Polícia

MATOU CINCO

"Eu achava que não matava uma barata", diz barbeiro que negociou com serial killer

Assassino matava e enterrava suas vítimas

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Barbeiro de 53 anos, que negociou com C.S.C., de 43, o terreno em que o assassino enterrou seu primo Flávio Pereira, de 34, em 2015, disse que conhecia o mesmo e o achava inofensivo. “Eu achava que não matava uma barata”, revelou. 

O assassino, que matou pelo menos cinco pessoas nos últimos anos, matou o primo, o enterrou no terreno e depois o vendeu para o barbeiro, que preferiu não ser identificado. “Eu não imaginava uma desgraça dessa. A gente tava dormindo em um cemitério”, descreveu ele. 

Ele contou que comprou o terreno com C. S. C. por R$ 50 mil e construiu a casa onde mora com a esposa atualmente. Disse também que apenas via e falava com o assassino esporadicamente, já que mora próximo da família de C. S. C. “Todo mundo fala que ele é um cara gente boa, nunca que seria um serial killer”. 

De acordo com o delegado Carlos Delano, da Delegacia Especializada de Homicídios (DEH), o assassino é uma pessoa fria e confessou os crimes tranquilamente. “É um cara que não dá muito valor para a vida humana, isso pode se dizer com certeza”, disse. “Segundo ele nos disse usou madeira na maior parte dos casos, para golpear a cabeça da vítima e lembrava perfeitamente onde aconteceu os crimes e onde haviam enterrado”.

As vítimas - cinco até o momento - são homens e possuíam bens. “Com base nessas características, [ele matava] visando tomar para si os bens dessas vítimas mortas por ele”, revelou. A polícia também não descarta a possibilidade de haver mais vítimas. 

CASO 

O assassino em série foi preso na madrugada desta sexta-feira (15) pela morte de José Leonel Ferreira dos Santos, de 61 anos, e confessou os outros assassinatos. José foi encontrado enterrado na própria casa, na Vila Nasser. Ele foi morto pelo serial killer e a sua filha, Yasmin Natacha Souza de Carvalho, de 19 anos. A mulher dele também teria participado e está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. Todos estavam morando na residência. 

Depois de preso e os assassinatos revelados, a busca pelos outros corpos se iniciou por volta das 3h. Duas ossadas foram encontradas durante a manhã de hoje e identificadas como sendo de José Jesus de Souza, de 45, e de Roberto Geraldo, de 48.

Roberto foi encontrado na região do bairro Zé Pereira, na avenida José Barbosa Rodrigues. Depois de quatro horas e meia de escavações, a polícia achou ossos das pernas, meias, sapatos e roupa íntimas de Roberto. O corpo estava a cerca de 40 cm de profundidade. Ele foi com o suspeito até o terreno com a intenção de limpar e invadir o local, mas lá, se desentenderam e C.S.C golpeou a vítima na cabeça com o cabo de uma picareta. O autor enterrou o corpo e arma do crime no mesmo lugar. Já José Jesus estava enterrado em um terreno no Coophatrabalho.

No começo da tarde, o corpo do idoso Hélio Taira, de 73 anos, foi encontrado em uma residência, na Vila Planalto. Conforme Delano, o assassino fazia reforma na residência e, na ocasião, Hélio foi contratado para prestar um serviço de jardinagem e limpeza. Foi então que ambos se desentenderam e o pedreiro matou a vítima com pauladas, cavou buraco, enterrou o corpo e depois concretou o local, colocando piso.

TRÁFICO DE DROGAS

Sogro e genro são presos com 157 quilos de crack em Hilux

Sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade, já o genro atuava como batedor e olheiro

11/12/2025 11h30

Tabletes de crack

Tabletes de crack Divulgação/Polícia Civil - MS

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Sogro, 49 anos e genro, de 40 anos foram presos em flagrante transportando 157 quilos de crack, nesta quarta-feira (10), na região do Parque dos Coqueiros em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Tabletes de crackTabletes de crack. Foto: Polícia Civil

Um terceiro possível envolvido também foi conduzido à unidade policial e será investigado pelas autoridades.

O entorpecente estava distribuído em tabletes e acondicionado em uma Toyota Hilux. Eles foram presos por policiais civis da Seção de Investigação Geral/Núcleo Regional de Inteligência (SIG/NRI) de Dourados.

Conforme apurado pela reportagem, o sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade. Já o genro atuava como batedor (escoltando a droga) e olheiro (observando a presença de forças policiais).

A ação faz parte de uma investigação contra uma organização criminosa que atua na cidade e região da fronteira, abastecendo pontos de distribuição em Dourados e região.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é conhecido como um vasto corredor no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países. Com isso, é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 13.130 quilos de cocaína, 502.682 quilos de maconha e 378 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 11 de dezembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

As forças de segurança responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

HOMICÍDIO E TRÁFICO

Mulher foge de violência doméstica em MG e é morta por ordem da prima em MS

Mulher encontrada morta na tarde de quarta-feira (3), na BR-262, estava cansada de apanhar do marido em Minas Gerais e veio buscar abrigo na casa da prima em MS, que a abandonou

05/12/2025 11h45

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5) Foto: Naiara Camargo

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Maria de Fátima Alves, de 40 anos, encontrada morta na tarde de quarta-feira (3) no anel viário da BR-262, saiu de Minas Gerais para Mato Grosso do Sul para fugir de violência doméstica que sofria do marido. Ela deixou três filhos no estado mineiro.

Ela veio para Campo Grande (MS), há três meses, procurar abrigo na casa da prima, que prometeu acolhê-la em sua casa, localizada no bairro Moreninhas. Mas, não foi o que aconteceu. Sua prima, de 32 anos, recusou o abrigo, pegou seus documentos por motivos ainda desconhecidos e a abandonou nas ruas.

Ela se tornou moradora de rua, passou a fazer uso exagerado de bebidas alcoólicas e foi abrigada no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (CENTRO POP), em Campo Grande.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Vítima, Maria de Fátima Alves, de 40 anos

Na tarde de terça-feira (2), Maria de Fátima pegou uma bicicleta emprestada e foi buscar seus documentos na casa da prima, pois queria arrumar um emprego. De acordo com a vítima, sua prima seria uma pessoa “muito perigosa”.

Ao chegar no endereço, a prima se negou a devolver os documentos. Em seguida, Maria de Fátima foi até o quarto, abriu o guarda-roupa e flagrou diversos tabletes de cocaína dentro do móvel e, curiosa, começou a manuseá-los.

Com receio de ser denunciada, a prima repreendeu a vítima e a colocou dentro de um Hyundai HB20 com ajuda de um comparsa, de 41 anos. Em seguida, a levaram até o anel viário da BR-262, onde a executaram com um tiro na cabeça e outro no ombro. Após o crime, eles fugiram e o corpo ficou abandonado.

O titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, acredita que a vítima tenha sido morta pelo rapaz e não pela prima.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos

“Ele assumiu que a droga era dele, mas negou a questão de ser o coautor do homicídio. Todo o tempo ele negou o homicídio e sempre confessou o tráfico de drogas. Na cabeça deles, o tráfico é mais fácil obter a liberdade.

Na tarde de quarta-feira (3), a Polícia Militar recebeu uma denúncia que havia um cadáver, às margens do anel viário da BR-262, saída para Terenos/Rochedo.

Viaturas se deslocaram até a rodovia e os militares constataram que se tratava de uma mulher, sem identificação até então. Polícia Civil e Polícia Científica estiveram no local para recolher os indícios do assassinato e retirar o corpo.

A prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A mulher é empresária, possui transportadoras e não tem passagens pela polícia. O homem tem passagens por tráfico de drogas.

O caso continua sendo investigado pela DHPP.

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