Cidades

Mutirão Carcerário

MS teve 1,6 mil casos de prisões
provisórias mantidas

No mutirão do ano passado a taxa foi de 85%

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Durante o mês de setembro, 11.575 processos de presos em Mato Grosso do Sul foram analisados por sete magistrados estaduais que atuaram no Mutirão Carcerário de 2018 e pelos juízes das respectivas varas criminais. A ação foi uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça e foi normatizada no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Os Processos de presos provisórios e condenados passaram pela análise e o relatório foi formulado pela Coordenadoria das Varas de Execução Penal (Covep).

De acordo com o relatório publicado pelo Tribunal de Justiça, 1.796 processos de presos provisórios foram analisados novamente. Deste total, em 1.604 casos foram mantidas as prisões, o que representa 89% dos casos. No mutirão do ano passado a taxa foi de 85%. Ainda segundo o documento, seis mil processos estão em regular cumprimento da pena, além de terem sido concedidos mais de 2 mil benefícios aos condenados que preenchiam os requisitos legais para esse fim.

Para o juiz coordenador do mutirão, Alexandre Antunes da Silva, que atua na Vara da Justiça Militar Estadual na comarca de Campo Grande, alguns motivos foram importantes para que o grau de prisões mantidas seja alto no Estado. Ainda de acordo com Antunes, apesar de Mato Grosso do Sul ter uma grande massa carcerária, devido, principalmente, aos crimes de tráfico de drogas, os juízes têm atuado fortemente para que a correta aplicação da pena seja feita, tanto no momento da condenação, como durante a execução penal, assim no andamento dos processos com prisões provisórias.

“Nós temos varas especializadas na execução penal na Capital e, em Dourados, uma vara com esta competência. Também foi criada a Execução Penal do interior e o Judiciário de MS conta com a Central de Processamento Eletrônico (CPE), que acelera o andamento dos feitos. Tudo isto mantém a regularidade na tramitação processual e dá a certeza ao apenado que seus direitos estão assegurados e que a pena será cumprida conforme a condenação e a lei”, explicou o coordenador.

No Mutirão Carcerário desse ano foi analisado benefícios aos condenados como o abatimento dos dias da pena em horas trabalhadas, substituição da pena, o cumprimento de parte da pena, última etapa da pena, a sentença de extinção da punibilidade, que é perda do direito do Estado de punir o preso com ou sem soltura, o perdão da condenação, saída temporária, a mudança da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, entre outras.

Atuaram neste mutirão, além do juiz Alexandre Antunes da Silva, o juiz da 3ª Vara Criminal de Dourados, César de Souza Lima, o juiz da 1ª Vara Criminal de Ponta Porã, Eguilliel Ricardo da Silva, o juiz da 1ª Vara Cível e Criminal de Camapuã, Fábio Henrique Calazans Ramos, o juiz da Vara de Execução Penal do Interior, Luiz Felipe Medeiros Vieira, o juiz da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, Mário José Esbalqueiro Júnior, e o juiz da 5ª Vara Cível de competência Residual de Campo Grande, Wilson Leite Correa.

 

Cidades

Em crise financeira, Hospital Alfredo Abrão terá contratos analisados pelo MPMS

Os documentos analisados pela Promotoria de Justiça apontam um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal

18/12/2025 19h20

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado Divulgação: Hospital do Câncer Alfredo Abrão

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O Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA) vive cenário de desequilíbrio financeiro, agravado por limitações orçamentárias e pela crescente demanda por serviços oncológicos de média e alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Diante das circunstâncias, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a contratualização e o financiamento do local.

De acordo com os documentos analisados pela 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, há um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal, além de perdas adicionais decorrentes da não cobertura de produção excedente desde novembro de 2024. 

O hospital também enfrenta atrasos no pagamento de procedimentos já realizados, redução temporária do teto MAC (Média e Alta Complexidade), pendências de liberação de emendas parlamentares e insuficiência de repasses para custear cirurgias, quimioterapias, radioterapias, exames de imagem e manutenção de leitos clínicos. 

Como o HCAA atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado, qualquer interrupção representa risco imediato de desassistência em larga escala.

Em resposta às requisições, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou repasses mensais que totalizam R$ 1.738.005,52, distribuídos entre incentivos de custeio e projetos específicos.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por sua vez, reconheceu o excedente de produção e informou que o pedido de majoração do teto MAC está protocolado no Ministério da Saúde desde 2023, aguardando disponibilidade orçamentária federal.

O Ministério da Saúde confirmou que os pleitos permanecem em análise, tendo havido apenas um repasse pontual de R$ 2.999.840,00 ao Município para ações de média e alta complexidade.

Diante desse quadro, o MPMS expediu portaria e edital tornando pública a instauração do procedimento e notificou formalmente o Ministério da Saúde, a SES, a Sesau e a direção do HCAA.

Entre as diligências determinadas, estão pedidos de informações sobre repactuações contratuais, recomposição financeira, cobertura da produção excedente, valores recebidos em 2025, déficit acumulado e providências adotadas para garantir a continuidade dos atendimentos.

O MPMS destaca que sua atuação é preventiva, institucional e colaborativa, voltada para preservar a continuidade do atendimento oncológico e a promover soluções coordenadas entre Município, Estado e União. O objetivo é assegurar estabilidade financeira ao HCAA, evitar a interrupção de tratamentos que não podem ser suspensos e garantir que a assistência oncológica permaneça integral, resolutiva e acessível à população.

Com o procedimento instaurado, a Promotoria de Justiça seguirá monitorando respostas, prazos, repasses e eventuais reprogramações orçamentárias, além de fomentar pactuações que permitam ampliar a oferta de serviços com segurança, transparência e qualidade. A atuação ministerial busca prevenir o colapso assistencial e assegurar a efetividade do direito fundamental à saúde dos pacientes oncológicos de Mato Grosso do Sul.

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Cidades

Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

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