Cidades

APOSTAS ESPORTIVAS

PCC entra no ramo das "bets" e tem representante na Capital

Homem que foi preso em 2022 pela Polícia Federal em Campo Grande disse que era o proprietário de plataforma do ramo em Mato Grosso do Sul

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Segundo levantamento feito pelo Jornal O Globo, as principais facções criminosas do país, o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), estão empreendendo no ramo das apostas esportivas, popularmente chamadas “bets”, como nova fonte de arrecadação e lavagem de dinheiro do crime organizado.

Em Mato Grosso do Sul, havia um representante da Fourbet, empresa de apostas esportivas, que a Polícia Federal investiga ter relação com a família de Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola, chefe do PCC.

Em Campo Grande, Henrique Abraão Gonçalves da Silva, foi abordado pela PF em agosto de 2022 e se apresentou como proprietário da Fourbet em MS. A empresa de apostas esportivas é uma das apontadas pela investigação como parte do esquema ligado ao PCC.

Henrique é filho de Cíntia Chaves Gonçalves, uma das gestoras da Loteria Fort, no Ceará, que tinha como gestor de unidades Menesclau de Araújo Souza, apontado como responsável pela contabilidade do PCC no estado nordestino.

Além disso, junto com Henrique Abraão, quando foi abordado pela Polícia Federal em Campo Grande, estava Leonardo Alexsander Ribeiro Herbas Camacho, sobrinho de Marcola.

Na época, Leonardo disse que trabalhava para Henrique e o inquérito aponta que ele divulgava em suas redes sociais anúncios da plataforma de apostas. Ele foi preso em abril deste ano, em uma operação que investigava casas de apostas no Ceará.

Além dele, Francisca Alves da Silva, cunhada do chefe do PCC, também foi presa no mesmo mês, e com ela foi encontrado um recibo de transferência bancária e um bilhete que tinha referências a Menesclau.

INQUÉRITO

O Poder Judiciário do Ceará, através da Força Integrada de Combate do Crime Organizado do Ceará (FICCO/CE), foi quem decretou a prisão preventiva, busca e apreensão domiciliar, quebra de sigilo telefônico, telemático, de informática e sequestro de bens móveis, dos indivíduos apontados como integrantes do esquema envolvendo bets e o PCC, entre eles está Henrique Abraão, preso na Capital.

Na ação, Henrique Abraão Gonçalves da Silva foi preso em flagrante por terem encontrado 19 munições calibre 380, dez munições calibre restrito 9 milímetros, uma maleta com dois carregadores, kit limpeza e empunhadura de arma, calibre 19x9 milímetros, de origem e procedência estrangeira e acessórios de calibre restrito, no apartamento que ele vivia em Campo Grande, no bairro Monte Castelo.

O processo aponta que além do envolvimento com o crime organizado, os materiais apreendidos estavam sem autorização do órgão competente.

Henrique é tido, juntamente com a mãe Cintia Chaves Gonçalves, o sobrinho de Marcola Leonardo Alexsander Ribeiro Herbas Camacho, e outras quatro pessoas, como atuante do núcleo operacional, estando esses responsáveis por “conduzir o dia a dia da atividade ilícita em sintonia e confiança com a célula decisória”, expõe o inquérito aberto no Ceará.

Além disso, a investigação também informa que é “possível afirmar a existência de organização criminosa diretamente associada a integrantes da cúpula do PCC nacional, capitaneada por Francisca Alves (cunhada de Marcola), Menesclau Araujo (contador do PCC) e Geomá Pereira de Almeida (apontado como ‘maior responsável pelos caça-níqueis de São Paulo)”.

Esses três seriam responsáveis por chefiar diversas atividades ilícitas no Ceará e outros estados, entre elas o tráfico de drogas, tráfico de armas, jogos de azar, lavagem de dinheiro e sonegação tributária.

A força-tarefa relata que foram somados R$301.813.629,00, no período entre janeiro de 2011 e outubro de 2022, que teria sido levantado pelo grupo.

O levantamento feito pelo O Globo, aponta ainda que foram encontrados com Geomá Pereira, em São Paulo, panfletos da Fourbet em um ponto de apostas controlado pelo investigado.

O jornal procurou a defesa de Henrique, que não quis comentar o caso. Já os advogados de Leonardo Herbas Camacho e Francisca Alves afirmaram que eles não tem relação com casa de aposta ou atividade ilegal, e o defensor de Cintia Chaves afirmou que atua na legalidade e não tem ligação com a Fourbet.

Saiba

A Fourbet MS possui um perfil nas redes sociais, em que há um vídeo de mulheres divulgando a plataforma de apostas, em um bar da Capital. Não há publicações desde 2022, mas o site ainda pode ser encontrado na internet.

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Cidades

Idoso e criança morrem em acidente entre dois veículos em Campo Grande

Carros bateram de frente próximo ao Autódromo Internacional; Vítimas eram da mesma família

21/12/2025 13h33

Acidente aconteceu na BR-262, em Campo Grande

Acidente aconteceu na BR-262, em Campo Grande Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Um idoso de 80 anos e uma criança, de 11, morreram em acidente envolvendo dois carros, na tarde deste domingo (21), na BR-262, próximo ao Autódromo Internacional de Campo Grande. 

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, as vítimas eram da mesma família e seguiam em um Honda Fit, conduzido por uma mulher, que era filha do homem e avó da menina que faleceram.

Informações preliminares do Corpo de Bombeiros era de que a vítima havia dormido ao volante, mas testemunhas disseram que ela tentou realizar uma ultrapassagem indevida e acabou batendo de frente um HB20, que seguia no sentido contrário.

Com o impacto da colisão, o Fit saiu da pista e parou às margens da rodovia, em uma área de vegetação.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram acionados para prestar os atendimentos às vítimas.

O pai da condutora e a criança, que estavam de passageiros, morreram no local, enquanto ela foi socorrida com fratura na perna e encaminhada a Santa Casa de Campo Grande, consciente e orientada.

No outro veículo estava apenas o motorista, que também estava consciente e recusou atendimento.

Durante o trabalho de socorro e perícia, o trânsito no local ficou parcialmente interditado.

O caso deverá ser investigado pela Polícia Civil.

 Acidente aconteceu na BR-262, em Campo GrandeHB20 foi atingido por outro veículo que tentava ultrapassagem (Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado)

Operação Rodovida

Na última terça-feira (16), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou a Operação Rodovida, com intensificação da fiscalização e prevenção de acidentes nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul no período das férias escolares, Natal, Ano Novo e o Carnaval.

A Operação Rodovida é a maior operação de segurança viária do Brasil. No período da operação, instituições responsáveis pela fiscalização em vias urbanas e rurais se unem para reduzir a letalidade e o índice no trânsito.

As metas estão previstas no Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), que segue o índice previsto pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é reduzir em pelo menos metade, até 2030, o número de mortes no trânsito brasileiro.

Apuração

MP investiga danos ambientais e turvamento de água em Bonito

Investigação foi aberta pela 2ª Promotoria de Justiça após fiscalização do Imasul

21/12/2025 11h45

Município é conhecido por áreas verdes e pelo ecoturismo

Município é conhecido por áreas verdes e pelo ecoturismo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades ambientais em uma área rural no município de Bonito, interior do Estado. A investigação foi aberta pela 2ª Promotoria de Justiça após fiscalização do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) constatar uma série de problemas ambientais no local, sobretudo o turvamento dos rios da região, conhecida pelo ecoturismo.

De acordo com o laudo técnico do Imasul, as Áreas de Preservação Permanente (APPs) ao longo de cursos d'água não possuem cercamento, o que permite o acesso de gado. Também foram identificados trechos sem vegetação arbórea, passagens de animais e veículos diretamente dentro dos córregos, situação que provoca o turvamento da água,  além do armazenamento inadequado de tanques de combustíveis próximo à sede da propriedade, sem a devida licença ambiental. Apesar das irregularidades, não foi constatada contaminação do solo.

A fiscalização resultou em auto de infração e em determinações claras para a regularização da área. Entre as medidas exigidas estão o cercamento integral das APPs para impedir a entrada de animais, a recuperação das áreas degradadas com recomposição da vegetação nativa por meio de um Projeto de Recuperação de Área Degradada ou Alterada (Prada), a adequação das travessias para que gado e veículos não cruzem mais os cursos d'água, e a impermeabilização, com sistema de contenção, da área destinada ao armazenamento e abastecimento de combustíveis. Também foi solicitada a comprovação da existência de plano de manejo e conservação do solo e da água.

Além disso, o proprietário deverá apresentar relatório técnico conclusivo sobre o corte de árvores nativas isoladas, vinculado à autorização ambiental correspondente, bem como enviar registros fotográficos das adequações realizadas. Os prazos estabelecidos variam entre 30 e 60 dias, conforme cada exigência.

Para ampliar o controle e a transparência do procedimento, o Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma) encaminhou o caso ao Núcleo de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto (Nugeo), fatores que originaram o inquérito. 

A Promotoria de Justiça publicou edital, notificou o responsável pela área para apresentar defesa no prazo de dez dias e solicitou ao cartório de registro de imóveis a matrícula atualizada da propriedade. 

Do ponto de vista jurídico, o Ministério Público destacou que, além das responsabilidades administrativa e civil, as condutas apuradas podem, em tese, caracterizar crime ambiental, a depender da análise detalhada dos documentos e das circunstâncias verificadas ao longo do inquérito. Paralelamente, o MPMS abriu a possibilidade de solução consensual por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), priorizando a recuperação ambiental e a regularização da área. Caso não haja acordo ou cumprimento das exigências, o órgão poderá ajuizar ação civil pública ou promover o arquivamento, conforme o resultado das diligências.

Saiba*

Medidas como cercamento das APPs, travessias adequadas e recomposição da vegetação nativa são consideradas simples e eficazes para evitar erosão, assoreamento e turvamento das águas. Da mesma forma, o armazenamento correto de combustíveis, com piso impermeabilizado e sistema de contenção, é essencial para prevenir vazamentos e possíveis danos ambientais.

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