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Polícia quebra esquema de quadrilha que tomou número de Eduardo Riedel

Nesse caso específico a vítima perdeu acesso à sua linha telefônica depois que seu número foi transferido para outra operadora de forma indevida, por meio do uso fraudulento dos dados do governador de Mato Grosso do Sul

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Cerca de dois anos após clonarem o celular do governador de Mato Grosso do Sul, o esquema criminoso que tomou o número de Eduardo Riedel foi desarticulado hoje (03), aproximadamente 705 quilômetros longe de Campo Grande, pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) de Mato Grosso. 

Ao todo foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em domicílios das cidades mato-grossense de Cuiabá e Várzea Grande, conforme divulgado pela Polícia Judiciária Civil (PJC-MT). 

Batizada de Operação Porta 67, em referência à "portabilidade" e ao código de Discagem Direta à Distância (DDD) de MS, as investigações da DRCI-MT deram sequência ao inquérito instaurado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. 

Todo o esquema criminoso desmantelado hoje veio à tona quando, em maio de 2023 - como acompanhou o Correio do Estado - o celular de Eduardo Riedel foi clonado e a equipe direta do governador alertou à imprensa local sobre possíveis golpes.

Golpe da portabilidade

Como nem mesmo o governador de Mato Grosso do Sul saiu ileso de se tornar vítima de golpe, as autoridades reforçam que há um enfrentamento aos chamados crimes cibernéticos contra a privacidade e segurança das comunicações, detalhando e alertando a sociedade sobre as novas modalidades de delitos.

Nesse caso específico a vítima, Eduardo Riedel, perdeu acesso à sua linha telefônica depois que seu número foi transferido para outra operadora de forma indevida, por meio do uso fraudulento dos dados do governador de Mato Grosso do Sul. 

Conforme detalhado pela PJC-MT, o esquema desse grupo se valia de acessos privilegiados aos sistemas de empresas de telefonia, além de braços encarregados das mais variadas funções, como explica em nota o delegado Guilherme Berto Nascimento Fachinelli.

"As diligências revelam um modo de atuação articulado e tecnicamente estruturado, com uso de ferramentas internas das operadoras e divisão de tarefas entre os envolvidos. O foco na prevenção e repressão a crimes cibernéticos e digitais é essencial diante da crescente sofisticação dessas práticas criminosas", expõe o titular da DRCI. 

Entre os alvos da investigação aparece uma ex-funcionária de empresa de telefonia, que seria responsável por solicitar a portabilidade junto à operadora em uma ligação ao canal interno. 

Essa mulher teria se autenticado indevidamente com as credenciais de vendedora de uma autorizada que fica em um shopping na cidade de Várzea Grande. 

"O chip utilizado para habilitar a linha objeto da portabilidade havia sido inicialmente ativado por outra investigada, que realizava, junto a um comparsa, compras sistemáticas de grandes quantidades de chips pré-pagos, os quais eram cancelados e reaproveitados em fraudes", complementa a nota da PJC-MT. 

Dos crimes praticados, entre o estelionato tentado e associação criminosa, a soma das penas de ambas as práticas pode ultrapassar seis anos de reclusão. 

O que fazer?

Casos de golpes, como o que o governador foi vítima, podem ser denunciados e registrado Boletim de Ocorrência em qualquer unidade policial mais próxima ou mesmo de forma on-line através do site da Delegacia Eletrônica de Mato Grosso do Sul.

É importante tentar avisar o mais número de amigos, familiares e contatos possível e, caso os criminosos também clonem o WhatsApp, a Polícia Civil recomenda que a vítima envie e-mail para o seguinte endereço eletrônico: [email protected] com o assunto "CONTA HACKEADA DESATIVAÇÃO DE CONTA" para relatar o ocorrido e atender às insruções devidas pelo provedor. 

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Cidades

Idoso e criança morrem em acidente entre dois veículos em Campo Grande

Carros bateram de frente próximo ao Autódromo Internacional; Vítimas eram da mesma família

21/12/2025 13h33

HB20 foi atingido por outro carro que tentou ultrapassagem

HB20 foi atingido por outro carro que tentou ultrapassagem Foto: Divulgação / Bombeiros

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Um idoso de 80 anos e uma criança, de 11, morreram em acidente envolvendo dois carros, na tarde deste domingo (21), na BR-262, próximo ao Autódromo Internacional de Campo Grande. 

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, as vítimas eram da mesma família e seguiam em um Honda Fit, conduzido por uma mulher, que era filha do homem e avó da criança.

Informações preliminares do Corpo de Bombeiros era de que a vítima havia dormido ao volante, mas testemunhas disseram que ela tentou realizar uma ultrapassagem indevida e acabou batendo de frente um HB20, que seguia no sentido contrário.

Com o impacto da colisão, o Fit saiu da pista e parou às margens da rodovia, em uma área de vegetação.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram acionados para prestar os atendimentos às vítimas.

O pai da condutora e a criança, que estavam de passageiros, morreram no local, enquanto ela foi socorrida com fratura na perna e encaminhada a Santa Casa de Campo Grande, consciente e orientada.

No outro veículo estava apenas o motorista, que também estava consciente e recusou atendimento.

Durante o trabalho de socorro e perícia, o trânsito no local ficou parcialmente interditado.

O caso deverá ser investigado pela Polícia Civil.

 HB20 foi atingido por outro carro que tentou ultrapassagemom o impacto da batida, carro foi parar às margens da rodovia (Foto: Divulgação / Bombeiros)

Apuração

MP investiga danos ambientais e turvamento de água em Bonito

Investigação foi aberta pela 2ª Promotoria de Justiça após fiscalização do Imasul

21/12/2025 11h45

Município é conhecido por áreas verdes e pelo ecoturismo

Município é conhecido por áreas verdes e pelo ecoturismo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades ambientais em uma área rural no município de Bonito, interior do Estado. A investigação foi aberta pela 2ª Promotoria de Justiça após fiscalização do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) constatar uma série de problemas ambientais no local, sobretudo o turvamento dos rios da região, conhecida pelo ecoturismo.

De acordo com o laudo técnico do Imasul, as Áreas de Preservação Permanente (APPs) ao longo de cursos d'água não possuem cercamento, o que permite o acesso de gado. Também foram identificados trechos sem vegetação arbórea, passagens de animais e veículos diretamente dentro dos córregos, situação que provoca o turvamento da água,  além do armazenamento inadequado de tanques de combustíveis próximo à sede da propriedade, sem a devida licença ambiental. Apesar das irregularidades, não foi constatada contaminação do solo.

A fiscalização resultou em auto de infração e em determinações claras para a regularização da área. Entre as medidas exigidas estão o cercamento integral das APPs para impedir a entrada de animais, a recuperação das áreas degradadas com recomposição da vegetação nativa por meio de um Projeto de Recuperação de Área Degradada ou Alterada (Prada), a adequação das travessias para que gado e veículos não cruzem mais os cursos d'água, e a impermeabilização, com sistema de contenção, da área destinada ao armazenamento e abastecimento de combustíveis. Também foi solicitada a comprovação da existência de plano de manejo e conservação do solo e da água.

Além disso, o proprietário deverá apresentar relatório técnico conclusivo sobre o corte de árvores nativas isoladas, vinculado à autorização ambiental correspondente, bem como enviar registros fotográficos das adequações realizadas. Os prazos estabelecidos variam entre 30 e 60 dias, conforme cada exigência.

Para ampliar o controle e a transparência do procedimento, o Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma) encaminhou o caso ao Núcleo de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto (Nugeo), fatores que originaram o inquérito. 

A Promotoria de Justiça publicou edital, notificou o responsável pela área para apresentar defesa no prazo de dez dias e solicitou ao cartório de registro de imóveis a matrícula atualizada da propriedade. 

Do ponto de vista jurídico, o Ministério Público destacou que, além das responsabilidades administrativa e civil, as condutas apuradas podem, em tese, caracterizar crime ambiental, a depender da análise detalhada dos documentos e das circunstâncias verificadas ao longo do inquérito. Paralelamente, o MPMS abriu a possibilidade de solução consensual por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), priorizando a recuperação ambiental e a regularização da área. Caso não haja acordo ou cumprimento das exigências, o órgão poderá ajuizar ação civil pública ou promover o arquivamento, conforme o resultado das diligências.

Saiba*

Medidas como cercamento das APPs, travessias adequadas e recomposição da vegetação nativa são consideradas simples e eficazes para evitar erosão, assoreamento e turvamento das águas. Da mesma forma, o armazenamento correto de combustíveis, com piso impermeabilizado e sistema de contenção, é essencial para prevenir vazamentos e possíveis danos ambientais.

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