Cidades

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Olheiro de pistoleiro do narcotráfico é preso em Campo Grande

Homem teria indicado a posição de Thiago Leite Neves, conhecido como 'Diabolin', no dia do crime

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No terceiro dia de desdobramento dos casos de homicídio por narcotráfico em Campo Grande, as investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontaram que o suspeito de assassinato de Thiago Leite Neves, conhecido como Diabolin, ocorrida no último dia 10 de março, teria um olheiro, preso na manhã desta terça-feira (25). 

Na ocasião, Thiago e sua companheira estavam em frente à residência do casal, quando foram atingidos por disparos de arma de fogo, realizados por um desconhecido, que estava na garupa de uma motocicleta. 

Durante a investigação, foi descoberto que os executores contaram com o auxílio do olheiro, que indicou a posição da vítima no dia do crime. O homem foi localizado no Parque Lageado. 

Ao ser abordado, ele estava na companhia de outro indivíduo que, ao ser checado nos sistemas policiais, verificou-se ser também um foragido da Justiça.

Ambos receberam voz de prisão e foram conduzidos até a DHPP, onde foram interrogados.

Morte em confronto

Na noite da última quinta-feira (20), um homem, de 22 anos, apontado como o principal suspeito de assassinar Thiago Leite Neves, morreu em confronto com policiais militares do Batalhão de Choque (BPMCHoque), na região da antiga estação Guavira, próximo a BR-060, saída para Sidrolândia, zona rural de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, militares estavam em diligências para apurar uma série de homicídios na Capital, quando localizaram dois homens no local citado, momento este que o criminoso tentou fugir e pulou em uma residência. Os policiais o perseguiram e deram voz de abordagem, mas ele desobedeceu, sacou a arma e atirou contra os militares.

Para se defenderem, revidaram, balearam e desarmaram o homem. Ele tinha mandado de prisão em aberto, estava evadido do sistema prisional e possuía diversas passagens pela polícia, como quatro homicídios, roubo, furto e receptação.

Polícia Civil, Polícia Científica e funerária estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe.

Participação em outros homicídios

Nesta segunda-feira (23), foi identificado que o cúmplice do atirador morto no último dia 20 de fevereiro, identificado como M.S.R, seria o coautor de outras duas mortes num período de 50 dias.

O primeiro aconteceu no dia 1° de fevereiro, Filipe Augusto de Brito Correa foi morto no interior de uma oficina mecânica, de acordo com M.S.R, o crime teria sido encomendado por um traficante de drogas, que afirmou que a vítima estaria prejudicando-o.

Nesse caso, M.S.R afirmou ser o autor dos disparos, no entanto, ele não revelou a identidade do piloto da motocicleta que o levou até o local do crime, bem como a do mandante.

Já no dia 8 do mesmo mês, Douglas Cosme dos Santos Rocha, conhecido como Cuiabano foi morto com a justificativa de que estaria com dívida por aquisição de drogas. Da mesma forma, M.S.R confessou ser o autor dos disparos, mas não forneceu informação sobre o indivíduo que pilotava a motocicleta utilizada na empreitada.

Em ambos os casos foi utilizada uma pistola calibre 9mm e efetuados múltiplos disparos contra as vítimas.

Outro caso em que M.S.R também está envolvido é no da morte de Thiago Leite Neves, conhecido como Diabolin - executado em frente a sua casa, no bairro Dom Antônio. Neste, M.S.R disse que estaria sendo ameaçado pela vítima, pontuou ainda que ele o monitorou e pilotou a motocicleta que levou o verdadeiro atirador ao local dos fatos.

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DEMOCRACIA

PF vai investigar motorista que jogou caminhão contra posto da PRF

Motorista afirmou que ato de joga caminhão contra posto da PRF era um protesto contra julgamento de Bolsonaro no STF

27/03/2025 07h17

Caminhoneiro só não coneguiu atingir a estrutura do posto da PRF porque havia obstáculos no caminho

Caminhoneiro só não coneguiu atingir a estrutura do posto da PRF porque havia obstáculos no caminho

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira (26) que a Polícia Federal (PF) vai investigar o motorista de um caminhão que bateu intencionalmente em viaturas ao tentar colidir contra a estrutura do posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na rodovia BR-060, no Distrito Federal. Um inquérito sobre a ocorrência já foi aberto.

O fato aconteceu durante a madrugada e, de acordo com a PRF, o motorista, que não teve a identidade revelada, estava alcoolizado e chegou a oferecer suborno em dinheiro vivo aos policiais.

O condutor disse, ainda, em vídeo que tem circulado na internet, que jogou o caminhão de propósito por motivações políticas, por ser contra o processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro réu pelos crimes de golpe de Estado e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito.

"Na medida em que uma carreta se joga contra um posto da Polícia Rodoviária Federal, e só não pode atingi-lo porque havia obstáculos na frente, e o autor deste fato disse que praticou um ato terrorista, insurgindo-se contra o julgamento que está sendo realizado no Supremo Tribunal Federal, é um fato que preocupa mesmo as autoridades", afirmou o ministro em entrevista à imprensa.

"Nós veremos, então, quais foram as reais intenções desse motorista da carreta. Se ele tinha alguma ligação externa, ou se foi um ato praticado, enfim, em um momento de insensatez. Qual foi a motivação disso será apurado em um inquérito policial", acrescentou o ministro.

De acordo com os policiais que presenciaram a ação, o caminhão trafegava em alta velocidade quando atingiu barreiras plásticas, utilizadas para canalizar o fluxo viário, e ultrapassou o bloqueio policial, avançando pelo acostamento. Ainda segundo o relato da PRF, sem controle, o veículo passou sobre um quebra-molas e colidiu com viaturas da corporação que estavam estacionadas na área externa da unidade.

Ao ser abordado, o motorista declarou que pretendia atingir a estrutura da PRF por motivações políticas. Ele foi submetido ao teste do bafômetro, sendo constatado o índice de 0,95 mg/L (miligramas de álcool por litro de ar), valor quase três vezes superior ao que configura crime de trânsito.

"Como instituição, eu posso garantir à sociedade que nós estamos prontos para atuar, e que nenhuma ameaça vai diminuir a força da Polícia Rodoviária Federal. Os nossos policiais não vão recuar no cumprimento da missão", afirmou o diretor-geral da PRF, Fernando Oliveira. Segundo ele, até o momento, tudo indica ter sido um caso isolado, mas só a investigação poderá confirmar.

(Informações da Agência Brasil)

 

Condição insalubre

"Comunidade terapêutica" que funcionava em casa de festa é interditada

A vistoria feita por profissionais da Defensoria Pública encontrou acolhidos que foram transferidos de maneira irregular de outro espaço que havia sido interditado anteriormente

26/03/2025 18h22

Coordenadora do Nudedh, defensora Thaisa Defante em atendimento. (Foto: Guilherme Henri)

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Durante a fiscalização, a Defensoria Pública constatou que 60 pacientes de outro espaço, que havia sido interditado em outra ação, foram transferidos para o espaço de festa irregularmente.

A vistoria no espaço de eventos, que funcionava como “entidade de atendimento” a dependentes químicos e de álcool, ocorreu na quinta-feira (21), em Campo Grande.

Segundo a coordenadora dos Núcleos de Atenção à Saúde (NAS), Eni Maria Sezerino Diniz, a fiscalização ocorreu após uma denúncia anônima recebida pelo órgão.

A transferência dos 60 acolhidos ocorreu de forma irregular e clandestina.

A Defensoria apontou que eles vieram de outra entidade, que foi interditada judicialmente também em Campo Grande, em decorrência de péssimas condições sanitárias e diversas irregularidades.

“Para nossa surpresa, as pessoas que estavam em uma unidade interditada foram simplesmente transferidas para um local sem estrutura alguma, sem atendimento médico e sem qualquer tipo de suporte adequado”, denunciou a defensora Eni Diniz.

Improviso


O local sequer possui alvará sanitário e não tem autorização de funcionamento. Na verdade, trata-se de um espaço de eventos improvisado para receber os internos.

“Eles foram transferidos durante a madrugada, sem saber para onde estavam indo. No local, encontramos cerca de 60 pessoas, sem profissionais de saúde ou equipe técnica, apenas acolhidos cuidando uns dos outros, sem que pudessem sair”, relatou a coordenadora do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) e defensora Thaisa Defante.

Cabe ressaltar que, no momento da fiscalização, não havia nenhum profissional qualificado, como médicos ou psicólogos.

“O local era mantido pelos próprios internos, alguns com tempo maior de acolhimento, que impediam a saída dos demais”, explicou a coordenadora Eni Diniz.

A Vigilância Sanitária Municipal, que participou da ação, interditou a unidade devido às condições insalubres e às violações dos direitos dos acolhidos.

A operação foi coordenada pelos Núcleos de Atenção à Saúde (NAS) e de Direitos Humanos (Nudedh), liderados, respectivamente, pelas defensoras públicas Eni Maria Sezerino Diniz e Thaisa Raquel Medeiros de Albuquerque Defante.

Três pessoas foram conduzidas para a delegacia pela Decom. (Foto: Guilherme Henri)

Responsáveis

Muitas das famílias pagavam pelo serviço, confiando que seus parentes estavam recebendo tratamento adequado.

Por isso, a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (DECON) foi acionada, e três pessoas responsáveis pelo local foram conduzidas à delegacia para prestar esclarecimentos.

A Defensoria Pública entrou em contato com as famílias dos acolhidos para alinhar o retorno e, com isso, assegurou o encaminhamento para a rede de saúde nos casos daqueles que necessitavam de atendimento.

Também foram acionadas, por ofício, a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria de Assistência Social, para que realizassem, com urgência, visitas ao local, assegurando a prestação dos devidos cuidados aos acolhidos.

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