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Paralisadas desde fevereiro, volta de cirurgias na Santa Casa deve demorar

Hospital filantrópico aguarda recurso prometido pelo governo do Estado para retomar a normalidade de atendimentos

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A realização de cirurgias eletivas na Santa Casa de Campo Grande ainda deve demorar para ser retomada, segundo o hospital. Isso porque a verba repassada na semana passada pelo governo do Estado só deve chegar à conta do centro médico no dia 20, e para a retomada dos procedimentos são necessários medicamentos que dependem desse recurso para serem adquiridos.

Conforme o hospital, por conta da escassez de abastecimento de equipamentos, a Santa Casa priorizou o atendimento no pronto-socorro e chegou a mencionar para reportagem do Correio do Estado que poderia fechar o setor e não receber novos pacientes, tendo em vista a superlotação que se deu início no fim de março.

“Sobre o retorno do atendimento normal na Santa Casa, esclarecemos que o recurso financeiro prometido pelo governo do Estado será disponibilizado no dia 20/4. Até que esse recurso seja efetivamente recebido, não será possível retomar integralmente os atendimentos, uma vez que dependemos da aquisição de insumos e do pagamento das folhas salariais dos médicos”, informou a Santa Casa, em nota.

Em relação aos atendimentos no pronto-socorro, o hospital reiterou que ainda faltam insumos e, por esse motivo, o atendimento também segue restrito.

“No momento, os atendimentos continuam restritos a casos de urgência e emergência, garantindo a segurança dos pacientes. A retomada dos atendimentos em outras áreas, como cirurgias programadas e procedimentos não emergenciais, ocorrerá assim que os insumos necessários forem adquiridos”, completou o hospital filantrópico.

Por conta da sobrecarga nos atendimentos prestados no pronto-socorro, a Santa Casa enviou um ofício no mês passado para a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), pedindo que a responsável pelo envio de pacientes até o hospital suspendesse o encaminhamento de novos atendimentos que não fossem de emergência, alegando incapacidade de tratar novos pacientes, em razão da superlotação e do desabastecimento de insumos, principalmente no setor ortopédico.

Naquela semana, o setor que deveria atender 13 pacientes tinha mais de 80 internados. No começo desta semana, porém, o número já havia caído para 63 internações.

REPASSE

Os recursos que serão destinados para a Santa Casa são oriundos de emendas parlamentares da bancada federal de Mato Grosso do Sul, no valor de R$ 25 milhões.

Esse valor, antes de chegar na conta bancária do hospital, vai passar pelo Fundo Estadual de Saúde, sendo transferido para a Santa Casa em parcelas mensais, conforme informou o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões, durante reunião com o hospital, na semana passada.

“É um compromisso de transferências de recursos, em torno de R$ 25 milhões, em três parcelas de R$ 8,3 milhões, a fim de dar a oportunidade de suprir, principalmente, os estoques de material e medicamento, que nesse momento estão impedindo que a Santa Casa execute a assistência hospitalar, que é a sua função”, explicou o secretário.

A Santa Casa também se pronunciou sobre a reunião que formalizou esse repasse e discutiu a situação do hospital, na qual o governador Eduardo Riedel cobrou uma mudança estrutural e no modelo de gestão da unidade de saúde.

“Sobre o novo modelo de gestão anunciado pelo governador, destacamos que ele trará benefícios significativos para a Santa Casa. Com essa medida, apenas pacientes de alta complexidade, cuja assistência é característica da Santa Casa, serão encaminhados para a instituição. Essa mudança permitirá um atendimento de maior qualidade, reduzindo a sobrecarga da Santa Casa”, declarou.

Na fala, o governador afirmou que “é necessário que haja uma mudança no modelo de gestão, uma mudança estrutural”, explicou Riedel, sem dar mais detalhes sobre como seria essa mudança.

LEITOS

Para suportar a alta demanda por atendimentos nos hospitais de Campo Grande, a prefeitura da Capital pretende ampliar o número de leitos, que atualmente se encontram todos ocupados. 

Conforme informou a Sesau, para resolver esse problema, 50 leitos devem ser disponibilizados para unidades filantrópicas.

“Nós temos deficit de leitos, nós estamos em uma emergência de vírus respiratórios e continuamos com o problema. Hoje, nós temos aproximadamente 1,3 mil leitos, e eles estão todos ocupados, por conta de cirurgias eletivas e do alto registro de acidentes”, declarou a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite Melo, em reportagem do Correio do Estado.

A falta de leitos vem resultando em uma fila de espera cada vez maior na Capital. Quem enfrenta a mesma situação são os hospitais particulares, conforme informou o Hospital Cassems de Campo Grande. A instituição está trabalhando acima da sua capacidade operacional, com 100% dos leitos ocupados.
“A alta demanda é reflexo do atual surto de doenças respiratórias que atinge nossa cidade. Diante desse cenário, estamos empenhados em ampliar nossas equipes para melhor atender a todos os pacientes”, afirmou a Cassems, em nota.

Saiba

O encaminhamento das emendas parlamentares foi revelado pelo titular da SES durante audiência pública em Campo Grande, que ocorreu no dia 19 de março, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).

*Colaborou Daiany Albuquerque

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TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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