Cidades

DECISÃO DO TCU

Pedágio da BR-163 pode ficar mais caro com novo contrato

Estudo da Agência de Transportes do ano passado apontou que tarifa pode sair de R$ 8,50 a cada 100 km para R$ 19,88 no mesmo trecho caso ele esteja duplicado

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A decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a repactuação do contrato de concessão da BR-163 entre o governo federal e a CCR MSVia que deve sair hoje pode resultar em um aumento da tarifa de pedágio na rodovia.

Isso porque os ministros vão levar em consideração o plano de investimentos atualizado, o compromisso com a melhoria dos serviços e também se a tarifa de pedágio cobrada será menor que as previstas nos estudos em andamento ou se será na média dos levantamentos já levados à audiência pública.

Por essa regra, a nova tarifa de pedágio pode chegar a R$ 14,20 a cada 100 km em pista simples e a R$ 19,88 a cada 100 km em pista dupla, conforme levantamento técnico apresentado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no ano passado. 

Atualmente, com o reajuste de junho deste ano, o usuário paga cerca de R$ 8,50 por cada 100 km percorridos. Neste estudo estavam previstos investimentos de R$ 7 bilhões em melhorias na extensão de 379 km, entre a divisa de Mato Grosso e Campo Grande, com duplicação de 62 km a um custo de R$ 326 milhões. 

Agora, com a repactuação, deve haver investimentos de R$ 12 bilhões, só que abrangendo os 847 km da BR-163, toda a extensão da rodovia que corta o Estado, contudo, sem apresentar uma proposta sobre a tarifa que será cobrada, segundo informações divulgadas no fim do ano passado pelo governo federal. 

De acordo com as diretrizes da Portaria nº 848/2023, que regulamenta a solução consensual que o plenário da Corte deve analisar hoje, serão considerados a análise de viabilidade técnica e econômica e os critérios de reequilíbrio econômico-financeiro. 

Os documentos que indicam que essas obrigações serão atendidas pela CCR MSVia foram encaminhados à Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos do TCU pela ANTT, para que o ministro-relator Aroldo Cedraz desse o seu parecer, conforme o artigo 12 da norma, que obriga a agência a apresentar “os estudos de vantajosidade, a minuta de termo aditivo e os pareceres técnicos e jurídicos”. 

A regra determina em seu artigo terceiro que o acordo a ser assinado entre governo federal e a concessionária preveja o início imediato de execução de obras, preferencialmente, de ampliação de capacidade e segurança viária, a antecipação do cronograma de execução de obras, a previsão de ciclo de execução de obras de manutenção e restauração de pavimento e sinalização em todo trecho, restabelecendo as condições mínimas de segurança e trafegabilidade no primeiro ano do termo aditivo, a previsão de ciclo de execução de sinalização; e a restauração de pavimento, de natureza estrutural, em até três anos.

Também determina “tarifa de pedágio menor que as previstas nos estudos em andamento ou da média dos estudos em andamento já levados à audiência pública; previsão do mecanismo de reclassificação tarifária vinculada à execução de obras; previsão de prorrogação contratual de, no máximo, 15 anos; garantia de execução das obras; acompanhamento e fiscalização diferenciados, por meio do cronograma de execução e obras e parâmetros de desempenho; e regras objetivas para eventual descumprimento”.

Outro ponto que o TCU vai apreciar é se foi assegurado na execução das obras um período de transição de, no mínimo, três anos, com execução de obras e serviços suficientes para garantir a qualidade, a fluidez e a segurança da rodovia. 

Por tramitar em sigilo o processo no TCU, os detalhes do acordo não foram divulgados. Informações extras não são disponibilizadas pela ANTT e nem pelo Ministério dos Transportes.

Saiba

A votação no plenário do Tribunal de Contas da União do novo contrato da BR-163 em Mato Grosso do Sul acontecerá um ano e dois meses depois que a Corte de Contas recebeu o documento, em setembro de 2023. Durante todo esse período, o texto do novo contrato ficou “engavetado” no TCU, que desde junho já tinha um parecer do ministro relator.

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APÓS DOIS ANOS...

Adriane destina R$ 10,5 mi à obra que Beto e Rose prometiam "marretar"

Meses depois de empresa responsável pedir término do contrato, Prefeitura lança novo edital para continuidade do apelidado Corredor Sudoeste na região do Aero Rancho

06/11/2024 11h00

Obra do Corredor Sudoeste segue paralisada após anos de promessa

Obra do Corredor Sudoeste segue paralisada após anos de promessa Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande, junto a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (SISEP), publicou um novo aviso de licitação para continuidade da obra do Corredor Sudoeste, na Avenida Marechal Deodoro, região do Aero Rancho.

O novo edital foi publicado nesta quarta-feira (06), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), e prevê gastos de R$ R$ 10.476.472,48. Em maio deste ano, a antiga empresa responsável (Engepar Engenharia e Participações Ltda) deixou o projeto alegando "desequilíbrio econômico-financeiro do contrato".

Porém, mesmo que o acordo tenha sido encerrado de forma oficial este ano, a obra está paralisada há anos e incomoda moradores e vendedores da região. Um comerciante, que não quis se identificar, afirmou que suas vendas caíram 60% após a demarcação dos pontos do que seria o novo corredor, por falta de retorno para a pista do outro lado.

Ainda, o comerciante disse que já viu vários acidentes no local, também devido às demarcações feitas há anos para conclusão da obra. Mesmo contra a obra quando foi anunciada há quatro anos, o vendedor afirma que agora quer que ela continue, já que a "saída" dos ônibus coletivos da via normal melhoraria o fluxo de veículos.

Na época do primeiro contrato (setembro de 2020), ele foi assinado com a Engepar sob valor de R$ R$ 11.411.264,69, um deságio de, aproximadamente, R$ 1,1 milhão ao que previa o antigo edital (R$ 12.585.239,82). 

A nova licitação tem previsão de abertura para propostas no final deste mês, dia 25 de novembro, e o prazo para término da obra é de um ano após a primeira ordem de começo dos serviços.

O projeto dos corredores de ônibus foi idealizado em 2012, ainda na gestão Nelsinho Trad (PMDB), e começou a ser implantado em 2015. Atualmente, apenas dois corredores (ambas entregues em 2022) estão sob funcionamento dos sete idealizados há 12 anos: nas ruas Rui Barbosa e Brilhante.

As outras cinco deveriam estar implantadas na Rua Bahia, Avenida Bandeirantes, Avenida Costa e Silva, Avenida Gury Marques e, obviamente, na Avenida Marechal Deodoro. Ao todo, 69 km estavam prometidas como corredor de ônibus, mas apenas 13% foi feito até o momento. 

Pauta nas eleições 2024

Nos debates da eleição municipal de 2024, o candidato Beto Pereira (PSDB) constantemente afirmava que um das suas promessas de campanha era retirar os corredores de ônibus já instalados e acabar com aquelas com obra em andamento. Inclusive, em uma de suas propagandas eleitorais na televisão, o candidato tucano aparece com uma marreta no corredor sudoeste, sinalizando que vai acabar com os corredores da cidade.

Outro candidato de oposição à atual prefeita, Rose Modesto (União) disse que iria rever o projeto dos corredores, principalmente na Rui Barbosa, junto ao Ministério Público Estadual (MPE), já que, segundo ela, o serviço "matou" o comércio da região, além de ter sido executado de forma diferente do que o apresentado quando idealizado. A candidata prometeu que, caso eleita, iria construir mais quatro terminais pela Capital para melhorar a mobilidade urbana.

Porém, ambos os projetos não foram "aprovados" pela população. Isso pelo menos é o que reflete o resultado das eleições deste ano, já que a atual prefeita Adriane Lopes (PP) venceu em ambos os turnos e ficará como chefe do executivo por mais quatro anos.

OBRAS

A intervenção na Avenida Marechal Deodoro começou em fevereiro de 2021, e o objetivo era a entrega de 1,1 quilômetro de drenagem, 5,5 km de recapeamento e instalação de estações de pré-embarque até o fim do mesmo ano.

Em abril de 2021, o então secretário da Sisep, Rudi Fiorese, disse que a entrega da obra era prioridade da prefeitura. O projeto faz parte do último trecho do Corredor Sudoeste, que também inclui as ruas Guia Lopes e Brilhante. A iniciativa dos corredores de ônibus tem por objetivo aumentar a velocidade média do transporte coletivo e, consequentemente, melhorar o serviço.

As faixas estão previstas no Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana (PDTMU), elaborado em 2015. O relatório previa três possíveis corredores: na região do Tiradentes/Noroeste/Maria Aparecida Pedrossian, na região da Rua da Divisão e na Avenida Presidente Costa e Silva até as Moreninhas.

*Colaborou Ketlen Gomes

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TRÁFICO DE DROGAS

Em um único dia, Choque apreende 5 toneladas de maconha na capital

Droga foi localizada nos bairros Rita Vieira e Itamaracá após uma denúncia anônima de um entreposto de drogas na região

06/11/2024 10h45

Parte da droga apreendida foi localizada em uma residência no Bairro Rita Vieira

Parte da droga apreendida foi localizada em uma residência no Bairro Rita Vieira Foto: Divulgação

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O Batalhão de Choque da Polícia Militar (CHOQUE) realizou, nesta terça-feira (5), a maior apreensão de drogas da corporação do ano, com 5 toneladas de maconha apreendidas entre a região dos bairros Rita Vieira e Itaracá em Campo Grande (MS).

De acordo com o informativo do batalhão, as equipes realizaram a apreensão após uma denúncia anônima de que havia um entreposto de drogas em uma residência do bairro Rita Vieira. Durante a verificação da denúncia, os militares abordaram 3 indivíduos de idade entre 28 e 38 anos que estavam próximos o local.

No primeiro momento, os indivíduos negaram qualquer vínculo com os endereços informados pela polícia. No entanto, no bolso do suspeito mais novo (o de 24 anos) foi localizada a chave do portão social da residência investigada. O indivíduo, porém, negou conhecer a casa e afirmou que havia encontrado a chave no chão. 

Após isso, um segundo envolvido no crime acabou confirmando que era reponderável pela residência e confirmou a existência de drogas no local.  Durante a inspeção da casa, os militarem encontraram dois veículos no quintal, sem os brancos traseiros e carregados de tabletes de maconha. Ainda segundo o batalhão, a casa não possuía móveis, o que sinalizava que era utilizada somente para o armazenamento da drogas.

Após a apreensão, o primeiro suspeito (de 24 anos) confirmou que havia sido contratado para descarregar certa carga, mas sem mencionar os detalhes do trabalho que seria realizado. 

Em um outro local na região Itamaracá, também alvo de denúncias, a equipe policial localizou um grande volume de maconha em um escritório localizado em frente a um barracão. O proprietário, ao testemunhar a descoberta da droga, confirmou ser apenas o inquilino do local me informou que tinha intenções de montar uma oficina mecânica no barracão, mas não emitiu um pronunciamento sobre as drogas. 

Além do entorpecente e dos suspeitos, também foram apreendidos uma Pajero Mitsubishi, um Fiat/Fiorino com chassi e motor adulterados e um Chevrolet/Cruze. 

Confira:

 

Histórico

No restante do Estado, o  mesmo cenário de apreensões também vem se repetindo: ainda na tarde do último domingo (3), Policiais Militares do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) apreenderam uma carreta, com 12,3 toneladas de maconha na MS-386, no Trevo Tagy, fronteira Brasil/Paraguai, em Aral Moreira, município localizado a 376 quilômetros de Campo Grande.

Em uma  outra ocasião, na maior apreensão de drogas de todo Mato Grosso do Sul, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 28 toneladas de maconha, escondidas em carga de milho, próximo ao município de Amambai, a 301 quilômetros de Campo Grande.

Na época,  a apreensão quebrou o recorde de maior apreensão de maconha a nível nacional, referente a apreensão de 26 toneladas de maconha em Iguatemi, município sul-mato-grossense localizado na região sul do Estado, próximo à divisa com o Paraguai.
 

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