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Policial tira mendigo da rua e o ajuda a mudar de vida

Policial tira mendigo da rua e o ajuda a mudar de vida

DA REDAÇÃO

11/06/2014 - 22h30
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Um simples gesto humano pode mudar todo o contexto de uma vida. Isso foi o que o Sub-Tenente da Polícia Militar, José Carlos Moreira dos Santos, demonstrou ao ajudar um mendigo que levava uma vida de miséria e abandono em Água Clara.

Na semana passada ocorreu o reencontro do policial com o ex- alcoólatra e usuário de drogas, Luis Carlos Rodrigues da Costa, de 41 anos, que viveu durante dois anos nas ruas de Água Clara pedindo esmolas e, após ser ajudado pelo PM, conseguiu curar-se. Atualmente ele testemunha a sua comovente história de superação de vida.

Natural de Corumbá, Luis Carlos foi para Água Clara em 2009, após entrar no mundo das drogas e do alcoolismo. Ele conta que se tornou um homem violento, viciado, e isso o afastou da esposa e dos seus filhos. “Andei por várias cidades e vim parar em Água Clara. Levava uma vida de miséria, muitas vezes dormia na rodoviária, meu corpo era todo desfigurado e as pessoas tinham nojo de mim, elas achavam que eu tinha lepra por ter o rosto deformado e me tratavam com muito desprezo”, disse ele.

Como se não bastasse viver embriagado praticamente todos os dias, sua situação chegou a um ponto tão crítico a ponto de consumir até mesmo o etanol (álcool) de posto de gasolina. “Tornei-me um escravo da bebida e como sempre tinha pouco dinheiro, era mais acessível comprar combustível”, contou.

NOVOS RUMOS

Contudo, a vida do mendigo começou a tomar novos rumos no ano de 2010, quando o Sub-Tenente Moreira o encontrou vivendo em situação deplorável, juntamente com mais quatro andarilhos. O policial fazia suas diligências rotineiras em Água Clara, ocasião em que avistou o grupo vivendo em um matagal localizado na saída para Campo Grande, próximo ao posto Cervantes.

Ao ver a situação lamentável que os mendigos se encontravam, Moreira não se absteve em ajudá-los. “Fiquei abismado quando vi a condição de cada um e senti no coração que tinha que fazer algo por eles. Perguntei se queriam mudar de vida e alguns se manifestaram a favor”, comentou o policial.

Três dos mendigos, inclusive Luis Carlos, aceitaram a ajuda e foram encaminhados ao Hospital Municipal. Após receberem cuidados médicos, foram levados para a casa de recuperação de Água Clara, localizada no Núcleo Industrial Barra Mansa, onde a vida de Luis Carlos começara a traçar outro destino.

“Depois de ser tratado no hospital, fui para a casa de recuperação, mas apesar de receber todo o amparo possível, tive vontade de sair de lá. Foi quando Deus me enviou novamente o PM Moreira, ele visitou a casa, conversou comigo e me incentivou a permanecer. Isso fez com que eu continuasse no centro, me recuperasse e me tornasse o homem que hoje sou”, afirmou.

CURA

Após ficar um ano e três meses na casa de recuperação, Luis Carlos estava recuperado e curado. Seu processo de reintegração social se iniciou através do primeiro emprego que ele conseguiu em Água Clara, no Hotel Corrêa, local em que trabalhara e se hospedava. “Depois do primeiro emprego, Deus me abriu várias portas e foi me abençoando cada vez mais. Em seguida trabalhei em um restaurante, comecei a congregar em uma igreja evangélica e a ministrar a palavra do Senhor para os mendigos que vivem na rua, bandidos e pessoas que precisam de uma mensagem, uma mão amiga e uma ajuda como eu tive”, ressaltou Luis Carlos.

E as bênçãos na vida dele foram cada vez maiores, pois Luis ganhou sua esposa e filhos de volta e atualmente moram juntos em Água Clara. Além de ter um serviço registrado na carteira, possui também o seu próprio negócio fazendo reforma de cadeiras, juntamente com seus filhos.

Recentemente Luis Carlos se reencontrou com um dos principais responsáveis pela sua reintegração social. Ao ver o PM Moreira, o ex-mendigo fez questão de abraça-lo e agradecê-lo. “Sou muito grato a Deus por ter usado a vida dele para nos tirar daquela triste situação. Homem de bom coração e que teve uma atitude humana, graças a ele, ao pessoal que me cuidou no hospital naquela época, a todos da casa de recuperação e a tantos outros, que pude ter a oportunidade de ter uma vida digna novamente. Aqueles que se encontram vivendo em miséria como eu já vivi, basta querer sair dessa vida, eu quis e eu venci”, contou emocionado.

Moreira disse que não reconheceu Luis Carlos quando ele lhe abordou. “Ele chegou a mim e questionou se eu sabia quem era, mas não o reconheci porque quando o vi naquela época, morando no meio daquele matagal, mal dava para ver o seu rosto, pois estava todo deformado e com a saúde muito debilitada”, assegurou o policial.

EXEMPLO

Emocionado e com lágrimas nos olhos, o PM abraçou o ex- mendigo e louvou a sua superação de vida. “Que sirva de exemplo para as pessoas que se encontram na mesma situação que ele já esteve. Poder tirar alguém da miséria, do estado de abandono e ver que hoje ele conseguiu vencer na vida, tem um significado tão grande que não tem dinheiro que pague. Isso mostra para a sociedade que o policial não realiza somente o seu trabalho de repreender, mas também proporciona um forte componente social”, destacou Moreira.

A atitude do Sub-Tenente da Polícia Militar Água Clara vem de encontro a dois casos recentes que ocorreram nos EUA e comoveu diversas pessoas pelo mundo. Em um deles, um policial foi flagrado comprando botas e dando a um morador de rua. Outro fato emocionante aconteceu em Nova York, quando outro policial foi fotografado tirando a blusa que vestia e a entregando a um mendigo que estava deitado na rua e passava frio.

São situações como estas que nos mostram como existem sim os policiais de bem, aqueles que não só cumprem o seu dever de servir e proteger, como também demonstram em suas atitudes nobres que ninguém é superior a ninguém, expressando o humanismo que existem dentro de si e cuidando também daqueles que estão inseridos em um contexto de miséria.

(*)Com informação de Portal Agua Clara

CAMPO GRANDE

Bioparque Pantanal terá Papai Noel mergulhador em programação especial de Natal

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

14/12/2025 18h00

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

Atração promete encantar visitantes de todas as idades Divulgação/ Gov MS

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O Bioparque Pantanal preparou uma programação especial de Natal para receber o público em dezembro, com uma das atrações mais aguardadas do período: o Papai Noel Mergulhador.

A apresentação está marcada para as 10h dos dias 23 e 24 e promete surpreender famílias e visitantes ao unir magia, educação ambiental e o contato direto com a biodiversidade.

A ação, que já se tornou tradicional no calendário do atrativo, leva o personagem natalino para dentro dos tanques, reforçando de forma lúdica a importância da conservação ambiental e da relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza.

Atenção nos horários!

No dia 24 de dezembro, o Bioparque Pantanal funcionará em horário especial, das 8h30 às 14h30, permitindo que o público aproveite a véspera de Natal com uma experiência diferente em um dos maiores complexos de água doce do mundo. O último horário de entrada será até 13h30.

Já nos dias 25 e 31 de dezembro, não haverá visitação. O empreendimento também permanecerá fechado entre 1º e 7 de janeiro de 2026, período destinado à realização de manutenções internas, voltadas à segurança dos visitantes e ao bem-estar dos animais. As atividades serão retomadas normalmente no dia 8 de janeiro.

Bioparque Pantanal

Inaugurado em março de 2022, o Bioparque Pantanal já recebeu mais de 1 milhão de visitantes e se consolidou como referência nacional em turismo científico, inclusivo, sustentável e contemplativo. O espaço é reconhecido pela estrutura moderna e pelo compromisso com a educação ambiental, acessibilidade e conservação da fauna.

A visita ao Bioparque Pantanal é gratuita, mas o agendamento é obrigatório e deve ser feito exclusivamente pelo site bioparquepantanal.ms.gov.br.

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MANIFESTAÇÃO

"Sem anistia", manifestantes protestam contra PL da Dosimetria em todo o Brasil

Atos ocorreram em diversas cidades e classificam projeto como anistia disfarçada aos envolvidos no 8 de Janeiro

14/12/2025 17h00

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo Divulgação/ Agência Brasil

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Manifestantes de diversas cidades brasileiras foram às ruas neste domingo (14) em protesto contra a aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que altera o cálculo das penas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para os organizadores, o texto representa uma “anistia disfarçada” e abre caminho para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo.

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reuniram movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes e partidos de esquerda. Pela manhã, manifestações ocorreram em capitais como Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Fortaleza, Salvador e Brasília.

Na capital federal, o protesto teve início em frente ao Museu da República e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Durante o trajeto, manifestantes entoaram palavras de ordem e exibiram cartazes com frases como “Sem anistia para golpista” e críticas diretas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Campo Grande

Em resposta a aprovação por 291 a 148 votos na última quarta-feira (10), centenas de campo-grandenses liberais se encontraram na esquina da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena para protestar contra a tentativa de Anistia das pessoas que foram condenadas pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de apoiadores, a manifestação contou com a presença de algumas autoridades da esquerda de MS, como o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que foi o primeiro político a chegar no local.

Em conversa com a reportagem, o parlamentar falou sobre o movimento desta manhã e a importância de dar uma rápida resposta ao PL da Dosimetria.

"Mais uma vez, a população dá um recado para a Câmara dos Deputados, que está votando na contramão de tudo aquilo que a população deseja, porque quem atentou contra a democracia, quem quebrou a série dos poderes em Brasília, quem tentou dar um golpe de estado no Brasil tem que ser condenado e pagar por esses crimes. Dar uma lição na história de que nós não aceitamos mais golpes no Brasil", disse o petista.

O ex-deputado estadual e agora candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores, como oficializado neste sábado (13) pelo presidente do partido, Fábio Trad também compareceu ao protesto.

"É um momento muito importante, mas não só para a esquerda, para todos os democratas. Eu convido também a direita liberal que respeita a democracia, aquela direita dos anos 90 que respeitava a vontade das urnas, que não apoiava os Estados Unidos contra o próprio Brasil. Ela deveria estar aqui conosco, porque o que está em jogo aqui hoje não é só uma disputa partidária, é uma questão de civilização e barbárie", destaca.

Paulista ocupada

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes concentrados nos quarteirões próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, estudantis e partidos políticos contrários ao projeto.

Durante o protesto, o coro de “sem anistia” foi repetido diversas vezes. Cartazes com dizeres como “Congresso inimigo do povo” ganharam destaque, assim como críticas ao comando da Câmara. Parte dos participantes vestiu roupas verde e amarelas para reforçar a rejeição à anistia dos envolvidos nos atos golpistas.

A votação do PL na Câmara ocorreu em meio a um episódio de tensão, após a retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. Jornalistas foram impedidos de acompanhar a ação, e profissionais da imprensa relataram agressões.

Parlamentares da oposição avaliam que, com as mudanças previstas no texto, Bolsonaro poderia ter a pena reduzida de 7 anos e 8 meses para cerca de 2 anos e 4 meses em regime fechado, conforme o cálculo atual da Vara de Execuções Penais.

Segundo Juliana Donato, da Frente Povo Sem Medo, a mobilização foi motivada pela gravidade da proposta. “Nós entendemos que isso é uma anistia. Os crimes cometidos contra a democracia são muito graves e não podem ser perdoados. A impunidade abre espaço para novas tentativas de golpe”, afirmou. Ela acredita que a pressão popular pode influenciar a tramitação do projeto no Senado.

Protestos no Rio

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas próximas ao Posto 5, em Copacabana. O ato contou com a participação de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, parlamentares, artistas e militantes de esquerda.

A manifestação ganhou caráter cultural com a participação de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que se apresentaram durante a tarde. O evento foi batizado de “Ato Musical 2: o retorno”, em referência a uma mobilização anterior contra a PEC da Blindagem.

Além do PL da Dosimetria, os participantes protestaram contra a escala de seis dias de trabalho por um de descanso, o marco temporal para demarcação de terras indígenas, o feminicídio e cobraram transparência em investigações envolvendo o Banco Master.

Uma performance realizada por um grupo de mulheres chamou atenção ao comparar parlamentares favoráveis ao projeto a “ratos traiçoeiros”, com a distribuição de animais de borracha e fotos de deputados que votaram pela redução das penas.

A aposentada Angela Tarnapolsky, de 72 anos, afirmou que não poderia se omitir diante do que considera retrocessos democráticos. “Depois de tudo o que vivi desde a ditadura, é impossível aceitar um Congresso com esse nível de retrocesso”, declarou.

O deputado Glauber Braga participou do ato e agradeceu o apoio popular. Com a suspensão de seu mandato por seis meses, ele afirmou que levará o gabinete “para as ruas” e seguirá mobilizado contra o PL da Dosimetria e contra as chamadas emendas Pix, que permitem repasses de recursos públicos sem detalhamento do uso.

O que prevê o projeto

O PL da Dosimetria estabelece que os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito, quando cometidos no mesmo contexto, sejam punidos apenas com a pena mais grave, e não pela soma das penas. O texto também reduz o tempo necessário para a progressão de regime, do fechado para o semiaberto ou aberto.

A proposta pode beneficiar, além de Bolsonaro, militares e ex-integrantes do alto escalão do governo anterior, como Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

Parlamentares da oposição preveem, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o total da redução pode levar ao cumprimento de 2 anos e 4 meses em regime fechado em vez dos 7 anos e 8 meses pelo cálculo atual da vara de execução penal, segundo a Agência Câmara de Notícias. Mas a definição dos novos prazos será do STF e pode ser influenciada pelo trabalho e estudo em regime domiciliar, que diminuem o período de prisão.

O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados dos quatro grupos relacionados à tentativa de golpe de Estado julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas esse artigo foi retirado do projeto.

**Colaborou Felipe Machado**

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