Cidades

APURAÇÃO DO MPE

Patrimônio histórico tombado, Morada dos Baís não tem alvará dos Bombeiros

MPE abriu investigação para apurar ocorrência de danos ao prédio

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O Ministério Público Estadual (MPE) abriu uma investigação para apurar a ocorrência de danos à Morada dos Baís, por falta de instalações elétricas adequadas e risco de incêndio. Patrimônio histórico e cultural tombado pelo município de Campo Grande desde 1986, o prédio não tem Certificado de Vistoria do Corpo de Bombeiros e apresenta diversas avarias.

Segundo portaria assinada pela promotora Andréia Cristina Peres da Silva, responsável pela 42ª Promotoria de Justiça, a estrutura tem danos que comprometem a estabilidade da edificação e consequentemente sua preservação. “Em avaliação técnica consta que o prédio possui vazamentos consideráveis no anexo dos sanitários, cozinha, e restaurante, bem como possui instabilidade estrutural nas escadas e guarda corpo”, aponta portaria.

A promotora aponta ainda que o prédio tem uso inadequado e manutenção irregular das instalações elétricas, o que possibilita risco de incêndio. Os dados estão num relatório feito pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), em 2017, onde abordada a conservação de todos os bens tombados pelo município. O documento foi elaborado pelo arquiteto e urbanista Eduardo Roberto Melo da Silva.

O prédio está sob responsabilidade do Serviço Social do Comércio (Sesc) desde 2015, quando a (Federação das Comércio de Mato Grosso do Sul (Fecomércio) firmou um termo de cessão de uso junto à Prefeitura de Campo Grande, mas pertence a prefeitura, que foi notificada para que tome providências com relação a projeto e obras emergenciais de restauro para a recuperação da cobertura e danos nas fachadas da construção histórica; projeto e obras de restauro para sanar os demais danos; plano de Conservação Preventiva específico para este bem, assim como Certificado de Vistoria dos Bombeiros Contra Incêndio e Pânico, constando ainda cronograma determinado de execução dos projetos e das obras de restauro. 
Também foram notificadas a procuradora-geral do Estado e a presidência do Sesc, com relação as mesmas medidas.

Por meio de nota, o Sesc informou que o termo de parceria entre Prefeitura e Sesc determina que não ocorra nenhuma intervenção no prédio que altere suas características arquitetônicas. “Seguindo esta condição, o Sesc utiliza toda a instalação original de ocupação, e destaca que não modificou nenhuma estrutura da casa. Ainda dentro dessa responsabilidade que nos cabe, o Sesc MS desconhece qualquer projeto referente a exigências de restauro. O Sesc MS não recebeu nenhum documento oficial ou extra-oficial de responsável técnico ou órgãos competentes que lauda as informações solicitadas, tampouco respaldada por ART”, explicou assessoria.

O órgão afirma ainda que, atualmente, os reparos necessários, ligados a elétrica e hidráulica do espaço, são realizados por uma empresa especializada em manutenção, que presta esse tipo de serviço, do qual é feito constante acompanhamento. “Além disso, o Sesc está quites com o laudo de Funcionamento Referente ao Sistema de Segurança contra Incêndio, Pânico e Outros Riscos, junto ao Corpo de Bombeiros Militar”.

TOMBAMENTO

A Morada dos Baís foi tombada em 1986 por ser o primeiro sobrado em alvenaria de tijolos de Campo Grande, além de um exemplar da arquitetura eclética campo-grandense.

Cidades

Aneel anuncia que janeiro terá bandeira verde e contas de luz não terão custo extra

Com condições de geração favoráveis, foi possível mudar da bandeira amarela para verde

23/12/2025 17h50

MS é o estado onde mais se pesquisou como se cadastrar na tarifa social de energia elétrica

MS é o estado onde mais se pesquisou como se cadastrar na tarifa social de energia elétrica Divulgação

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou, nesta terça-feira (23), que a bandeira tarifária no mês de janeiro de 2026 será verde, ou seja, começará sem custo extra na conta de energia da população brasileira. 

Isto porque, apesar do período chuvoso estar abaixo da média histórica, os meses de novembro e dezembro tiveram uma manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das usinas. Com isso, em janeiro de 2026 não será necessário despachar as termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor.

O último mês deste ano teve o acionamento da bandeira amarela, representando um alívio em relação à vermelha patamar 1, que vigorou em novembro. A medida reduziu em R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (KW/h) consumidos e passou a R$ 1,885.

Sistema de bandeiras 

O mecanismo das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar o custo real da energia. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, e o acionamento de fontes de geração. 

De acordo com a Aneel, sua aplicação gerou economia em juros evitados na ordem de R$ 12,9 bilhões desde sua criação.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimo a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.

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Presidente do TJMS nega liminar e mantém apreensão de HD de empresa investigada pelo Gecoc

Desembargador Dorival Renato Pavan rejeita Habeas Corpus da defesa de Jorge Lopes Cáceres, afirmando que pedido deveria ter sido feito ao juízo de primeira instância

23/12/2025 17h01

MPMS recolheu malotes com documentos de empresas alvo da operação Apagar das Luzes

MPMS recolheu malotes com documentos de empresas alvo da operação Apagar das Luzes Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), desembargador Dorival Renato Pavan, negou o pedido de liminar em Habeas Corpus impetrado pela defesa do empresário Jorge Lopes Cáceres, um dos sócios da JLC Construtora. A decisão mantém a validade da apreensão de um SSD de 2 terabytes realizada pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) durante a "Operação Apagar das Luzes", na última sexta-feira (19).

A defesa alegava que a apreensão do dispositivo foi ilegal e configurava "pesca probatória", mas o desembargador rechaçou os argumentos, afirmando que a defesa "queimou etapas" ao recorrer diretamente ao Tribunal e que a ordem judicial não continha ilegalidades.

Na manhã de 19 de dezembro, agentes do Gecoc cumpriram um mandado de busca e apreensão na sede da JLC Construtora, empresa responsável por contratos de iluminação pública na capital. Durante a operação, foi apreendido um SSD de 2TB que, segundo a defesa, contém mais de 20 anos de informações fiscais e financeiras da empresa.

No sábado, os advogados de Jorge Lopes Cáceres, do escritório Gustavo Passarelli, impetraram um Habeas Corpus no TJMS, argumentando que o mandado judicial autorizava apenas o "acesso" ao conteúdo do HD, e não sua remoção física. A defesa classificou a ação do promotor Adriano Lobo, que acompanhou a diligência, como um "excesso" e uma fishing expedition (busca exploratória de provas), pedindo a anulação da prova e a devolução imediata do equipamento.

Ao analisar o pedido de liminar durante o plantão judiciário, o desembargador Dorival Renato Pavan negou a urgência da solicitação. O presidente do TJMS apontou um erro processual da defesa. Segundo ele, qualquer questionamento sobre a forma como o mandado foi cumprido deveria ter sido apresentado primeiro ao juiz de primeira instância que autorizou a busca, e não diretamente ao Tribunal.

O desembargador também refutou a tese de que a ordem judicial era genérica ou que o promotor agiu com excesso. Ele argumentou que, em investigações complexas, é impossível detalhar previamente todos os itens a serem apreendidos.

Operação Apagar das Luzes

Ao menos nove contratos relacionados ao serviço receberam reajustes próximos de 25%, percentual máximo permitido pela legislação, mesmo em um período de crise financeira enfrentada pela prefeitura.

Os contratos foram assinados inicialmente entre maio e junho de 2024 e, menos de um ano depois, receberam aditivos em 13 de março, elevando significativamente os valores.

Os reajustes ocorreram menos de uma semana após a prefeita Adriane Lopes publicar decreto determinando a redução de 25% nos gastos com água, luz e combustíveis, além da revisão para menor de todos os contratos com prestadores de serviço.

Ainda assim, no dia 13 de março, seis contratos com empresas do setor foram elevados, garantindo repasse extra de R$ 5,44 milhões apenas com os aditivos.

Os aumentos variaram entre 24,92% e 24,98%, muito acima da inflação oficial acumulada nos 12 meses anteriores, que era de 5%, segundo o IBGE. Quando da assinatura inicial, as empresas B&C e JLC tinham direito a faturar R$ 21,82 milhões. Após os reajustes, o valor saltou para R$ 27,27 milhões.

Dos seis contratos reajustados naquele momento, quatro tratam da manutenção, implantação e ampliação do sistema de iluminação pública nas regiões do Anhanduizinho, Lagoa, Bandeira e região central, áreas que já contavam com luminárias de LED.

Os outros dois contratos referem-se à implantação de luminárias públicas LED Solar, com fornecimento de materiais, nas avenidas José Barbosa Rodrigues e Amaro Castro Lima, além da instalação do mesmo tipo de luminárias nos parques Soter, Ayrton Senna, Jacques da Luz e no poliesportivo da Vila Nasser.

Dias depois, em 19 de março, outros três contratos com a empresa B&C, receberam novos aditivos, novamente com reajustes próximos de 25%. Apenas nesses contratos, a empresa obteve faturamento extra de R$ 2,77 milhões.

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