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EDUCAÇÃO

Novo ensino médio pode impactar escolas de tempo parcial de MS

Mudanças reduziram itinerário do ensino profissionalizante e para cumprir alguns currículos, unidades podem precisar estender as aulas além da carga-horária atual

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As novas mudanças no Ensino Médio, aprovadas nesta semana pela Câmara dos Deputados, podem obrigar escolas de tempo parcial de Mato Grosso do Sul a estender sua carga-horária para conseguir cumprir o currículo de disciplinas do ensino profissionalizante, já que o novo texto reduziu o tempo para estes itinerários formativos.

Segundo o titular da Secretaria de Estado de Educação (SED), Helio Daher, essas extensões podem ser pontuais, apenas em casos de cursos profissionalizantes em que a carga-horária seja superior ao determinado pela nova lei.

"O impacto vai ser bem reduzido em Mato Grosso do Sul, porque aliamos o ensino profissionalizante à escolas de tempo integral, para evitar que qualquer mudança pudesse impedir os cursos de serem feitos. Mas nas escolas de tempo parcial onde há cursos com uma carga-horária maior que a estabelecida vamos ter que fazer adequações”, comentou o secretário.

Segundo Daher, essas adequações ainda serão discutidas, mas entre as medidas que podem ser implementadas está o aumento de uma hora diária a carga dos alunos, ou aulas em um sábado por mês.

“Esse ajuste será apenas em alguns casos, como no curso de técnico de enfermagem, que precisa de uma carga-horária maior do que a aprovada”, explicou o titular da SED.

Conforme dados da Pasta, Mato Grosso do Sul tem  hoje 821 turmas de ensino profisisonalizante em 109 escolas de tempo integral e 130 de tempo parcial. Ao todo são 6 cursos técnicos e 21 itinerários formativos que atendem 23.235 estudante.

"Não tem impacto financeiro em MS, vamos apenas ampliar a carga-horária dos professores e reduzir dos itinetários", disse Helio.

MUDANÇAS

O texto aprovado pela Câmada dos Deputados prevê 2,4 mil horas de carga horária para a formação geral básica (que inclui disciplinas obrigatórias como matemática e linguagens), do total de 3 mil horas do ensino médio. As outras 600 horas são destinadas ao itinerário formativou ou aos cursos profissionalizantes.

Atualmente, desde a reforma do governo Michel Temer em 2017, a formação básica tem 1,8 mil horas, com 1,2 mil para o ensino profissionalizante ou o itinerário formativo.

Porém, entre as mudanças no texto feito pela Câmara do que havia sido aprovado no Senado, está a mobilidade dos casos em que o ensino médio for feito junto com curso técnico.

Neste caso a formação básica poderá ser menor, com um mínimo de 2,1 mil horas, das quais 300 horas poderão ser usadas como uma articulação entre a base curricular do ensino médio e a formação técnica profissional.

Na votação simbólica feita na terça-feira pelos deputados, a Casa também fez outras alterações no texto do Senado, como rejeitar a inclusão do espanhol como disciplina obrigatória. 

Para o secretário de Mato Grosso do Sul, essas mudanças serão “fáceis” de se implantar no Estado, por isso elas devem começar a valer já a partir de 2025.

“Ficou bem fácil de implantar em 2025 com as mudanças que a Câmara fez, vamos sentar e ver o que precisa ser feito, mas é mais uma questão de adequar o sistema no nosso caso,  porque o processo não mudou, não vamos ter gastos a mais. Tínhamos um receio por conta do que havia passado no Senado, mas com as mudanças temos tranquilidade de começar já em 2025”, afirmou o secretário.

Daher ainda declarou que em agosto haverá uma reunião com todos os secretários de Educação dos estados para uniformizar o Ensino Médio.

O texto aprovado na Câmara dos Deputados agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve aprová-lo sem mudanças, já que se parece com o construído pelo governo.

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ÚLTIMAS HORAS

FIES: Com 1.046 vagas em MS, inscrições para o segundo semestre terminam ainda hoje

A seleção dos candidatos será feita com base nas notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), considerando edições a partir de 2010

18/07/2025 13h30

Com 1.046 vagas em MS, inscrições para o segundo semestre terminam ainda hoje

Com 1.046 vagas em MS, inscrições para o segundo semestre terminam ainda hoje FOTO: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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As inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil - (FIES), referente ao segundo semestre de 2025 terminam nesta sexta-feira (18). Em Mato Grosso do Sul, são 1.046 vagas em diversos cursos e os interessados devem se inscrever até às 22h59 de hoje (Horário de Mato Grosso do Sul), na página do programa (https://acessounico.mec.gov.br/).

Vale lembrar que, o Fies é um programa de financiamento para estudantes em instituições de ensino superior privadas, mas diferente do Programa Universidade para Todos - (Prouni), o FIES não oferece bolsas de estudos, e sim um "empréstimo". Depois de concluir a graduação, o candidato deverá quitar a dívida, em parcelas proporcionais à sua renda.

O resultado da pré-seleção na chamada única será divulgado no dia 29 de julho. Confira o calendário completo:

  • Inscrições: 14 a 18 de julho
  • Resultados (pré-selecionados): 29 de julho
  • Complementação das inscrições dos pré-selecionados: 30 de julho a 1º de agosto
  • Convocação da lista de espera: 5 de agosto a 19 de setembro

FIES SOCIAL

Cabe ressaltar que, metade das vagas do programa é reservada para o Fies Social, modalidade criada para beneficiar estudantes de baixa renda. Nessa categoria, é possível conseguir até 100% de financiamento. Podem participar os candidatos com renda familiar per capita de até meio salário mínimo e inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal.

A ordem de prioridade para concessão do financiamento leva em conta o histórico do candidato com o ensino superior e o próprio Fies. Terão preferência aqueles que nunca cursaram uma graduação nem utilizaram o financiamento. Estudantes com dívidas pendentes no programa não poderão se inscrever.

As inscrições, o resultado e todas as etapas do processo seletivo devem ser acompanhados exclusivamente pela plataforma Acesso Único, do Ministério da Educação - (MEC).

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sem disputa

Licitações de obras com dinheiro do BNDES têm deságio mínimo

Governo de MS concluíu nesta semanas as duas primeiras licitações do pacote de obras, e redução sobre o valor máximo estipulado ficou abaixo de 2%

18/07/2025 13h05

O asfaltamento da MS-444 vai encurtar a distância por rodovias pavimentadas entre Selvíria e Campo Grande

O asfaltamento da MS-444 vai encurtar a distância por rodovias pavimentadas entre Selvíria e Campo Grande

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Com deságio mínimo, o Governo do Estado conseguiu concluir nesta semana as duas primeiras licitações do pacote de obras de pavimentação que pretende realizar com o empréstimo de R$ 2,3 bilhões assinado em novembro do ano passado com o  BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). As duas licitações são referentes a 34 dos 570 quilômetros previstos.

Publicação do diário oficial desta sexta-feira (18) concluiu a licitação para a pavimentação de 17 quilômetros da MS-444, em Selvíria. A obra terá preço inicial R$ 39.305.170,97, o que é apenas 1,6% abaixo do máximo estipulado pela Agesul, que era de R$ 39,97 milhões, indicando que, aparentemente, houve interesse mínimo das empreiteiras pela obra.

A empresa vencedora é a Avance Construtora, de Campo Grande, que já tem uma série de contratos milionários com a administração estadual, como cascalhameto de uma estrada no Pantanal e obas de recapeamento na cidade de Paranaíba. 

Os 17 quilômetros cujo resultado da licitação foi oficializado nesta sexta-feira referem-se somente a uma parte (lote 3) da pavimentação da MS-444. A previsão é que sejam lançadas outras duas licitações para concluir outros 30 quilômetros desta rodovia. Por enquanto, sem as duas outras etapas, o asfalto vai acabar “no meio do nada”. 

Uma segunda licitação do pacote de obras bancadas pelo BNDES foi concluída na quarta-feira (16), prevendo a pavimentação de quase 17 quilômetros da MS-380, em Ponta Porã. Apesar de ter praticamente a mesma distância (17 km) que a obra em Selvíria, o custo será 59% maior, chegando a R$ 62,59 milhões. 

A vencedora da disputa é a empresa Nosde Engenharia, de Naviraí, que também tem uma série de contratos do o Govendo do Estado em municípios como da região sul do Estado. Ela ofereceu deságio de apenas 0,99% sobre o valor máximo estipulado pela Agesul, que era de R$ 63.224.386,00. 

A licitação é relativa somente ao primeiro dos dois lotes da rodovia, que tem em torno de 32 quilômetros, nos quais existe a previsão de investimento da ordem de R$ 141 milhões. Ou seja, no segundo lote devem ser investidos outros R$ 78,5 milhões. A licitação para a segunda etapa já está na fase final. 

Este trecho faz parte dos 247 quilômetros de asfalto novo cujos editais de licitação já estão em andamento em que devem ser concluídos antes do final de 2025. A previsão é de que parte destas obras comece ainda neste ano. 

Com os R$ 2,3 bilhões do BNDES, o Governo do Estado pretende melhorar 818  quilômetros de rodovias estaduais. Para isso, terá de entrar com uma contrapartida de R$ 300 milhões. A previsão é de que sejam 570 quilômetros de asfalto novo e outros 250 quilômetros em pistas que serão restauradas.
 

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