Polícia

Sexo, política e poder

Ao contrário de Marquinhos, André Patrola continua réu por crimes sexuais

Empreiteiro é acusado de favorecimento à prostituição por "farra" com garotas de programa, envolvendo delegado de polícia e colega do setor de obras

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A mesma sentença que absolveu sumariamente o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PDT), dos crimes sexuais pelos quais foi acusado em novembro de 2022 pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, manteve as acusações contra o empreiteiro André Luiz dos Santos, o André Patrola. Patrola responde pelo crime de favorecimento à prostituição.

A audiência de instrução e julgamento de Patrola foi marcada para o próximo dia 10 de outubro. A defesa de Patrola também tentou convencer a magistrada Eucélia Moreira Cassal a absolver sumariamente o réu.

No entanto, a magistrada entendeu que, apesar de o acusado afirmar que não enviou mensagens e não convidou as supostas vítimas para participarem de uma festa, com características de orgia, em sua fazenda, “tais aspectos envolvem questões de mérito, passíveis de análise somente após a instrução processual, a ser realizada”, indicou a juíza.

A magistrada ainda afirmou que há provas de materialidade contra o empresário, empreiteiro que tem milhões em contratos de obras com a prefeitura de Campo Grande e também com o governo de Mato Grosso do Sul. Por isso, Eucélia aplicou o princípio in dubio pro societate (na dúvida, em favor da sociedade), aplicável no momento da denúncia.

Sobre a festa mencionada, que levou à denúncia contra Patrola, a peça oferecida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em dezembro de 2022, afirma que ele teria convidado coercitivamente três mulheres para participarem de uma festa em uma fazenda no interior do estado.

Após a festa, que segundo as vítimas envolveu consumo de drogas, bebidas e profissionais do sexo, as três garotas receberam R$ 1 mil cada uma por terem mantido relações sexuais com outros convidados do evento.

Das três mulheres contratadas para participar da festa, da qual participaram Patrola, um outro empreiteiro com contratos no município e no governo de Mato Grosso do Sul, e um delegado da Polícia Civil, duas também foram apontadas como vítimas de Marquinhos.

Uma delas chegou a ser arrolada por Marquinhos Trad como sua testemunha de defesa no processo, mas o Ministério Público se opôs.

O depoimento dela em defesa de Marquinhos, contudo, nem foi necessário, pois Marquinhos acabou absolvido sumariamente.

Absolvição de Marquinhos

O ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PDT) foi absolvido sumariamente pela magistrada Eucélia Moreira Cassal na segunda-feira (5). Ele havia sido acusado na mesma denúncia pelos crimes de favorecimento à prostituição, assédio sexual e importunação sexual.

A magistrada entendeu que os fatos narrados na peça inicial pelo Ministério Público contra Marquinhos Trad, envolvendo sete mulheres, não constituem crime.

“Os fatos narrados na peça inicial evidentemente não constituem crime e implicam na absolvição sumária do acusado”, decidiu a magistrada.

Ainda cabe recurso da decisão.

Na mesma decisão, Marquinhos também solicitou que fossem investigados vazamentos seletivos para a imprensa, mas o pedido foi negado.

Após a absolvição, Marquinhos Trad contra-atacou os que o acusaram. Como a investigação foi realizada durante o período eleitoral, em que ele se candidatou ao governo de Mato Grosso do Sul pelo PSD (acabou perdendo a eleição), ele afirmou que irá entregar um dossiê à Polícia Federal denunciando uma armação da qual diz ter sido vítima.

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CAMPO GRANDE

Dois homens são executados com 11 minutos de diferença um do outro

Ambos foram mortos a três quilômetros de distância um do outro; não se sabe se os homicídios têm correlação

17/03/2025 08h50

Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (Depac-Cepol), onde o caso foi registrado

Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (Depac-Cepol), onde o caso foi registrado ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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Wellington Ocampos Sant'Ana, de 33 anos e Marcelo Saracho Gonçalves, de 36 anos foram assassinados, na noite deste domingo (16), na periferia da região do Anhanduizinho, em Campo Grande.

Ambos foram mortos com 11 minutos de diferença e a três quilômetros de distância um do outro. Não se sabe se os homicídios têm correlação.

Wellington Ocampos foi assassinado a tiros, às 19h45min deste domingo (16), no Parque do Lageado, em Campo Grande. Ele tinha mandado de prisão em aberto.

Conforme apurado pela reportagem, o rapaz estava na frente de uma residência, em uma “social”, termo popularmente utilizado para encontro de amigos, quando um homem chegou de motocicleta e efetuou disparos contra a vítima.

De acordo com o boletim de ocorrência, Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionados e tentaram reanimar o rapaz, mas, ele não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.

Polícia Militar (PMMS) também esteve no local para preservar o ambiente para trabalho da perícia.

Após confirmação do óbito, Polícia Civil, Polícia Científica e funerária estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe.

O caso foi registrado como “Homicídio Qualificado pela Traição, de Emboscada, ou Mediante Dissimulação ou Outro Recurso que Dificulte ou Torne Impossível a Defesa do Ofendido” na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL).

Marcelo Saracho também foi assassinado a tiros, às 19h56min deste domingo (16), no Jardim Los Angeles, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, Marcelo e a esposa estavam sentados na frente de casa, quando um homem conhecido passou de moto os encarando. Em seguida, dois homens em uma motocicleta chegaram e efetuaram disparos contra o rapaz.

CBMMS e SAMU foram acionados para socorro, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Após o óbito, PMMS, Polícia Civil, Polícia Científica e funerária compareceram ao local para efetuar os procedimentos de praxe.

O caso foi registrado como “Homicídio Doloso, se o Crime é Praticado em Concurso de Duas ou Mais Pessoas” na DEPAC-CEPOL.

Com essas duas novas execuções, Mato Grosso do Sul chega a 99 homicídios em 2025. 

ESTATÍSTICA

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 99 pessoas foram mortas (homicídio doloso), entre 1º de janeiro e 17 de março de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Desse número, 90 são homens, 9 mulheres, 28 são jovens, 63 adultos, 7 idosos e 1 adolescente.

Os assassinatos ocorreram em janeiro (43), fevereiro (35) e março (21). Das mortes, 44 ocorreram na Capital e 53 no interior. Homicídio é quando uma pessoa tira a vida da outra intencionalmente.

Homicídio doloso é a forma mais grave de tirar a vida de alguém, pois envolve a premeditação e a intenção de causar a morte. Isso significa que o autor do crime tinha a intenção clara de matar a vítima, agindo de forma deliberada e consciente.

Veja os tipos de homicídio doloso:

Homicídio Simples: O homicídio simples ocorre quando alguém tira a vida de outra pessoa de forma intencional, mas sem agravantes. Por exemplo, um indivíduo que, durante uma briga, mata outra pessoa sem qualquer motivo específico pode ser acusado de homicídio simples.

Homicídio Qualificado: O homicídio qualificado é uma forma mais grave de homicídio doloso, envolvendo circunstâncias agravantes. Por exemplo, se o homicídio for cometido com crueldade, mediante paga ou promessa de recompensa, ou para ocultar outro crime, ele será considerado qualificado e terá penas mais severas.

Homicídio Privilegiado: O homicídio privilegiado ocorre quando o autor do crime age sob forte emoção, como violenta emoção, medo, ou impulso irresistível. Nesses casos, a pena pode ser reduzida.

MATO GROSSO DO SUL

Homem esfaqueado na Aldeia Jaguapiru é a 97ª vítima de homicídio em 2025

Arleilson do Nascimento Sodré, de 30 anos, teria se desentendido com outro rapaz que o esfaqueou

16/03/2025 15h00

DIVULGAÇÃO/Dourados News - Osvaldo Duarte

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Arleilson do Nascimento Sodré, de 30 anos, morreu esfaqueado, neste sábado (15), na Aldeia Jaguapiru, em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Arleilson não era indígena, mas sim casado com uma mulher indígena. Conforme apurado pela reportagem, ele teria se desentendido com um indígena, de 21 anos, que também mora na aldeia. Não se sabe os motivos da briga.

O autor alegou que Arleilson havia o ameaçado. Com isso, foi até sua casa, pegou uma faca e desferiu golpes contra a vítima.

Este é o 97º homicídio em 2025, de acordo com dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS).

* Com informações de Dourados News

ESTATÍSTICA

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 97 pessoas foram mortas (homicídio doloso), entre 1º de janeiro e 16 de março de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Desse número, 88 são homens, 9 mulheres, 28 são jovens, 61 adultos, 7 idosos e 1 adolescente.

Os assassinatos ocorreram em janeiro (43), fevereiro (35) e março (19). Das mortes, 44 ocorreram na Capital e 53 no interior. Homicídio é quando uma pessoa tira a vida da outra intencionalmente.

Homicídio doloso é a forma mais grave de tirar a vida de alguém, pois envolve a premeditação e a intenção de causar a morte. Isso significa que o autor do crime tinha a intenção clara de matar a vítima, agindo de forma deliberada e consciente.

Veja os tipos de homicídio doloso:

Homicídio Simples: O homicídio simples ocorre quando alguém tira a vida de outra pessoa de forma intencional, mas sem agravantes. Por exemplo, um indivíduo que, durante uma briga, mata outra pessoa sem qualquer motivo específico pode ser acusado de homicídio simples.

Homicídio Qualificado: O homicídio qualificado é uma forma mais grave de homicídio doloso, envolvendo circunstâncias agravantes. Por exemplo, se o homicídio for cometido com crueldade, mediante paga ou promessa de recompensa, ou para ocultar outro crime, ele será considerado qualificado e terá penas mais severas.

Homicídio Privilegiado: O homicídio privilegiado ocorre quando o autor do crime age sob forte emoção, como violenta emoção, medo, ou impulso irresistível. Nesses casos, a pena pode ser reduzida.

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