Cidades

INVESTIGAÇÃO

Ossadas do cemitério de Perus podem começar a ser identificadas em um mês

Ossadas do cemitério de Perus podem começar a ser identificadas em um mês

AGÊNCIA BRASIL

15/05/2014 - 20h00
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O edital de licitação pública para a contratação de peritos que vão atuar na identificação das 1.049 ossadas encontradas em uma vala clandestina, no Cemitério de Perus, em São Paulo, em 1990, deverá ser publicado no dia 22 de maio. O anúncio foi feito, hoje, pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti, em São Paulo.

Na previsão dela, em 30 dias todos os trâmites burocráticos para que os peritos possam começar a atuar já deverão estar concluídos. A ministra informou ainda que o governo já dispõe dos recursos necessários para a contratação de peritos estrangeiros e para a realização de atividades complementares aos trabalhos, caso sejam necessárias.

Só os recursos federais somam R$ 2,6 milhões, dos quais R$ 900 mil captados por meio do Programa de Apoio a Projetos Institucionais com a Participação de Recém-Doutores (Prodoc), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A ministra disse que os trabalhos podem começar em um mês.

“Temos uma possibilidade real e concreta, finalmente, depois de mais de 20 anos de iniciar a análise, de poder reconhecer desaparecidos políticos, cujas ossadas com certeza se encontram entre as mais de mil ossas das retiradas do Cemitério de Perus. É um direito das famílias poder enterrar os seus mortos e é um dever do Estado brasileiro e da presidenta Dilma Rousseff dar essa dignidade às famílias”, declarou a ministra, após encontro com equipes que vão atuar na identificação das ossadas.

Salvatti destacou que o projeto conta com o apoio do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Uma das parcerias no trabalho será a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que já mapeou os imóveis do entorno da entidade, na Vila Clementino, para receber o laboratório dos peritos.

Presente ao encontro, o secretário de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, Rogério Sottili, revelou que a iniciativa contará com um reforço de R$ 300 mil.

“Esse trabalho da equipe de antropologia forense é fundamental não só no caso do Cemitério de Perus como para a perícia no caso do Araguaia e em outros cemitérios”, apontou Ivan Seixas, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), que não deixou de pontuar o atraso na definição dessa ação. “É uma reunião que deveria ter ocorrido há três anos”, criticou.

A presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, Rose Nogueira, observou que, há anos, a entidade defende a adoção de um cadastro nacional de pessoas desaparecidas, tanto de vítimas da ditadura militar quanto de outras situações que levaram ao desaparecimento.

“Temos um cadastro de carros roubados e não temos o cadastro de pessoas desaparecidas para que arqueologia e antropologia forense possam trabalhar. Parece que a pessoa não vale nada. E as pessoas que tem parentes enterrados como indigentes, os que somem, simplesmente, onde estão?”, desabafou.

O jornalista Antônio Carlos Fon, do Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça afirmou que “finalmente o país começa a resgatar uma dívida com quem se se opôs ao arbítrio, ao crime ou ao assassinato das liberdades públicas. Recuperar e identificar as vítimas da ditadura militar é essencial para o país se encontrar consigo mesmo”. 

Cidades

Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

Prognóstico

Verão começa neste domingo e será marcado por calor acima da média em MS

Prognóstico aponta que podem ocorrer ondas de calor no Estado, enquanto as chuvas serão irregulares e podem ficar abaixo da média para a estação

18/12/2025 18h44

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começa às 11h03 (horário de MS) deste sábado (21) e será marcado por chuvas irregulares e temperaturas elevadas em Mato Grosso do Sul. É o que aponta prognóstico divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).

A estação, que vai até o dia 20 de março de 2026, é climatologicamente caracterizada pelos dias mais longos e noites mais curtas, calor, maior disponibilidade de umidade na atmosfera e aumento significativa de pancadas de chuvas.

O primeiro dia do verão é o dia mais longo do ano e a noite mais curta.

Calor acima da média

De acordo com o prognóstico, a tendência climática para este verão em Mato Grosso do Sul indica temperaturas acima da média histórica, ou seja, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal no Estado.

"Essa condição favorece a ocorrência de períodos mais quentes, sobretudo em dias com menor nebulosidade e ausência de precipitação", diz o documento.

Quanto as temperaturas, a média da estação varia entre 24°C a 26°C. A previsão para o trimestre janeiro-fevereiro-março de 2026 indica que as temperaturas ficarão ligeiramente acima da média histórica, com máximas acima de 30°C.

Segundo o Climatempo, o verão deverá ter maior influência da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e a estação terá períodos de veranico, quando várias áreas do País terão dias mais quentes do que o normal, com menos chuva do que o normal para o período.

O Sul do Brasil e as áreas de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai devem enfrentar períodos de calor intenso, que eventualmente poderão ser considerados como onda de calor, segundo o Climatempo.

Dessa forma, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal em Mato Grosso do Sul.

Chuvas irregulares

A média de chuva que é esperada para o verão, conforme os dados históricos baseados em períodos de 30 anos pelo Cemtec, indicam que as precipitações variam entre 400 a 600 mm. 

Para o verão 2025/2026, a tendência climática indica uma previsão  de irregularidade na distribuição das chuvas ao longo do trimestre.

"Os volumes de precipitação tendem a oscilar em torno da média histórica, podendo apresentar totais ligeiramente acima ou abaixo da média histórica", diz o Cemtec.

Uma característica marcante do verão é a ocorrência de rápidas e frequentes mudanças nas condições do tempo. São comuns as chuvas de curta duração e forte intensidade, conhecidas como chuvas de verão.

Segundo o Cemtec, dependendo do ambiente atmosférico atuante, esses eventos podem evoluir para tempestades intensas, acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento e, ocasionalmente, granizo.

Em razão da intensidade pluviométrica concentrada em curtos intervalos de tempo, essas chuvas podem ocasionar impactos como alagamentos, enxurradas e elevação rápida do nível de córregos e rios, situações típicas do período de verão.

A maior frequência dessas tempestades ocorre, geralmente, no período da tarde, em decorrência do aquecimento diurno mais acentuado e dos mecanismos de modulação diurna da atmosfera.

Além disso, o verão é o período do ano de maior incidência de raios.

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