Cidades

CRIME ORGAIZADO

PF prende em MS pecuarista ligado a doleiro e ao PCC por tráfico internacional de droga

Ele foi trazido para o presídio federal, em Campo Grande; investigadores disseram que o encarcerado cria entre 3 mil a 6 mil cabeças de gado em fazenda na fronteira

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Policiais federais prenderam na manhã desta terça-feira (20), em Ponta Porã, cidade sul-mato-grossense situada na faixa de fronteira com o Paraguai, o pecuarista Antônio Joaquim Mota, o conhecido Tonho, por ele ser apontado como chefe de organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas.

O encarcerado, segundo a PF, teria ligação com o PCC, a mais forte organização criminosa do Brasil e ainda com o famoso doleiro Dario Messer, condenado dois anos atrás, em 2022, a 13 anos de prisão, por lavagem de dinheiro.

Apurações da PF, indicam que Tonho é dono de fazendas no Brasil e o território vizinho, na região da cidade de Pedro Juan Caballero, onde cria entre 3 mil a 6 mil cabeças de gado.

O preso integra uma família que reina em crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e contrabando, na fronteira em questão. desde os anos de 1960, há mais de meio século.

Hoje, para a PF, Tonho estaria dominando o crime entre os dois países, ao ponto de ser chamado de o novo “Rei da Fronteira”, título antes concedido a Fahad, o Fuad Jamil, já com 83 anos de idade e que cumpre prisão domiciliar, em Campo Grande.

A superintendência da PF, em Campo Grande, limitou-se, em poucas linhas, a comentar a prisão de Tonho.

“Na ação, foi cumprido um mandado de prisão que estava em aberto contra o indivíduo pelo cometimento de crimes como posse e tráfico ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e organização criminosa”, informou a PF, que prosseguiu:

“A ação contou com o apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, a Sejusp, no transporte aéreo de Ponta Porã para Campo Grande”. Tonho já está numa das celas do presídio federal.

O filho de Tonho, conhecido como Motinha, escapou, em julho do ano passado, de uma investida policial, a bordo de um helicóptero e segue foragido até hoje.

A fuga ocorreu um dia antes da operação. Seguranças de Motinha, contudo, foram capturados. Para os investigadores do caso, ow detidos seriam paramilitares brasileiros e também estrangeiros com treinamento internacional e atuação em guerras.

Esposa e filha de Tonho também enfrentam investigação, no Brasil, por lavagem de dinheiro.

Tonho tem influência do lado paraguaio, inclusive de políticos graúdos. Ele seria dono, também, de propriedades rurais e empresas em Mato Grosso do Sul.

 

 

 

Cidades

MS tem o segundo maior índice de mortos pela polícia da história

O presente ano está atrás apenas do ano passado, que havia sido recorde

20/11/2024 18h28

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Imagem ilustrativa Arquivo/Correio do Estado

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Dois homens, de dois municípios diferentes de Mato Grosso do Sul, foram mortos pela polícia na última terça-feira (19). Agora, o número de vítimas de agentes do Estado chegou a 70 no ano, o segundo maior índice registrado na série histórica divulgada no portal de dados da Secretaria Estadual de Justiça de Segurança Pública (Sejusp).

O presente ano está atrás apenas do ano passado, que foi o recorde em mortes causadas por agentes de Estado em Mato Grosso do Sul, com 131 mortos de janeiro a dezembro, quantidade 156,8% superior ao registrado em 2022, quando 51 foram mortos.

Os 70 mortos de 1º de janeiro a 20 de novembro deste ano se igualam às 70 vítimas registradas em todo o ano de 2019. Confira o levantamento:

Imagem ilustrativa

Perfil das vítimas

Assim como nos anos anteriores, em 2024 os homens representam a maior parte dos mortos pela polícia: foram 62 vítimas, número que representa 88,5% do total registrado. Apenas uma mulher foi vítima, e outros sete casos não tiveram o sexo especificado.

Quanto à idade, mais de metada das vítimas (52,8%) eram jovens de 18 a 29 anos. Na sequência, figuram adultos de 30 a 59 anos, que representam 31,4% do índice. Os adolescentes representam 5,7% do índice. Sete casos não especificaram idade, e representam 10%.

A maioria dos óbitos aconteceram em Campo Grande (36). No interior do Estado, foram registrados 34, sendo 19 na faixa de fronteira.

Casos mais recentes

Em menos de 12 horas, dois homens, um de 32 anos e outro de 33, morreram em confronto com a Polícia. O primeiro caso aconteceu durante a tarde, e o segundo à noite, nesta terça-feira (19).

Em Bataguassu, um homem de 32 anos foi baleado e morto por policiais civis após reagir ao cumprimento de um mandado de busca e apreensão. A Polícia Civil não divulgou muitos detalhes a respeito da ocorrência.

Em Dourados, um homem de 33 anos morreu após reagir a abordagem de policiais civis do Setor de Investigações Gerais (SIG). Conforme apurado pela mídia local, ele estava sendo monitorado pela polícia suspeito de ameaçar uma família devido a uma dívida.

Na noite de segunda-feira (18), Gabriel Nogueira da Silva, de 27 anos, responsável pelo assassinato do médico Edivandro Gil Braz, de 54 anos, foi baleado e morto por policiais, após resistir à prisão e tentar fugir da delegacia onde estava detido, localizada em Dourados.

Colaborou: Naiara Camargo.

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Fauna

Lojista é multado em R$ 24 mil por expor cabeça de animais em Campo Grande

A ação do Ibama encontrou exposição de cabeças de onça pintada, queixadas e até a arcada dentária de tubarão no estabelecimento

20/11/2024 18h15

Crédito: Ibama MS

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Uma loja que expunha cabeças de animais silvestres foi alvo de fiscalização pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Campo Grande.

Os agentes encontraram várias cabeças de espécies da fauna sul-mato-grossense, como:

  • onças-pintadas (Panthera onca);
  • onças-pardas (Puma concolor);
  • queixadas (Tayassu pecari);
  • jacarés (Alligatoridae);
  • cervos-do-pantanal (Blastocerus dichotomus);
  • peixes pintados (Pseudoplatystoma corruscans);
  • dourados (Salminus brasiliensis).


Além disso, foram apreendidos "troféus", como a arcada dentária de um tubarão. As peças foram recolhidas, e o estabelecimento foi autuado conforme estabelece a Lei Federal de Crimes Ambientais (nº 9.605/98) e o Decreto nº 6.514/08.

O proprietário recebeu uma multa que totalizou R$ 24 mil, e os suspeitos de organizar a “exposição” irão responder pelo crime na Justiça.

É importante ressaltar que a legislação brasileira proíbe a exposição de partes de animais para comercialização, situação enquadrada na Lei de Crimes Ambientais como venda ilegal de artesanato feito com partes de animais silvestres.

Crédito: Ibama MS

Tráfico de animais


Com a ação, o Ibama tenta inibir tanto a oferta quanto a procura, bem como o tráfico de animais silvestres.

"Quanto mais raro é um animal, maiores são o interesse e o preço que pagam por ele", afirmou a superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, Joanice Lube Battilani, que completou:

"Essa prática está aliada ao fato de que algumas pessoas, de forma equivocada, acreditam que esses tipos de objetos feitos com partes de animais silvestres servem como amuletos, trazendo proteção e prosperidade."

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