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Alta

Bebê que caiu do 3º andar recebe alta e retorna para a casa da família

Após 42 dias de internação, a bebê de quatro meses volta para casa e continuará o acompanhamento médico

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Após 42 dias de internação, a bebê de apenas quatro meses que caiu do terceiro andar de um prédio, recebeu alta da Santa Casa de Campo Grande. Considerado um milagre pelos médicos, a criança já está com a família desde segunda-feira (22).

O acidente aconteceu no dia 12 de dezembro do ano passado, no Condomínio Residencial CH8, localizado no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. A mãe saiu do imóvel para quitar um emprestimo que havia feito, com uma amiga, para comprar alimentos e deixou a criança sob os cuidados da irmã mais velha, de 7 anos. 

O delegado que atendeu a ocorrência naquele dia, Gabriel Desterro, explicou que com o objetivo de acalmar a bebê, a irmã mais velha subiu na cama com bebê no colo para ver a janela e deixou 'em pé'. Em determinado momento no parapeito, a criança empurrou com os pés a irmã, coisas que bebês fazem, e como estavam em cima da cama sem equilíbrio, foi o suficiente para ela cair da janela do terceiro andar.

As lesões na criança eram graves e ela foi levada ao Hospital Regional. Na sequência, encaminhada para a Santa Casa. Um dos boletins médicos, segundo a polícia informou na época dos fatos, apontava hemorragia intracraniana. 

A bebê apresentou uma boa recuperação, voltou para o lar de sua família e agora seguirá o acompanhamento médico. 

Mãe e pai responderão na Justiça

A mãe da bebê chegou a ser presa por abandono de incapaz, teve a liberdade a provisória concedida pela Justiça, no dia 14 de janeiro de 2024.

Conforme o advogado da mãe, Alfio Leão, disse que a juíza considerou o caso como uma tragédia familiar e, apesar de ser solta, ela terá que cumprir medidas cautelares.

"São medidas como não poder se afastar da comarca, tem que acompanhar o processo junto, quando a Justiça chamar ela tem que comparecer, se mudar de endereço tem que informar e mais ainda, estar em casa com as crianças, que o principal nesse caso agora são os cuidados com as crianças", disse.

A mãe não estava em casa na hora do incidente e o bebê estava com a irmã, de 7 anos, e o irmão, de 3 anos. Ela estava sendo segurada pela irmã quando caiu do terceiro andar – uma altura de aproximadamente 15 metros – de um dos prédios do condomínio residencial CH8, no Aero Rancho, na noite de terça-feira (12).

Após ser liberada da prisão, a mulher foi, acompanhada do advogado, prestar depoimento na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). O advogado também  informou que a mulher sempre foi uma boa mãe e que não costumava deixar as crianças sozinhas e saiu por poucos minutos.

"Foi questão de 15 a 20 minutos porque ela precisava pagar uma conta, que ela havia feito empréstimo de uma colega próximo ao bairro para comprar alimentos para a criança, como é a preocupação de uma mae com três filhos que ela sustenta sozinha", disse.

"Não é questão de abandono, não é uma questão de desprezo [...]. Isso é uma tragédia familiar, não houve dolo, não houve intenção de causa, não tem nenhum registro de que ela abandona ou deixa as crianças sozinhas, ela sempre proveu o necessário para eles e, como a própria juíza disse, foi uma tragédia familiar", acrescentou.

Por sua vez, a delegada Nelly Macedo, da Depca, disse que foi levantado que a mulher não tinha rede de apoio e os pais biológicos das crianças eram "completamente ausentes".

"Ficou caracterizada a sobrecarga dessa mulher, como várias outras mães. Não há dúvida de que há o erro de ter deixado essas crianças sozinhas, mas principalmente a sobrecarga que muitas mulheres passam", disse a delegada.

A mãe não tinha ajuda financeira dos pais e sustentava os filhos com o salário de R$ 1,3 mil que recebe mensalmente.

Diante disso, a delegada informou que os pais das crianças também poderão ser responsabilizados.

"Os pais biológicos são completamente ausentes, inclusive materialmente, e vão responder por abandono material por não estarem ajudando essa mãe a arcar, não só com a criação, mas também financeiramente", explicou.

Além do abandono material, a polícia investiga se eles podem responder pelo incidente da queda da criança. Eles serão chamados para depor.

"No primeiro momento está caracterizado o abandono material porque não a pagam pensão que ela precisa para cuidar dos filhos e nós vamos ver o nexo da ausência deles, da omissão deles com tudo o que aconteceu e a responsabilização também por serem omissos da vida dos filhos".

O advogado também informou que todo o cuidado pessoal, social, financeiro e emocional é de responsabilidade da mãe, que não recebe pensão.

"Eu como advogado dela vou tomar todas as medidas legais para que possamos, ou de comum acordo, ou de homologação de acordo de alimentos, ou vou ajuizar ação de alimentos contra os pais em favor dos menores, é um direito garantindo em lei, toda criança tem esse direito, e ela não está sendo resguardada nem socialmente, nem familiarmente", ressaltou.

* Colaborou Marcelo Victor e Glaucea Vaccari



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TRÁFICO DE DROGAS

Sogro e genro são presos com 157 quilos de crack em Hilux

Sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade, já o genro atuava como batedor e olheiro

11/12/2025 11h30

Tabletes de crack

Tabletes de crack Divulgação/Polícia Civil - MS

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Sogro, 49 anos e genro, de 40 anos foram presos em flagrante transportando 157 quilos de crack, nesta quarta-feira (10), na região do Parque dos Coqueiros em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Tabletes de crackTabletes de crack. Foto: Polícia Civil

Um terceiro possível envolvido também foi conduzido à unidade policial e será investigado pelas autoridades.

O entorpecente estava distribuído em tabletes e acondicionado em uma Toyota Hilux. Eles foram presos por policiais civis da Seção de Investigação Geral/Núcleo Regional de Inteligência (SIG/NRI) de Dourados.

Conforme apurado pela reportagem, o sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade. Já o genro atuava como batedor (escoltando a droga) e olheiro (observando a presença de forças policiais).

A ação faz parte de uma investigação contra uma organização criminosa que atua na cidade e região da fronteira, abastecendo pontos de distribuição em Dourados e região.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é conhecido como um vasto corredor no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países. Com isso, é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 13.130 quilos de cocaína, 502.682 quilos de maconha e 378 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 11 de dezembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

As forças de segurança responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

HOMICÍDIO E TRÁFICO

Mulher foge de violência doméstica em MG e é morta por ordem da prima em MS

Mulher encontrada morta na tarde de quarta-feira (3), na BR-262, estava cansada de apanhar do marido em Minas Gerais e veio buscar abrigo na casa da prima em MS, que a abandonou

05/12/2025 11h45

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5) Foto: Naiara Camargo

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Maria de Fátima Alves, de 40 anos, encontrada morta na tarde de quarta-feira (3) no anel viário da BR-262, saiu de Minas Gerais para Mato Grosso do Sul para fugir de violência doméstica que sofria do marido. Ela deixou três filhos no estado mineiro.

Ela veio para Campo Grande (MS), há três meses, procurar abrigo na casa da prima, que prometeu acolhê-la em sua casa, localizada no bairro Moreninhas. Mas, não foi o que aconteceu. Sua prima, de 32 anos, recusou o abrigo, pegou seus documentos por motivos ainda desconhecidos e a abandonou nas ruas.

Ela se tornou moradora de rua, passou a fazer uso exagerado de bebidas alcoólicas e foi abrigada no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (CENTRO POP), em Campo Grande.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Vítima, Maria de Fátima Alves, de 40 anos

Na tarde de terça-feira (2), Maria de Fátima pegou uma bicicleta emprestada e foi buscar seus documentos na casa da prima, pois queria arrumar um emprego. De acordo com a vítima, sua prima seria uma pessoa “muito perigosa”.

Ao chegar no endereço, a prima se negou a devolver os documentos. Em seguida, Maria de Fátima foi até o quarto, abriu o guarda-roupa e flagrou diversos tabletes de cocaína dentro do móvel e, curiosa, começou a manuseá-los.

Com receio de ser denunciada, a prima repreendeu a vítima e a colocou dentro de um Hyundai HB20 com ajuda de um comparsa, de 41 anos. Em seguida, a levaram até o anel viário da BR-262, onde a executaram com um tiro na cabeça e outro no ombro. Após o crime, eles fugiram e o corpo ficou abandonado.

O titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, acredita que a vítima tenha sido morta pelo rapaz e não pela prima.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos

“Ele assumiu que a droga era dele, mas negou a questão de ser o coautor do homicídio. Todo o tempo ele negou o homicídio e sempre confessou o tráfico de drogas. Na cabeça deles, o tráfico é mais fácil obter a liberdade.

Na tarde de quarta-feira (3), a Polícia Militar recebeu uma denúncia que havia um cadáver, às margens do anel viário da BR-262, saída para Terenos/Rochedo.

Viaturas se deslocaram até a rodovia e os militares constataram que se tratava de uma mulher, sem identificação até então. Polícia Civil e Polícia Científica estiveram no local para recolher os indícios do assassinato e retirar o corpo.

A prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A mulher é empresária, possui transportadoras e não tem passagens pela polícia. O homem tem passagens por tráfico de drogas.

O caso continua sendo investigado pela DHPP.

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