Polícia

RIBAS DO RIO PARDO

Bêbado, vereador que atropelou grávida e fugiu se apresenta à polícia

Parlamentar saiu de um show bêbado, pegou o volante, atropelou a gestante, bateu em outros três veículos e fugiu

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Vereador de Ribas do Rio Pardo, Lucas Lopes (PT), se apresentou a polícia, na manhã desta segunda-feira (3), após atropelar uma gestante e fugir do local sem prestar socorro, na madrugada de domingo (2), na rua Aniceta Rodrigues de Souza, em Ribas, município localizado a 97 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, o parlamentar saiu de um show bêbado, pegou o volante, atropelou a gestante, bateu em outros três veículos e fugiu.

Populares se revoltaram, o agrediram, atearam fogo contra o veículo, furaram os pneus e ainda agrediram o parlamentar com objetos perfurantes.

Conforme nota divulgada pelo advogado do parlamentar, Guilherme Tabosa, autoridades competentes tomarão providências para esclarecer os acontecimentos.

“Após o acidente, o vereador foi alvo de um ataque violento por parte de indivíduos armados com facas e outros objetos, resultando em um golpe na cabeça e na destruição de seu veículo, que teve os pneus furados e foi posteriormente incendiado. A situação crítica exigiu que o vereador fosse retirado do local por pessoas preocupadas com sua segurança. Diante do lamentável cenário e após saber da alta hospitalar de todos os envolvidos, sua assessoria jurídica deflagrou a adoção das devidas providências legais, incluindo a apresentação a autoridade policial competente nas primeiras horas do dia, com o intuito de garantir que a verdade dos fatos seja devidamente apurada. Confiantes de que as autoridades competentes tomarão as devidas providências para esclarecer os acontecimentos e comprovar a absoluta inocência do Senhor Lucas Lopes, informa se que ele já se comprometeu com a colaboração e comparecimento em todos os atos que a investigação demandar”.

A mulher grávida foi encaminhada para o hospital e não há informações sobre o estado de saúde dela.

Devido a má conduta, o vereador pode ser responsabilizado e penalizado pelos crimes de embriaguez ao volante, lesão corporal, tentativa de homicídio no trânsito e omissão de socorro.

A presidente da Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo, Tânia Ferreira (PP) afirmou, por meio de nota, que tomará medidas cabíveis contra o parlamentar.

"A Câmara de Vereadores de Ribas do Rio Pardo não compactua com qualquer tipo de conduta contrária a Lei e ira defender a população e a aplicação da Lei. Os fatos ocorreram durante a madrugada e esta presidente tomou conhecimento deste através das mídias sociais.

Vamos nos inteirar do assunto através dos órgãos oficiais, caso confirmada a informação do envolvimento de membro desta casa do povo, serão tomadas todas as medidas cabíveis para apuração e responsabilização, dentro dos mandamentos legais.

Esta casa de Leis será imparcial e incansável garantindo a reposta necessária a nossa população, respeitando as garantias constitucionais e a aplicação da Lei".

O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Ribas que o comportamento do vereador é “reprovável” e que não compete valores e diretrizes que norteiam o partido.

“O Partido dos Trabalhadores de Ribas do Rio Pardo vem a público esclarecer que os comportamentos individuais e socialmente reprováveis atribuídos a um de seus filiados, Vereador Lucas Lopes, ocorrido na madrugada de hoje não refletem os valores e diretrizes que norteiam a nossa agremiação.

Reafirmamos nosso compromisso com a ética, a responsabilidade e o respeito às normas que regem a convivência em sociedade. A direção partidária está atenta aos fatos e aguarda o desenrolar das investigações pertinentes pelas autoridades, com a firme intenção de avaliar a situação, será aberto um procedimento de apuração de responsabilidade interna.

É fundamental ressaltar que, em conformidade com os princípios da presunção de inocência, ampla defesa e contraditório, garantiremos que todos os envolvidos tenham a oportunidade de se manifestar e apresentar suas versões dos acontecimentos.

O Partido dos Trabalhadores de Ribas do Rio Pardo reafirma seu compromisso com a transparência e justiça, e continuará a trabalhar em prol dos interesses da população, sempre pautado por valores que promovem a dignidade e o respeito mútuo”.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, Lucas foi eleito pelo PT com 378 votos em 2024.

FEMINICÍDIO

Delegada diz que jornalista assassinada recusou abrigo

Jornalista morta pelo noivo procurou a polícia para denunciá-lo horas antes de ser morta

13/02/2025 11h15

Jornalista, Vanessa Ricarte, de 42 anos

Jornalista, Vanessa Ricarte, de 42 anos DIVULGAÇÃO/Instagram

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Equipe da Polícia Civil ofereceu abrigo na sede da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) à jornalista, Vanessa Ricarte, de 42 anos, duas horas antes de ser morta pelo noivo, mas, de acordo com a delegada titular da DEAM, Elaine Benicasa, ela recusou e retornou para casa.

Ela foi assassinada a facadas pelo companheiro, Caio Nascimento, na tarde desta quarta-feira (12), em uma casa localizada no bairro São Francisco, em Campo Grande.

Eles namoravam há 4 meses e moravam juntos. Ele tem passagens pela polícia por roubo, tentativa de suicídio, ameaça e violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.

A jornalista iria completar mais um ano de vida no próximo domingo (16). Ela era assessora de imprensa do Ministério Público do Trabalho (MPT) e se formou em jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Conforme apurado pela reportagem, Vanessa foi até a delegacia denunciar Caio e solicitar medida protetiva contra ele na madrugada de quarta-feira (12).

À tarde, por volta das 15 horas, ela retornou ao local para buscar o papel que comprovava a medida protetiva. Neste momento, equipe da Polícia Civil ofereceu abrigo e pediu para que ela ficasse no alojamento da DEAM.

O alojamento da DEAM é um lugar onde mulheres vítimas de violência podem ficar abrigadas temporariamente, junto de seus filhos. No local são oferecidos cama, refeição, serviço de saúde, assistência médica e psicológica, além de proteção jurídica. 

Mas, de acordo com a delegada titular da DEAM, Elaine Benicasa, ela recusou e foi para casa, às 17 horas, acompanhada de um amigo, que a auxiliava no processo.

“Ofertamos o abrigo aqui da Casa da Mulher Brasileira, com todos os procedimentos de praxe, ela se negou a ficar no abrigo”, disse a delegada.

No momento em que chegou em sua residência, deu de cara com o autor. Ela pediu que ele pegasse as coisas dele e fosse embora.

Neste momento, por um descuido, o amigo saiu de perto para fazer uma ligação e o autor pegou uma faca de cozinha e desferiu golpes contra Vanessa.

Jornalista, Vanessa Ricarte, de 42 anosDra Elaine Benicasa, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (13)

Ele esfaqueou seu pescoço, tórax e barriga. O amigo conseguiu contê-lo e o trancou em um quarto no andar de cima.

A polícia foi acionada por vizinhos e pelo amigo. Viaturas da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militares se deslocaram até o endereço e encontraram a vítima caída no chão ensaguentada e com perfurações pelo corpo.

Ela foi socorrida e encaminhada ao Hospital Santa Casa, passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. A morte foi confirmada por amigos em um grupo de jornalistas do WhatsApp às 23h55min de quarta-feira (12).

O corpo foi encaminhado ao Instituto de Odontologia e Medicina Legal (IMOL) de Campo Grande. Informações sobre o velório serão divulgadas nas próximas horas.

Caio se entregou, foi preso, encaminhado à DEAM e deve passar por audiência de custódia ainda nesta quinta-feira (13). Ele responderá pelos crimes de feminicídio, violência doméstica, perseguição, stalking e um possível cárcere privado que ainda está sendo investigado.

Em interrogatório, ele afirmou às delegadas que “está muito mal pelo o que aconteceu”. Caio é usuário de drogas. 

Caio é pianista e, nas redes sociais, canta e toca música evangélica. "O agir de Deus é lindo! Cantaremos a bondade de Deus, que Jesus nosso senhor e salvador nos abençoe hoje e sempre. Renova-me. Milagres e curas, glória a Deus!!!".

Nas redes sociais, o casal postava fotos, declarações de amor e poesias.

Jornalista, Vanessa Ricarte, de 42 anos

Jornalista, Vanessa Ricarte, de 42 anos

Legenda: "Quero a luz dos olhos meus

Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará

Pela luz dos olhos teus

Eu acho, meu amor

E só se poder achar

Que a luz dos olhos meus precisa se casar"

A publicação é de 29 de novembro de 2024.

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), lamentou a morte da jornalista nas redes sociais e pediu por justiça.

"Isso não pode de maneira nenhuma passar com impunidade para ninguém envolvido nessa situação. Então, aqui lamento profundamente meu sentimento à família da Vanessa, aos colegas de trabalho, a todos os que estão próximos e a todas as famílias que viveram, vivem esse drama da perda por feminicídio de alguém próximo", disse o governador.

Em nota, o Ministério Público do Trabalho (MPT) lamentou e manifestou indignação pela morte de Vanessa, e a descreveu como "uma profissional dedicada e comprometida".

"É com profundo pesar e indignação que o Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul recebe a notícia do falecimento da servidora pública e jornalista Vanessa Ricarte, vítima de feminicídio em Campo Grande. Vanessa foi brutalmente assassinada pelo então companheiro, em um trágico episódio que evidencia a urgência de combater a violência doméstica e proteger as mulheres em situação de vulnerabilidade. Vanessa Ricarte era uma profissional dedicada e comprometida com a missão institucional do Ministério Público do Trabalho, contribuindo de forma significativa para a divulgação e conscientização sobre os direitos trabalhistas e a Justiça social. Sua perda é um golpe não apenas para a instituição, mas para toda a sociedade, que vê mais uma vida ceifada pela violência de gênero", diz o texto.

Coxim

Traficante de SP reage a abordagem e é morto pelo Choque em MS

"Magnata" tinha passagens pela polícia por roubo, associação criminosa, tráfico de drogas, corrupção de menores, porte ilegal de arma de fogo, receptação, entre outros

10/02/2025 11h30

Arma utilizada pelo autor para atirar contra os policiais

Arma utilizada pelo autor para atirar contra os policiais DIVULGAÇÃO/BPMChoque

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Homem, de 23 anos, popularmente conhecido no mundo do crime como “Magnata”, morreu em confronto com policiais militares do Batalhão de Choque (BPMCHoque), na noite deste domingo (9), no bairro Vila Bela, em Coxim, município localizado a 252 quilômetros de Campo Grande.

Ele tinha passagens pela polícia por roubo, associação criminosa, tráfico de drogas, corrupção de menores, porte ilegal de arma de fogo, receptação, entre outros.

Conforme apurado pela reportagem, o Choque foi acionado pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) para averiguar a movimentação de um integrante de uma facção criminosa de São Paulo que estaria em Coxim.

O Batalhão de Choque, além de atuar em Campo Grande (Capital), também atua em municípios do interior.

Ele teria se deslocado de Sonora para Coxim para atacar integrantes da facção criminosa rival. Com isso, os policiais se deslocaram até o endereço, onde o suspeito possivelmente se encontrava, para abordá-lo.

A equipe se aproximou e deu voz de abordagem, mas o criminoso desobedeceu, sacou a arma e atirou contra os policiais.

Para se defenderem, revidaram, balearam e desarmaram o criminoso. Ele foi socorrido e encaminhado ao hospital, onde recebeu atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Um revólver calibre .38 foi apreendido pelos policiais. O caso foi registrado como “homicídio simples na forma tentada”, “homicídio decorrente de oposição a intervenção policial” e “organização Criminosa”.

OUTRO CONFRONTO NO FIM DE SEMANA -  No sábado (8), homem de 33 anos morreu em confronto com a Força Tática da PMMS no bairro Noroeste, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, a polícia recebeu uma denúncia de quem um homem estava armado na frente de casa. Em posse das características físicas do rapaz, a polícia saiu em sua busca, com o objetivo de capturá-lo.

Os militares foram até o endereço indicado e viram que o sujeito apresentava um volume na altura da cintura, o que motivou a abordagem.

Os policiais deram voz de abordagem, mas ele desobedeceu, entrou na residência e acessou os quartos. A polícia deu ordem para que ele se entregasse, mas, mais uma vez ele desobedeceu e apontou uma arma para a equipe, que revidou e baleou-o. 

NÚMEROS

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 15 pessoas morreram em confronto com agentes de Estado, de 1º a 10 de fevereiro de 2025, em Mato Grosso do Sul. 

Desse número, 10 óbitos ocorreram em janeiro e 5 em fevereiro.

Mortes registradas em confronto policial são classificadas como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.

O confronto entre forças de segurança governamentais e grupos armados ocorrem em situações de abordagem policial, roubos, flagrantes de tráfico de drogas, policiamento ostensivo em bairros, entre outras ocorrências.

Arma utilizada pelo autor para atirar contra os policiais
 

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