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O gosto pelo exótico

O gosto pelo exótico

Redação

01/08/2010 - 21h28
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SCHEILA CANTO

Quando o assunto é animal de estimação parecem existir opções para todos os gostos. Isso significa dizer que os casos de amor não ficam restritos aos bichinhos domésticos como cachorro, gato, peixe, passarinho. Mais do que se imagina, muita gente prefere algo diferente, exótico, como cobras, iguanas, furões e muitos outros. Cuidar desses bichos atípicos é uma tarefa que atrai curiosos, e divide opiniões e gostos dentro de casa.
Este é o caso do acadêmico de direito Irabeni Oliveira, 22 anos, que surpreendeu seus pais ao adquirir a Sibila – uma jiboia amazônica – do Sítio Xerimbabo. “Sempre gostei de animais, mas depois de ser obrigado a sacrificar três cachorros de estimação por causa de leishmaniose, mesmo eles sendo muito bem cuidados, acabei optando por ter outro tipo de ‘amigo’, aliás ‘amiga’”, conta Irabeni.
Segundo o estudante, a réptil passa o dia todo presa no terráreo e só fica solta quando ele está por perto. “Minha mãe tem certo receio e não permite que eu deixe Sibila solta. Já faz mais de ano que ela está em nossa família, nunca ouve qualquer problema; embora selvagem minha jiboia é muito tranquila e não me dá trabalho”, ressalta.
 
Tendência
No mundo moderno, a criação de répteis como “hobby”, atende pelo nome de herpetocultura. Trata-se de prática relativamente recente, mas que vem crescendo de maneira vertiginosa nos EUA e na Europa, perdendo somente para os gatos e cães, tendo superado em muito as aves ornamentais e a aquariofilia.
No Brasil, a tendência começa aparecer porém, devido à legislação vigente e o controle do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) o crescimento do mercado é lento.
Segundo Anna Cristina dos Santos, bióloga do Ibama/MS, os répteis exigem cuidados bastante distintos daqueles exigidos pelos demais animais domésticos e por isto é fundamental conhecermos a biologia, a fisiologia e as peculiaridades de cada espécie que se pretende criar.
A bióloga destaca que estes tipos de bichos só podem ser adquiridos de criadores licenciados pelo Ibama e todos eles são microchipados para haver o controle de localização. “Em Mato Grosso do Sul não há criadores legalizados. Portanto, a aquisição desses animais é mais difícil, visto também que não há Pets aqui que possam vendê-los”, ressalta.
Anna Cristina explica que está em fase de tramitação uma nova legislação para reconhecer outros tipos de animais como domésticos. “Porém, essa lista ainda não saiu e tem causado polêmica, pois bichos fora de seus habitats naturais, quando soltos/abandonados na natureza irresponsavelmente podem causar sério desequilíbrio ecológico”, exemplifica a bióloga.
De acordo com Anna Cristina todo animal exótico adquirido legalmente precisa ter seu registro no Ibama, para que o órgão mantenha a fiscalização sobre a posse responsável do bicho. “Portanto, não basta ter um animal, microchipado e com nota fiscal em casa. Ele também precisa ser cadastrado no Ibama local”, orienta.
Para quem gosta de mamíferos como cachorros ou hamsters, uma boa opção pode ser o furão, também conhecido como ferret. A programadora Juliana Cardoso, de São Paulo, se rendeu ao encanto desses bichinhos. “Eu vi um ferret na vitrine de uma loja e comecei a procurar alguns sites a respeito deles. Também assisti a muitos vídeos na internet, e foi aí que me apaixonei de vez. Eles pareciam ser muito divertidos”, relembra Juliana.
Apesar de estranhamentos iniciais por parte de sua mãe, Juliana afirma que o ferret hoje é o centro das atenções da sua casa. “Todos gostam dele aqui em casa, inclusive a minha mãe, que a princípio disse que não queria nem olhar para o animal porque ele parecia com um rato. Hoje a primeira coisa que ela faz quando chega em casa é procurar o Shippou”, conta a programadora, referindo-se ao seu ferret.
Anna Cristina observa que no Brasil a venda da espécie é controlada pelo Ibama, que só permite a comercialização de animais castrados, já que sua reprodução é proibida no País. “Esta medida serve para evitar o risco de desequilíbrio ecológico, pois no Brasil o ferret não tem predadores naturais e uma vez solto na natureza poderia causar graves danos ao meio ambiente”, explica.

Cuidados
Segundo o veterinário Robin Marques, para o sucesso e segurança destes novos hospedes, é absolutamente fundamental a orientação de um profissional da área que detenha o conhecimento sobre o assunto e que assim possa transmitir as instruções fundamentais para a saúde e o bem-estar do animal, bem como dos seus proprietários.
O veterinário destaca que é fundamental antes de adquirir um animal exótico, seja ele réptil ou mamífero, seguir algumas regras: “em primeiro lugar é indispensável saber a procedência do animal, depois deve-se preocupar com o lugar apropriado para mantê-lo em casa com segurança, ter informações sobre a espécie como: higiene, alimentação e hábitos do mesmo. E uma das mais importantes: saber que em hipótese alguma pode se soltar o animal na natureza”, finaliza Robin.

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Em crise financeira, Hospital Alfredo Abrão terá contratos analisados pelo MPMS

Os documentos analisados pela Promotoria de Justiça apontam um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal

18/12/2025 19h20

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado Divulgação: Hospital do Câncer Alfredo Abrão

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O Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA) vive cenário de desequilíbrio financeiro, agravado por limitações orçamentárias e pela crescente demanda por serviços oncológicos de média e alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Diante das circunstâncias, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a contratualização e o financiamento do local.

De acordo com os documentos analisados pela 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, há um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal, além de perdas adicionais decorrentes da não cobertura de produção excedente desde novembro de 2024. 

O hospital também enfrenta atrasos no pagamento de procedimentos já realizados, redução temporária do teto MAC (Média e Alta Complexidade), pendências de liberação de emendas parlamentares e insuficiência de repasses para custear cirurgias, quimioterapias, radioterapias, exames de imagem e manutenção de leitos clínicos. 

Como o HCAA atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado, qualquer interrupção representa risco imediato de desassistência em larga escala.

Em resposta às requisições, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou repasses mensais que totalizam R$ 1.738.005,52, distribuídos entre incentivos de custeio e projetos específicos.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por sua vez, reconheceu o excedente de produção e informou que o pedido de majoração do teto MAC está protocolado no Ministério da Saúde desde 2023, aguardando disponibilidade orçamentária federal.

O Ministério da Saúde confirmou que os pleitos permanecem em análise, tendo havido apenas um repasse pontual de R$ 2.999.840,00 ao Município para ações de média e alta complexidade.

Diante desse quadro, o MPMS expediu portaria e edital tornando pública a instauração do procedimento e notificou formalmente o Ministério da Saúde, a SES, a Sesau e a direção do HCAA.

Entre as diligências determinadas, estão pedidos de informações sobre repactuações contratuais, recomposição financeira, cobertura da produção excedente, valores recebidos em 2025, déficit acumulado e providências adotadas para garantir a continuidade dos atendimentos.

O MPMS destaca que sua atuação é preventiva, institucional e colaborativa, voltada para preservar a continuidade do atendimento oncológico e a promover soluções coordenadas entre Município, Estado e União. O objetivo é assegurar estabilidade financeira ao HCAA, evitar a interrupção de tratamentos que não podem ser suspensos e garantir que a assistência oncológica permaneça integral, resolutiva e acessível à população.

Com o procedimento instaurado, a Promotoria de Justiça seguirá monitorando respostas, prazos, repasses e eventuais reprogramações orçamentárias, além de fomentar pactuações que permitam ampliar a oferta de serviços com segurança, transparência e qualidade. A atuação ministerial busca prevenir o colapso assistencial e assegurar a efetividade do direito fundamental à saúde dos pacientes oncológicos de Mato Grosso do Sul.

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Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

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