Cidades

Vacinação covid-19

Pfizer tem maior duração após abertura do frasco, impedindo "xepa" da vacina

Frascos abertos deverão ser acondicionados geladeira das salas de vacinação em temperatura entre 2ºC e 8ºC

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Após abertura do frasco, o imunizante da Pfizer pode ser utilizado em até cinco dias, quando mantida a refrigeração adequada. Com isso, a aplicação das sobras das vacinas, que consiste em aplicar doses que sobraram nos frascos abertos após o fim do dia de vacinação, não será realizada.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), para que os frascos abertos durem, o imunizante será mantido em geladeiras das salas de vacina em temperatura entre 2ºC e 8ºC.

Últimas notícias

Nesta segunda-feira, Mato Grosso do Sul recebe primeiro lote de 7.020 doses da vacina da Pfizer. As doses ficarão todas em Campo Grande, devido a necessidades de armazenamento do imunizante, que deve ser mantido em um supercongelador, na temperatura de -60ºC a -90°C.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho , as doses serão aplicadas em gestantes a partir de 12 semanas e puérperas, mulheres até 45 dias após parto.

A Secretaria Municipal de Saúde informou ao Correio do Estado, que a vacina será aplicada no Drive-thru Ayrton Senna, Drive-thru Albano Franco, Guanandizão. A principio, a aplicação será realizada nesta terça-feira (04) e quarta-feira (05), das 14h às 22h.

Especificações

As vacinas da Pfizer usam a tecnologia do RNA mensageiro, ou seja, o imunizante  usa um pedaço da proteína Spike, que é a proteína do vírus Sars-CoV-2, para o sistema imunológico de quem a recebeu.  

Quando o sistema imunológico entra em contato com a proteína, as células de defesa entendem que é algo estranho que está no corpo e criam uma resposta imunológica contra o invasor, que no caso é a proteína.

As doses têm intervalo de 21 dias entre as aplicações e o Ministério da Saúde ainda não informou se nesse tempo deverá chegar outra remessa do imunizante.

Essa vacina precisa ser acondicionada em uma temperatura de -60ºC a -90°C. Por isso, todas as doses recebidas por Mato Grosso do Sul ficarão em Campo Grande, já que no interior há maior dificuldade para armazenar o produto em uma temperatura tão baixa.

Demais vacinas

Nova bula da AstraZeneca pôs fim à aplicação de sobras da vacina. A última atualização da bula da vacina contra a Covid-19 orienta que, após o frasco aberto, o imunizante pode ser utilizado em até 48 horas, quando mantida a refrigeração adequada.

As "xepas" eram aplicadas em todos os pontos da Campanha de Imunização contra o coronavírus, como o drive-thru do Ayrton Senna, Guanandizão, Albano Franco, além das unidades básicas de saúde.  

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), desde fevereiro, 5.213 pessoas fora dos grupos prioritários foram imunizadas com as doses da xepa, nos mais de 60 pontos de vacinação na Capital.

Com a atualização, agora os frascos, mesmo abertos, serão recolhidos nos pontos de imunização e refrigerados novamente, sendo redistribuídos no dia seguinte para continuidade da vacinação no grupo previsto.

Diferentemente da vacina da AstraZeneca, a CoronaVac deve ser utilizada em um prazo máximo de até 8 horas depois da abertura do frasco, o que implica na continuação da utilização emergencial nas xepas.  

CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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