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MATO GROSSO DO SUL

Obras nos aeroportos de Corumbá e Ponta Porã ainda não começaram

Há um ano sob gestão da Aena, terminais foram pintados e operadora aeroportuária prevê início das ações de ampliação e modenização para para 2025, com prazo de mais um ano e meio para conclusão

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Nos dias 07 e 10 de novembro de 2023 os aeroportos de Ponta Porã e Corumbá, respectivamente, eram assumidos pela marca espanhola Aena, que após um ano de gestão já pintou e deu nova cara aos terminais, porém ainda não deu início às obras de ampliação e modernização. 

Como previsto em edital de concessão, o cronograma de obras tem prazo definido até meados de 2026 para conclusão da modernização de cada um desses aeroportos. 

Conforme aponta a marca em nota, o processo de contratação de quem será a construtora responsável pelas obras ainda não foi concluído, porém já está em fase final. 

Com isso, a previsão é de que as obras de modernização dos aeródromos comecem nos próximos meses, ou seja, ficam para 2025 e terão o prazo de um ano e meio para serem entregues. 

Distante cerca de 297,5 km da Capital de Mato Grosso do Sul, em Pota Porã, segundo a Aena, a ideia é triplicar o espaço total do terminal de passageiros, ampliando o local de atuais 800 m² para 2.600 m². 

"Além disso, serão construídas áreas de segurança no final da pista, em ambas as cabeceiras, e três posições de estacionamento de aeronaves tipo C no pátio", cita. 

Já na Cidade Branca, longe 427,4 km de Campo Grande, a expansão mira saltar de 1.950 m² para 2.850 m² o espaço voltado como terminal de passageiros, com a mesma previsão de áreas de segurança de Ponta Porã, porém uma delas o chamado Indicador de Trajetória de Aproximação de Precisão (PAPI). 

1 ano de gestão

Celebrando a data, a marca que é considerada a maior operadora aeroportuária no Brasil e no mundo, ressalta o quanto as melhorias afetam as mais diversas áreas, trazendo desde conforto aos passageiros até eficiência para os cooperadores dos aeroportos. 

Sobre o trabalho de um ano gerindo esses dois aeródromos em específico, a Aena pontua a modernização da parte elétrica do aeroporto de Ponta Porã, que conta com mais opções de totens com tomada para carregar aparelhos e painéis com informações de voos. 

Nessa reconfiguração da sala de embarque, o grupo levou em consideração também a ampliação da acessibilidade, instalando uma rampa de embarque. 

As melhorias ainda passam pela aquisição de uma nova viatura para a equipe de operações; pintura e manutenção das torres que iluminam o pátio, além de revitalizar a sinalização do aeródromo. 

Corumbá também não deixou de ganhar uma viatura nova; as revitalizações, contando agora ainda com melhor climatização nas salas de embarque e desembarque.

Aena em MS

Responsável por gerir 80 aeroportos e dois heliportos em cinco países, 17 aeródromos do grupo estão presentes em nove estados brasileiros, sendo três em Mato Grosso do Sul. 

Além de Ponta Porã e Corumbá, cerca de um mês antes, desde o primeiro minuto da sexta-feira 13, de outubro de 2023, o aeroporto de Campo Grande também passou a ser administrado pela gigante espanhola. 

Com a chegada da Aena para a gestão, o aeroporto de Campo Grande recebeu também a notícia de que ganharia a tão esperada "Ponte de Embarque de Passageiros", popularmente conhecida como "finger"

 

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Cidades

Obras para construção de novo presídio em Ponta Porã devem começar em março

Unidade custará R$ 15 milhões e faz parte de um pacote de investimentos da União destinado ao sistema penitenciário, anunciado em agosto de 2023

07/11/2024 13h00

Fachada da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário

Fachada da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário Arquivo Correio do Estado

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Está previsto para março de 2025 o início das obras de construção de um novo estabelecimento penal em Ponta Porã, município localizado na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.

A informação é da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), e foi repassada após o muro que cerca o o Estabelecimento Penal Ricardo Brandão, localizado no município, ter caído na tarde da última quarta-feira (7).

Serão investidos R$ 15 milhões oriundos do Governo Federal e R$ 15 mil do Governo do Estado para a nova unidade, que terá capacidade para 408 detentos.

Pacote federal

O investimento destinado à nova unidade em Ponta Porã foi replicado para a construção de três outros estabelecimentos penais em Mato Grosso do Sul, localizados em Campo Grande. O anúncio do aporte da União foi feito em agosto do ano passado, durante visita do ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino, a Campo Grande.

Ao todo, serão R$ 60 milhões do Governo Federal destinados à construção de presídios de baixa complexidade no estado, que vão possibilitar a abertura de 1,6 mil vagas.

À época, também foram feitas entregas da Secretaria Nacional de Políticas Penais, de equipamentos avaliados em R$ 1,5 milhão, dentre eles: 200 pistolas, 120 detectores de metais, TVs para a educação, 4 raio-x e 4 portais de detector de metais.

Além dos equipamentos, foram entregues três veículos SUVs e dois caminhões.

Queda do muro em Ponta Porã

Um dos muros que cercam o Estabelecimento Penal Ricardo Brandão, em Ponta Porã, cedeu na tarde da última quarta-feira (6). Conforme noticiado pela mídia local, servidores que trabalham na unidade alertam as autoridades desde 2023 a respeito da "fragilidade" do muro, mas até então, nenhuma providência havia sido tomada.

Ao Correio do Estado, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), informou que as obras de construção de um novo muro já estavam programadas para começar na semana que vem, e que um técnico já havia visitado o local para fazer uma avaliação antes da construção.

No entanto, devido às fortes chuvas que atingiram a cidade, o muro acabou caindo antes mesmo do início dos trabalhos.

A Agepen informou ainda que foi feito isolamento na área, e um reforço na segurança por parte de policiais militares e do Comando de Operações Penitenciárias (Cope). 

"Estamos iniciando a instalação de placas de metal para o isolamento do local em substituição ao muro até que as obras de alvenaria já estejam concluídas", garantiu, em nota.

Não há registro de feridos ou fuga de detentos do estabelecimento penal.

"A unidade de Ponta Porã é de segurança média, não permanecendo sob custódia no local presos de maior potencial ofensivo, que são enviados para unidades de Campo Grande ou Dourados, de máxima segurança", destacou a Agepen.

Atualmente, estão na unidade 377 detentos, 23 a mais do que a capacidade recomendada

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MATO GROSSO DO SUL

Delegado da 'Homicídios' assume núcleo para tomar patrimônio do crime organizado

Carlos Delano foi designado como responsável do chamado Núcleo de Recuperação de Ativos (NURAT), demanda do Ministério e Secretaria de Justiça e Segurança Pública

07/11/2024 12h34

Delano assumiu a DEH em 2019 e integrou força-tarefa investigativa sobre os homicídios praticados por milícia em MS

Delano assumiu a DEH em 2019 e integrou força-tarefa investigativa sobre os homicídios praticados por milícia em MS Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Nesta quinta-feira (07), por meio de portaria publicada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul, o Estado ganhou a criação de um Núcleo para tomar o patrimônio do crime organizado, que será comandado pelo ex-delegado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEH) que trouxe índices de referência para a delegacia. 

Carlos Delano Gehring Leandro de Souza, que assumiu a titularidade da DEH em 2019, foi dispensado da 'Homicídios' e designado, pelo delegado-geral da Polícia Civil, Lupersio Degerone Lucio, como responsável pelo chamado Núcleo de Recuperação de Ativos (NURAT). 

Conforme o delegado-geral, a criação atende demanda do Ministério e da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (MJSP e SEJUSP/MS). 

"Para fins de gerenciar e dar a devida destinação aos bens apreendidos em poder dos criminosos, trazendo maior eficiência e efetividade nas investigações da Polícia Civil, principalmente visando a descapitalização do crime organizado", expõe. 

Cabe apontar que o MJSP é responsável pela articulação da Rede Nacional de Recuperação de Ativos (Recupera), sendo que o núcleo vai de encontro com a adesão da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul à tal instância. 

Com isso, o núcleo irá trabalhar na melhor destinação de bens apreendidos e sob a custódia da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da identificação ; localização; apreensão; administração e destinação dos ativos ligados à infrações penais. 

Nome de peso

Ao Correio do Estado, Carlos Delano detalhou que, como se trata de um trabalho a ser iniciado, ainda não é possível "prever" o que lhe aguarda, ou ainda projetar os valores que estão ligados quando a pauta é recuperação de ativos criminais. 

Ainda assim, o oficial ressalta seu posicionamento junto ao Núcleo de Recuperação de Ativos (NURAT), traçando um paralelo com as ações executadas por quase cinco anos junto à DEH. 

"É um trabalho diferente, sem dúvida. Muito técnico, que precisa ser desenvolvido em Mato Grosso do Sul. Um grande desafio", afirma. 

Delano assumiu a DEH em 2019, integrando força-tarefa investigativa sobre os homicídios praticados por milícia em Mato Grosso do Sul, trazendo uma expressiva quanto à resolutividade de inquéritos policiais, como bem mostra análise da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol-BR). 

Membro da polícia civil sul-mato-grossense há quase duas décadas (desde 2006), quando assumiu como delegado de Polícia, Delano já atuou inclusive na Corregedoria Geral da PC. 

Além disso, registrou atuações em delegacias de alguns municípios do interior, como Dourados e Douradina, trabalhando ainda mas delegacias: de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) e especializadas de repressão ao narcotráfico, roubos e furtos de veículos e roubos e furtos (Defurv e Derf). 

Desde 2021, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados traz estudo sobre resolutividades e elucidações, ligadas aos inquéritos das policias Federal e Civis do território nacional. 

Em síntese por amostragem, o território sul-mato-grossense, inclusive, aparece com taxa de elucidação de homicídios maior do que muitos países, como: 

  • Suécia (83%) 
  • Alemanha (88%) 
  • Nova Zelândia (91%) 
  • Austrália (87%) 
  • Canadá (75%) 
  • EUA (66%). 

Quanto aos dados usado nessa pesquisa, referentes aos anos de 2021 e 2022, Mato Grosso do Sul aparece na segunda colocação no ranking de inquéritos conclusos (94,9%), índice percentual menor apenas que o Maranhão (96,65%). 

Sobre o quadro de informações repassados à época pela Polícia Civil para a Adepol-BR, Mato Grosso do Sul registrou 377 inquéritos instaurados em 2021, dos quais 294 foram relatados, resultando em uma taxa de 78%. 

Em 2022, foram instaurados 297 inquéritos policiais, sendo que 282 desses IPs foram relatados, o que resulta em uma taxa de 94,9% de resolutividade. 

Importante ainda esclarecer que, tais resultados ainda foram obtidos diante de uma falta de agentes, observada em todas as vagas por função, com taxas que beiravam 80%. Confira: 

 

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