou ainda, que a Sead/MS está trabalhando para oferecer mais benefícios para essa população, como o incentivo aos estudos e qualificação para o mercado de trabalho.

Para Flaviana, que quer terminar o ensino médio, ela explicou que o Estado está fazendo um cruzamento de dados e conversando com os beneficiários sobre o interesse em retornar aos estudos ou se qualificar para uma profissão. “Durante o cadastro, nós questionamos se a pessoa pretende fazer algum curso, e mesmo que esse curso não seja oferecido, a partir de um número de pessoas interessadas, nós vamos oferecer. No caso da Flaviana, nós conversamos sobre o EJA – (Educação para Jovens e Adultos), na modalidade EAD – (Ensino a distância)”.

Na foto estão, Tatiana, o marido, o filho mais novo, a secretária da Sead/MS, Patrícia Cozzolino e dois recenseadores

Diante desse cenário, a secretária fez questão de ressaltar que, o objetivo, não é apenas oferecer o valor do benefício para a pessoa, mas também, contribuir para que ela mude de faixa social. “O Estado está dando a oportunidade para que a pessoa volte a estudar e possa depois ou fazer uma universidade ou um curso técnico profissionalizante para ocupar as vagas de emprego”, disse ela, afirmando que, atualmente há mais vagas de emprego do que pessoas disponíveis.

Segundo Patrícia, o problema é que as vagas exigem pessoas mais qualificadas. “Se nós não interferirmos, oferecendo uma estrutura para a família de baixa renda, com a alimentação, com a questão da saúde, da educação, a família não consegue nunca ir para aquela vaga”, finalizou.

Os cursos e oportunidades citados pela secretária são fruto de uma parceria da SEAD/MS - (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), com SED/MS - (Secretaria Estadual de Educação), por meio da Funtrab - (Fundação do Trabalho), e também com o apoio da SEMADEC - (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

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