Cidades

Em Aquidauana

Poeirão reduz visibilidade e duas pessoas morrem em acidente na BR-419

Testemunhas disseram que um caminhão teria passado na estrada e levantado poeira; além das vítimas fatais, outros cinco ficaram feridos

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Uma colisão frontal entre um Celta e um Fiat Fiorino, na BR-419, em Aquidauana, município cerca de 141 km distante de Campo Grande, resultou em duas mortes e cinco pessoas feridas, sendo duas delas mais graves.

Testemunhas disseram ao jornal A Princesinha News que um caminhão havia passado antes do acidente, levantando poeira na estrada de terra, o que teria reduzido a visibilidade e possivelmente provocado a perda de controle dos dois veículos envolvidos no acidente. 

Segundo a mídia local, o primeiro óbito foi registrado no momento do acidente. A vítima foi identificada como Eduardo Wesley do Nascimento, conhecido como "Dudu ", que tinha 24 anos e estava no banco do passageiro do Celta.

Mais tarde, morreu no hospital Edilson Valenzuela Ricardi, de 33 anos, que conduzia o veículo.

No banco de trás do celta estava uma família, composta por pai, mãe e filha, de apenas três anos. O homem estava ferido, e foi atendido em uma unidade de saúde de Aquidauana. Já a mulher e a criança apresentavam quadro mais grave, e precisaram ser transferidas para a Santa Casa de Campo Grande.

Condutor e passageiro da picape também se feriram, mas apresentaram quadros menos preocupantes. Eles estavam no veículo da empresa de segurança eletrônica que trabalham, e por serem de Campo Grande voltaram à Capital.

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projeto vinhaça

Canaviais de usina invadem áreas de preservação, aponta MPE

Estudo identificou plantio irregular em 11 fazendas de Naviraí, região onde existe a área federal de proteção das Várzeas do Rio Paraná

12/09/2024 11h59

Usina de Naviraí está localizada às margens da BR-163 e do Rio Amambai, próximo à região urbana do município

Usina de Naviraí está localizada às margens da BR-163 e do Rio Amambai, próximo à região urbana do município

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Investigação feito por técnicos do Ministério Público Estadual descobriu indícios de que os canaviais de pelo menos 11 fazendas utilizadas pela usina de açúcar e etanol de Naviraí invadiram áreas de preservação ambiental ou de várzeas próximas a córregos ou rios da região sul do Estado.

Mas, somente uma delas virou alvo de inquérito do MPE, cuja instauração foi publicada no diário oficial desta quinta-feira (12). Trata-se de uma fazenda de 590 hectares e, segundo o relatório do Ministério Público, 14 hectares de canaviais estão em área proibida, o que caracterizaria crime ambiental. 

A maior parte das demais fazendas que teriam invadido áreas proibidas está localizada dentro da chama Área de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, que é uma área sob responsabilidade do Governo Federal e por conta disso o MPE não tem competência legal para levar a investigação, adiante. 

Os dados, então, foram repassados ao Ministério Público Federal, que agora terá de definir se leva ou não adiante a investigação sobre supostos crimes ambientais. Por conta disso, o estudo não aponta a quantidade de terras de preservação que teriam sido ocupadas irregularmente pela usina.

As fazendas onde estaria ocorrendo o plantio irregular, vistoriadas ainda em setebro do ano passado, pertencem a diferentes proprietários, mas estão arrendadas à Usina Rio Amambaí Agroenergia, que repassa o equivalente a 15% daquilo que colhe aos donos das terras a título de arrendamento. Por conta disso o alvo do MPE é a usina e não os proprietários das terras.

Em sua defesa, a admnistração da usina nega as supostas irregularidades na fazenda sob investigação e alega que o MPE utilizou documentos que já haviam sido corrigidos pelo dono das terras. Além disso, alega que até preserva áreas maiores do que aquelas que a legislação exige. 

Mesmo assim, o estudo inicial foi transformado em inquérito civil para apurar se os dados iniciais que apontam o plantio irregular estão ou não corretos. A descoberta desta suposta invasão dos canaviais em áreas de várzea ocorreu em meio ao chamado “Projeto Vinhaça”. 

Por conta desse projeto, técnicos do MPE fazem vistorias nas usinas para investigar a correta destinação da vinhaça, que em outras regiões do Estado é apontada como responsável pela proliferação da mosca do estábulo, que acaba atacando bovinos nas imediações de usinas. 

A usina de Naviraí tem capacidade para processar até 3,1 milhões de toneladas de cana por ano, mas atualmente industrializa em torno de dois terços disso. Mesmo assim, produz em torno de 1,53 bilhão de litros de vinhaça. 

Esse material é utilizado para adubar os canaviais espalhados eu longo de 10,4 mil hectares explorados pela Usina Rio Amambaí Agroenergia na região. No caso desta usina, conforme o relatório do MPE, não foram encontradas irregularidades significativas na distribuição desta vinhaça. 

Porém, foram descobertos 14 locais com uso excessivo do fertilizante, o que pode, em tese, acabar prejudicando o lençol freático. Mas, os próprios técnicos do MPE observam que o Imasul alterou algumas normas e já admite teor de potássio superior a 5% em áreas com fertiirrigação. 

Com 830 funcionários, a usina está instalada às margens da BR-163 e do Rio Amambai, próximo à área urbana de Naviraí. Além de ter capacidade para produzir até 5,5 mil toneladas de açúcar por ano e 1,4 milhão de litros de etanol por dia, a usina tem capacidade para produzir até 78 MW de energia elétrica, com a queima do bagaço da cana. 

Cidades

Cotolengo denuncia que pacientes sofrem rejeição de motoristas de aplicativo

Muitos prestadores do serviço se recusam a transportar pessoas com deficiência, principalmente aquelas que usam cadeira de rodas, e outros não entram no local para o embarque/desembarque no ponto solicitado

12/09/2024 11h15

Motoristas recusam pacientes ou não aceitam entrar no local para deixá-los/buscá-los no local correto

Motoristas recusam pacientes ou não aceitam entrar no local para deixá-los/buscá-los no local correto Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Cotolengo Sul-mato-grossense realizou na manhã desta quinta-feira (12) uma ação para demonstrar gratidão aos motoristas de aplicativo que fazem o transporte dos pacientes da instituição, que atende mais de 650 pessoas com deficiência.

Motoristas recusam pacientes ou não aceitam entrar no local para deixá-los/buscá-los no local corretoFuncionários do Cotolengo entregaram frutas e água para os motoristas de aplicativo que fizeram o transporte correto dos pacientes. Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

A ação, que oferece frutas e água aos condutores, chama a atenção para uma realidade dura: muitos motoristas rejeitam os clientes com destino ao Cotolengo, por não quererem transportar pessoas com deficiência e para não precisarem se adequar às possíveis necessidades do cliente.

O Cotolengo possui um espaço amplo, com diversos blocos - onde são realizados atendimentos variados -, e estacionamento. O espaço possui acesso asfaltado, mas muitos motoristas se recusam a entrar com o veículo para buscar o cliente.

"Quando os nossos pacientes buscam o transporte de aplicativo, os motoristas não entram aqui, muitas vezes cancelam a corrida ou ficam ali fora. Então, eles têm que sair para poder pedir um Uber. Hoje mesmo, já vi dois motoristas deixando de entrar aqui dentro. A gente partiu desse contexto para fazer esse dia de conscientização, falar com os motoristas, agradecer aos que entrarem, para dar essa continuidade no atendimento aos nossos pacientes", explicou a assistente social Patrícia de Oliveira.

José Celso Rocha, coordenador do Centro Especializado em Reabilitação da instituição, acredita que muitos dos condutores não entram no Cotolengo porque não sabem que podem entrar no local para buscar os pacientes. Mas, em alguns casos, o motorista apenas se recusa a prestar o serviço com qualidade.

Rocha comentou um caso recente, de uma paciente que usava muletas e teve que se deslocar do prédio do CER até a área externa do Cotolengo, justamente porque o motorista não quis entrar. O trajeto, feito por uma pessoa com plenas condições motoras, leva mais de cinco minutos para ser concluído. Nas condições climáticas atuais, com a umidade relativa do ar baixa e as altas temperaturas, o trajeto se torna ainda mais desconfortável.

A recusa de viagens é ainda maior para pacientes cadeirantes, que precisam transportar a cadeira de rodas.

"Muitos usam cadeira de roda, muleta, e os motoristas acham ruim, porque tem que entrar no carro deles com uma cadeira de roda, com uma muleta... Mas principalmente a cadeira de rodas. Tem que descer, fechar a cadeira, colocar no porta-malas. Em alguns carros o porta-malas é pequeno e outros, mesmo sendo um porta-malas grande, não gostam", disse José.

Por mais que a grande maioria dos pacientes compareçam ao Cotolengo com acompanhantes, os motoristas de aplicativo alegam que a logística atrapalha e atrasa o trabalho deles.

"Isso é o que eles dizem, né? Que atrasa e eles têm outras viagens para fazer. Então preferem não pegar a viagem", concluiu Rocha.

Clarice Maria Conso de Oliveira, mãe de Daiane, que usa cadeira de rodas, contou que já teve experiências muito ruins tentando o transporte por aplicativo com a filha.

Motoristas recusam pacientes ou não aceitam entrar no local para deixá-los/buscá-los no local corretoClarice Maria Conso de Oliveira, mãe de paciente do Cotolengo. Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado.  

"Já encontrei muitas dificuldades, já teve motorista que me humilhou, que humilhou minha filha. Tem muito cancelamento [de viagem por parte do motorista], principalmente quando a gente coloca na mensagem que precisa levar cadeira de rodas. Então, principalmente nessa situação, quando você coloca que tem cadeira, a maioria cancela. Eu já tive motorista que falou que não ia carregar 'esses troços' no carro, que não tinha pagado R$ 70 mil no carro para carregar esses 'troços', enfim, muita coisa", relatou.

Apesar das dificuldades, Clarice prefere focar nos bons profissionais que encontra pelo aplicativo.

"Graças a Deus, essas pessoas ruins são uma minoria, a maioria é do bem. Alguns me ajudam muito na cadeira de rodas, outros não gostam, mas carregam", acrescentou.

Cotolengo

Cotolengo Sul-Mato-Grossense é uma sociedade civil com personalidade jurídica de caráter exclusivamente beneficente, cultural, educacional e assistencial.

Em Campo Grande, o Cotolengo chegou em 1996, com a missão de acolher e atender crianças, jovens e adultos com paralisia cerebral grave e/ou com múltiplas deficiências intelectuais e físicas, independente de raça, sexo, religião, bem como seus familiares, visando sua reabilitação e inclusão social.

Atualmente a instituição atende em média 650 pessoas com deficiência, através de três projetos:

  • CENTRO DIA, atende pessoas com a incidência de encefalopatia crônica não progressiva (Paralisia Cerebral Grave);
  • RESIDÊNCIA INCLUSIVA, atende pessoas, com deficiência (entre 18 a 59 anos), em situação de dependência, residindo estes na Instituição Cotolengo;
  • CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO - CER Il, atende mensalmente pessoas com deficiência (sequelas neurológicas, deficientes físicos e intelectual) através de atendimentos clínicos com equipe multidisciplinar.

Saiba: A origem do nome "Cotolengo" remonta ao ano de 1830, quando o padre José Benedito Cotolengo fundou "La Piccola Casa" (A Pequena Casa), uma instituição para pobres doentes em Turim, na Itália. A obra multiplicou-se pelas mãos de São Luís Orione, fundador da Pequena Obra da Divina Providência, sendo levada para mais de 30 países, dentre os quais o Brasil.

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