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CENSO DEMOGRÁFICO

MS tem 1,35% da população brasileira e é o 7º estado menos populoso do País

Estado tem 2,7 milhões de habitantes e Brasil 203 milhões

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Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que existem 2.756.700 habitantes em Mato Grosso do Sul e 203.062.512 no Brasil.

Portanto, MS tem 1,35% da população brasileira e é o 7º estado do Brasil com menor número de habitantes, ficando atrás apenas de Roraima (636.303), Amapá (733.508), Acre (830.026), Tocantins (1.511.459), Rondônia (1.581.016) e Sergipe (2.209.558).

Destaque no mapa de municípios visitados e áreas percorridas pelo IBGE

Ao todo, aproximadamente 2,5 mil recenseadores percorreram 357.142 km² para visitar 1.208.975 domicílios espalhados pelos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, entre 1º de agosto de 2022 e 28 de maio de 2023.

No Brasil, cerca de 180 mil recenseadores visitaram 106,8 milhões de endereços espalhados por 8,5 milhões km². Foram 10 meses de coleta e apuração de dados.

O objetivo do censo demográfico é fornecer base confiável para contagem precisa da população de um país ou de um determinado local.

Os dados foram divulgados durante coletiva de imprensa na manhã de quarta-feira, 28 de junho de 2023, simultaneamente em todos os estados brasileiros.

CRESCIMENTO

Números do IBGE apontam que existem 2.756.700 habitantes no Estado em 2022. Em 2010, eram 2.449.024 sul-mato-grossenses. Com isso, o crescimento populacional é de 12,6% ou 307.676 pessoas, em 12 anos.

A taxa de crescimento geométrico é de 0,99% ao ano, sendo a 7ª maior entre os estados brasileiros.

Mas, ainda assim, Mato Grosso do Sul cresceu abaixo do esperado. Ou seja, a expectativa era de que houvesse mais habitantes. O supervisor de disseminação de informações do IBGE, Fernando Galina, acredita que o Estado não cresceu conforme o previsto por conta de mudanças culturais.

“A gente tem um crescimento dentro do que se esperava porém um pouco abaixo da estimativa. É natural que isso aconteça porque provavelmente uma série de mudanças culturais, comportamentais do brasileiro e a indústria mato-grossense fizeram com que aquela previsão original que foi feita de 2010 para cá não fosse atendida. Mas ainda assim se você considerar que a estimativa era de 2.839.000 pessoas não ficou tão distante quanto poderia ter ficado, ficou ainda dentro do esperado”, explicou o supervisor.

Os municípios que mais cresceram, considerando a taxa de crescimento geométrico, foram Chapadão do Sul (+61,98%), Costa Rica (+43,31%), São Gabriel do Oeste (+33,41%), Nova Alvorada do Sul (+32,69%), Três Lagoas (+29,83%), entre outros.

Já os municípios que mais ganharam habitantes são Campo Grande (+111.164), Dourados (+47.873), Três Lagoas (+30.366), Ponta Porã (+14.140), Chapadão do Sul (+12.178), entre outros.

Com 897.938 habitantes, Campo Grande está entre as 17 cidades brasileiras com as maiores populações. Os municípios mais populosos de MS são Dourados (243.368), Três Lagoas (132.152), Corumbá (96.268), Ponta Porã (92.017), Naviraí (50.457), entre outros.

Coletiva de imprensa do IBGE realizada na quarta-feira (28)

Os municípios com maior densidade demográfica (habitante por km²) são Campo Grande (111,09), Fátima do Sul (65,36), Ladário (60,75), Dourados (59,91), Mundo Novo (40,12), entre outros.

Havia uma expectativa, de que Campo Grande atingisse um milhão de habitantes. Mas, não foi desta vez.

“Se a gente considerasse um crescimento geométrico original de 2000 para 2010, antes de 2030 Campo Grande chegaria a um milhão. Mas os dados mostram para gente que essa expectativa não retratava a realidade. Então cabe, se possível, inclusive a gente fazer a contagem populacional em 2025/2026 para gente ter certeza desse crescimento que a gente tem hoje para aí sim poder fazer uma projeção que possa contemplar essa hipótese”, explicou o supervisor de disseminação de informações, Fernando Galina.

DE CASA EM CASA

Em MS, aproximadamente 2,5 mil recenseadores percorreram 357.142 km² para visitar 1.208.975 domicílios espalhados pelos 79 municípios, entre os dias 1º de agosto de 2022 e 28 de maio de 2023. 

Recenseador é o profissional responsável pela coleta de dados por meio de entrevistas com os moradores para o censo demográfico.

O recenseador vai de casa em casa e faz dois tipos de questionários: o básico, com 26 perguntas, que leva 5 minutos e o ampliado, com 77 perguntas, que leva cerca de 16 minutos.

As perguntas englobam os seguintes assuntos: identificação do domicílio, informações sobre moradores, características do domicílio, identificação étnico-racial, registro civil, educação, rendimento do responsável pelo domicílio, mortalidade, trabalho, rendimento, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, pessoas com deficiência, migração interna e internacional, deslocamento para estudo, deslocamento para trabalho e autismo.

De acordo com a coordenadora do censo em Campo Grande, Sylvia Assad, as principais dificuldades encontradas durante o recenseamento foram percorrer o Pantanal, local de díficil acesso; insegurança na região fronteiriça; população concentrada em condomínios e prédios; fake news e falta de recenseadores.

"Sozinho o IBGE não conseguiria percorrer todo esse território. A gente precisa de muito conhecimento técnico, precisa de veículos adequados, precisa de parcerias com outras entidades para fazer a coleta dessa região pantaneira", afirmou a coordenadora sobre a dificuldade em acessar o Pantanal.

"A gente precisa primeiro conseguir a liberação dos síndicos, para que a gente acesse o condomínio. Os condomínios têm horários de funcionamento, muitas vezes a gente não consegue falar com o morador, explicar para o morador o que a gente está fazendo ali", disse Sylvia sobre a dificuldade em entrevistar moradores de condomínios. 

Cidades

Em crise financeira, Hospital Alfredo Abrão terá contratos analisados pelo MPMS

Os documentos analisados pela Promotoria de Justiça apontam um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal

18/12/2025 19h20

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado Divulgação: Hospital do Câncer Alfredo Abrão

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O Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA) vive cenário de desequilíbrio financeiro, agravado por limitações orçamentárias e pela crescente demanda por serviços oncológicos de média e alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Diante das circunstâncias, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a contratualização e o financiamento do local.

De acordo com os documentos analisados pela 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, há um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal, além de perdas adicionais decorrentes da não cobertura de produção excedente desde novembro de 2024. 

O hospital também enfrenta atrasos no pagamento de procedimentos já realizados, redução temporária do teto MAC (Média e Alta Complexidade), pendências de liberação de emendas parlamentares e insuficiência de repasses para custear cirurgias, quimioterapias, radioterapias, exames de imagem e manutenção de leitos clínicos. 

Como o HCAA atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado, qualquer interrupção representa risco imediato de desassistência em larga escala.

Em resposta às requisições, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou repasses mensais que totalizam R$ 1.738.005,52, distribuídos entre incentivos de custeio e projetos específicos.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por sua vez, reconheceu o excedente de produção e informou que o pedido de majoração do teto MAC está protocolado no Ministério da Saúde desde 2023, aguardando disponibilidade orçamentária federal.

O Ministério da Saúde confirmou que os pleitos permanecem em análise, tendo havido apenas um repasse pontual de R$ 2.999.840,00 ao Município para ações de média e alta complexidade.

Diante desse quadro, o MPMS expediu portaria e edital tornando pública a instauração do procedimento e notificou formalmente o Ministério da Saúde, a SES, a Sesau e a direção do HCAA.

Entre as diligências determinadas, estão pedidos de informações sobre repactuações contratuais, recomposição financeira, cobertura da produção excedente, valores recebidos em 2025, déficit acumulado e providências adotadas para garantir a continuidade dos atendimentos.

O MPMS destaca que sua atuação é preventiva, institucional e colaborativa, voltada para preservar a continuidade do atendimento oncológico e a promover soluções coordenadas entre Município, Estado e União. O objetivo é assegurar estabilidade financeira ao HCAA, evitar a interrupção de tratamentos que não podem ser suspensos e garantir que a assistência oncológica permaneça integral, resolutiva e acessível à população.

Com o procedimento instaurado, a Promotoria de Justiça seguirá monitorando respostas, prazos, repasses e eventuais reprogramações orçamentárias, além de fomentar pactuações que permitam ampliar a oferta de serviços com segurança, transparência e qualidade. A atuação ministerial busca prevenir o colapso assistencial e assegurar a efetividade do direito fundamental à saúde dos pacientes oncológicos de Mato Grosso do Sul.

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Cidades

Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

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