Cidades

OPERAÇÃO FICTA PERSONA

Polícia desmantela grupo de mulheres que aplicavam golpe em lojas da capital

Associação criminosa apresentava documentos falsos para se apropriar de semijoias e lingeries, o que levaram as vítimas a um prejuízo de R$ 320 mil

Continue lendo...

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul deflagrou, na manhã desta quarta-feira (16), a Operação Ficto Persona, que resultou na “ruína” de um grupo criminoso formado por mulheres que apresentavam documentos falsos para adquirir semijoias e lingeries em lojas da capital.

As investigações começaram há quatro meses, quando as vítimas do golpe procuravam a Polícia para relatar os crimes sofridos. Segundo testemunha das próprias, as mulheres se apresentavam como vendedoras de consignados, ou seja, recebiam mercadorias de um fornecedor para comercializar.

Com isso, elas se apropriavam de diversos produtos, entre elas semijoias e lingeries. Diante dos fatos, a investigação constatou que tratava-se de uma associação criminosa especializada, já que tinham uma maneira singular de agir. Ao todo, foram identificadas seis suspeitas de participação no esquema, além de outros indivíduos que agiam “por fora”.

No dia 13 de março, uma das suspeitas foi presa em flagrante tentando aplicar o estelionato em uma loja de Campo Grande. Ao ser pega, a mulher confessou ter utilizado três documentos falsos em outras situações.

Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências das envolvidas, visando achar mais elementos que comprovem ainda mais os crimes cometidos. Até o momento, a ação criminosa levou um prejuízo de R$ 320 mil para as oito lojistas que sofreram com o golpe.

Nome da Operação

Originária do latim, “Ficta Persona” significa “pessoa fictícia” ou “identidade simulada”. A expressão remete à ideia de uma pessoa construída artificialmente, mediante a utilização de documentos falseados, visando induzir as vítimas ao erro, que, acreditando nas informações repassadas, entregavam as mercadorias as suspeitas.

Outro golpe recente

Em Nioaque, um homem, sem identificação confirmada, fingiu ser um juiz e aplicou golpe de R$ 2,2 mil em motorista de 43 anos, também sem ter seu nome revelado.

Segundo consta no boletim de ocorrência, a vítima recebeu uma ligação de uma moça chamada Solange, da Secretaria de Educação do Município de Nioaque, dizendo que entraram em contato com ela para indicação de um motorista que poderia fazer o serviço para um juiz que chegaria na cidade.

O rapaz se interessou e recebeu outra ligação, desta vez de um número desconhecido e com DDD de Minas Gerais (38). A pessoa por trás deste número afirmou ser o Doutor Marco Antônio e que pagaria a diária de R$ 500 pelo serviço de motorista prestado.

Diante da aceita da vítima, foi solicitado que fosse enviado, via WhatsApp, foto da sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH), foto de documentos do seu carro e dados bancários.

Porém, posteriormente, recebeu uma nova ligação do mesmo homem que dizia ser o juiz que chegaria à cidade, do qual o homem fez um pedido à vítima. Ele solicitou que o homem fizesse um PIX para ele, a fim de pagar a equipe de segurança, alegando que seu limite de Transferência Eletrônica Digital (TED) já tinha excedido.

Ao todo, a vítima fez três pagamentos instantâneos ao golpista (R$ 980,00; R$900,00  e R$300,00), todas elas para o CPF de Juliano O. Santos. Ainda, na quarta solicitação, essa que seria de R$ 890,00, foi avisado por uma amiga que este caso poderia se tratar de um golpe.

Após ser alertado pela colega, ligou novamente para o suposto juiz, pedindo a localização do golpista. Porém, a chamada foi prontamente cancelada e todas as mensagens foram apagadas.

A vítima ainda tentou pedir estorno no Banco do Brasil, mas foi informado que não teria como fazer essa transação. No total, o prejuízo do homem foi de R$ 2.180,00.

Assine o Correio do Estado

Cidades

Mulher pede socorro em rodovia após carro capotar e matar adolescente

Além do adolescente, uma criança de 3 anos estava no veículo. As vítimas foram encaminhadas para o hospital em Coxim

22/12/2025 13h00

Crédito: Sidney Assis / Edição MS

Continue Lendo...

Um adolescente de 16 anos morreu na manhã desta segunda-feira (22), após o veículo em que estava capotar em uma estrada de chão, a cerca de 2 quilômetros da BR-262.

Informações preliminares indicam que o adolescente estaria conduzindo o carro, um Corsa, de cor vinho, quando perdeu o controle da direção, o que resultou no capotamento.

Segundo o site Edição MS, o veículo seguia pela estrada da Cascalheira, com destino à BR-359, que liga Coxim a Alcinópolis.

No veículo estavam mais três pessoas: uma mulher, uma adolescente que não teve a idade divulgada e uma criança de 3 anos.

Durante o tombamento, o adolescente teve a cabeça atingida pelo veículo, e a mulher seguiu até a rodovia para pedir socorro.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros se deslocou até o local do acidente e encaminhou as vítimas ao Hospital Regional Álvaro Fontoura, em Coxim.

Ainda de acordo com o site do interior, há suspeita de que os ocupantes do veículo não usavam cinto de segurança.

 

 

 

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Outro acidente

Um idoso de 80 anos e uma criança, de 11, morreram em acidente envolvendo dois carros, na tarde deste domingo (21), na BR-262, próximo ao Autódromo Internacional de Campo Grande. 

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, as vítimas eram da mesma família e seguiam em um Honda Fit, conduzido por uma mulher, que era filha do homem e avó da menina que faleceram.

Informações preliminares do Corpo de Bombeiros era de que a vítima havia dormido ao volante, mas testemunhas disseram que ela tentou realizar uma ultrapassagem indevida e acabou batendo de frente um HB20, que seguia no sentido contrário.

Com o impacto da colisão, o Fit saiu da pista e parou às margens da rodovia, em uma área de vegetação.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram acionados para prestar os atendimentos às vítimas.

O pai da condutora e a criança, que estavam de passageiros, morreram no local, enquanto ela foi socorrida com fratura na perna e encaminhada a Santa Casa de Campo Grande, consciente e orientada.

No outro veículo estava apenas o motorista, que também estava consciente e recusou atendimento.

Assine o Correio do Estado

CAMPO GRANDE

Presidente da Santa Casa cita 'escolha de Sofia' entre pagar 13° e deixar paciente morrer

Alir Terra, que assumiu a presidência em 1° de janeiro de 2023, diz que seu primeiro mês no cargo foi encerrado oficiando ao Ministério Público que contrato já não pagava serviço prestado

22/12/2025 12h25

Presidente da Santa Casa diz que têm buscado empréstimos, mas a própria situação atual de desequilíbrio serve de empecilho para angariar novas verbas. 

Presidente da Santa Casa diz que têm buscado empréstimos, mas a própria situação atual de desequilíbrio serve de empecilho para angariar novas verbas.  Marcelo Victor/Correio do Estado

Continue Lendo...

Separadas por mais de mais de 7.000 km e algumas estatuetas do Oscar, a presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, citou durante coletiva sobre a greve no hospital na manhã desta segunda-feira (22) o semelhança que tem com Meryl Streep, já que se vê em uma "Escolha de Sofia" entre pagar o 13° aos funcionários ou deixar pacientes morrerem. 

Durante seu pronunciamento hoje (22), ao lado do responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, Alir - que assumiu a presidência da Santa Casa em 1° de janeiro de 2023 -, diz que seu primeiro mês no cargo foi encerrado com o envio de um ofício para o Ministério Público de Mato Grosso do Sul. 

"Informando que nós estávamos em tratativa, desde 2022, para o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, porque o serviço que nós estávamos prestando ele [o acordo, em si] não pagava. O MPMS acompanhou tudo, este ano não aguentamos mais e entramos com uma ação na justiça, na qual o juiz já deu a liminar", descreveu. 

Segundo Alir, o próprio MPMS entrou com ação civil pública, em que expressava que o recurso pago para a Santa Casa não era suficiente, e faz questão de reconhecer que o pagamento do 13° salário é obrigação do próprio hospital . 

"Escolha de Sofia"

Porém, nas palavras da presidente da Santa Casa, quando não há equilíbrio econômico e financeiro do contrato também não é possível colocar mensalmente os devidos valores referentes ao popular décimo terceiro, pois, segundo ela, "vai chegar no final do ano sem esse valor". 

Nesse momento ela faz uma citação ao texto adaptado de um best-seller em filme, que data de 1983 e é estrelado por Meryl Streep, obra essa que lhe rendeu inclusive o Oscar de melhor atriz: "A Escolha de Sofia", que narra a trágica história de uma polonesa católica que sobreviveu ao holocausto, que segue porém atormentada por uma culpa do passado. 

O enredo gira entorno do aspirante a escrito "Stingo", que nos anos 40 torna-se amigo de um casal e vê essa mesma relação deteriorar, sendo confidente da personagem Sofia Zawistowska, que ainda em Auschwitz foi obrigada por um soldado nazista a escolher qual de seus dois filhos seria morto. Caso não escolhesse, morreriam ambos.

"E foi o que aconteceu. Estamos na 'Escolha de Sofia'... ou eu guardava o dinheiro do 13° ou deixava morrer gente na Santa Casa", disse Alir Terra hoje (22), sendo ovacionada em seguida pelos presentes. 

Greve

Segundo repassado pela instituição, durante coletiva de imprensa convocada para a manhã de hoje (22), todos os funcionários celetistas foram prejudicados pela falta do décimo terceiro salário, o que totaliza um montante de aproximadamente R$14 milhões necessários para arcar com essa dívida específica. 

Kristie Lopes é técnica em enfermagem, trabalha na Santa Casa de Campo Grande há pelo menos seis anos, no setor de transplante renal e neurocirurgia, e diz que está esperando o pagamento do 13° integral desde o último dia 20, sem nenhuma resposta até então. 

Ela explica que durante o ano já houveram outros atrasos, o que Kristie classifica como "padrão da Santa Casa", o que enquanto uma funcionária mais antiga na instituição reforça não ter se acostumado, mas cita ter "pegado o ritmo". 

Usando um nariz vermelho, a trabalhadora do setor da enfermagem diz que toda a categoria do hospital se sente "feito de palhaçada". 

"Porque a gente está aqui todos os dias. Seja feriados, natal ou ano novo, sempre estamos disponíveis para poder cuidar com carinho, com atenção e a gente está se sentindo desrespeitada mesmo, porque o 13º não é um favor que eles estão fazendo, é um direito nosso, é um direito do trabalhador", diz.

Além dela, Rafaela Luz, técnica em enfermagem que há 4 anos trabalha no setor de ortopedia da Santa Casa, também frisa essa busca apenas por direitos, que esses trabalhadores e trabalhadoras sequer deveriam estar ali manifestando. 

"A gente está aqui correndo atrás de algo que é garantido por lei, está respaldado, mas eu acho que os próprios gestores, os governantes passam por cima disso. É o que a gente se sente... Palhaço. Língua de frente, humilhados. Sempre quando tem algo do tipo, quem está aqui na frente somos nós, junto com toda a equipe hospitalar.

Hoje, pela primeira vez, os médicos desceram para acompanhar a gente. Mas a maioria das vezes é o pessoal da higienização, é a enfermagem, é os técnicos e o pessoal da copa que está aqui com a gente", cita. 

Sem previsão de pagamento, a presidente da Santa Casa complementa que têm buscado empréstimos, com o intuito de quitar esse 13° salário principalmente, porém a própria situação atual de desequilíbrio serve de empecilho para angariar novas verbas. 

 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).