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População enfrenta tempo fechado e lota cemitérios em Campo Grande

A chuva não veio, e milhares de pessoas lotaram os cemitérios públicos, na manhã deste sábado (02)

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Mesmo com a manhã deste sábado (02) indicando possibilidade de chuva, a população compareceu em peso para prestar homenagens aos entes queridos no dia de Finados, em Campo Grande.

Somente nos três cemitérios públicos - Cruzeiro, Santo Amaro e Santo Antônio - a estimativa é que 30 mil pessoas devam passar no transcorrer do dia.

Nos locais, os comerciantes de arranjos de flores, velas e alimentos conversaram com a reportagem do Correio do Estado, alguns apresentando saldos positivos e outros esperando um cenário mais favorável.

Crédito: Marcelo Victor / Correio do Estado

Como o caso da comerciante Mara Roberta, de 30 anos, que ajuda a mãe, dona Abadia, que trabalha há 30 anos com vendas de arranjos de flores e velas no Cemitério do Cruzeiro, na Avenida Coronel Antonino.

“Desde quinta-feira [o movimento] está muito bom, graças a Deus. Não fechamos o caixa, mas acredito que devemos ter vendido cerca de cinco mil”, contou Mara.

Em frente ao cemitério, voluntários de diversas igrejas e credos acolhiam a população com orações, panfletos com a palavra de Deus e até pedido de doações para o Asilo São João Bosco, com pedidos feitos por voluntárias.

Tradição

Crédito: Marcelo Victor / Correio do Estado

No interior do cemitério, o senhor Elcio Acosta, de 53 anos, acompanhado da família, aproveitou que a chuva não caiu para dar uma demão de tinta no túmulo da mãe, acompanhado da família.

“Todo ano venho [dar manutenção] para que ela traga mais saúde para a gente, né? Hoje estou limpando e trocando o pano dela, porque nós somos católicos e toda vez que viemos, trocamos o pano para ela”, disse Elcio.

 

 

 

 

 

No Cruzeiro, onde pessoas se reúnem para acender velas, dona Maria Aparecida, de 59 anos, acompanhada da neta, fazia suas orações para parentes que estão sepultados em outros estados.

“Vim prestar homenagens aos parentes que partiram. Venho aqui no Cruzeiro porque eles estão sepultados no Paraná”, contou Maria Aparecida, que é do Paraná, mas mora em Campo Grande desde 2006.

No mesmo local, o aposentado Gervásio Pereira Ramos, de 79 anos, cuja parte da família está sepultada no cemitério do Cruzeiro e a outra parte no estado de Goiás.

“Eu vou no túmulo da minha esposa, passo no sogro e na sogra e venho até aqui rezar por toda a minha família”, explicou Gervásio.

Crédito: Marcelo Victor / Correio do Estado

Cemitério Santo Amaro

No cemitério Santo Amaro, familiares circulavam para encher baldes de água e esvaziá-los em tanques e, desta forma, seguirem limpando as capelas e os túmulos de seus familiares.

Fazendo suas orações, a aposentada Celestina Paixão, de 80 anos, como todos os anos, foi até o cemitério visitar os túmulos do esposo, da mãe, do pai e de outros entes queridos.

Orando diante do Cruzeiro, explicou que todas as almas merecem um momento de reflexão.

 

 

“A gente reza para pedir a Deus e ao nosso Senhor para que perdoe e dê a luz eterna para todos. Esse é nosso dever, que Deus nos ensina no livro da Bíblia, então é o que eu venho aqui expressar”, pontou Celestina.

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Campo Grande

Motorista de Fusca que colidiu com ônibus não tinha CNH, segundo registro policial

O acidente ocorrido na tarde de ontem, nas avenidas Gury Marques e Guaicurus, foi registrado como crime de trânsito, pois o motorista avançou o sinal e colidiu violentamente contra um ônibus coletivo.

26/11/2024 13h30

Acidente grave aconteceu na tarde de ontem, nas avenidas Gury Marques com Guaicurus, região sul de Campo Grande

Acidente grave aconteceu na tarde de ontem, nas avenidas Gury Marques com Guaicurus, região sul de Campo Grande Fotos: Gerson Oliveira

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O motorista, de 33 anos, que dirigia um Volkswagen fusca e colidiu violentamente com um ônibus de transporte coletivo na tarde desta segunda-feira (25), entre as avenidas Guaicurus e Gury Marques, na região sul de Campo Grande, não possuía a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Conforme informações do boletim de ocorrência, o acidente foi tão violento que o fusca ficou completamente destruído. Equipes da Polícia Militar foram no local e, durante a checagem dos envolvidos, foi constatado que o motorista não possuía CNH, caracterizando o incidente como crime de trânsito.

Dentro do veículo, os policiais encontraram fios de energia amarrados e uma bateria veicular. As vítimas, o motorista e o passageiro, foram encaminhados para a Santa Casa, onde continuamos em observação.

Conforme informações da perícia técnica, a dinâmica do acidente ocorreu quando o fusca, que trafegava pela Avenida Guaicurus em direção ao bairro Centenário, passou de raspão pelos motociclistas que desciam por Gury Marques e colidiu com a lateral esquerda do ônibus, atingindo sua parte frontal 

A colisão foi tão violenta que um dos bancos do veículo foi arremessado a cerca de 15 metros de distância, enquanto a parte dianteira do fusca ficou cravada no coletivo.

O motorista sofreu cortes pelo corpo, mas não corre risco de morte. Já o passageiro ficou preso nas ferragens e foi resgatado por equipes da Unidade Avançada do Corpo de Bombeiros, apresentando fratura no fêmur e outros ferimentos graves.


Veja as imagens do acidente logo mais abaixo: 

 


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ultima ratio

Lobista que supostamente atuava no TJMS é preso em Cuiabá

Andreson Gonçalves, que tinha forte ligação com o desembargador Marcos Brito, afastado desde 24 de outubro, foi preso por ordem do STF

26/11/2024 12h41

A prisão de Andreson Gonçalves ocorreu no âmbito de operação no judiciário de Mato Grosso, mas também foi alvo da operação Ultima Ratio

A prisão de Andreson Gonçalves ocorreu no âmbito de operação no judiciário de Mato Grosso, mas também foi alvo da operação Ultima Ratio

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Alvo da operação Ultima Ratio, que em 24 de outubro resultou no afastamento de cinco desembargadores e de um juiz do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, o empresário e lobista Andreson de Olviera Gonçalves foi preso na manhã desta terça-feira em Cuiabá. 

A prisão, por determinação do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Trtibunal Federal, ocorreu no âmbito da Operação Sisamnes, que apura suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. 

Porém, o mesmo ministro também é o responsável pela operação Ultima Ratio, ocorrida no dia 24 de outubro em Mato Grosso do Sul. E nesta operação o lobista já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão em endereços nas cidades de Cuiabá e Brasília. 

Andreson, segundo a Polícia Federal, atuava na venda de influências sobre ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), além de negociar decisões antecipadas de processos. A operação desta terça-feira também mira assessores de ministros do STJ, incluindo chefes de gabinete de ministros. Mas, não existe confirmação de que algum ministro do STJ esteja sendo investigado

As investigações indicam que Gonçalves, empresário e lobista, teria acesso privilegiado a decisões antecipadas de ministros do STJ e, por meio desse acesso, vendia sua influência para garantir decisões favoráveis a clientes que pagavam por esses serviços.

Ele se apresentava como advogado, embora não tenha registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Sua esposa, porém, é advogada ele seguidas vezes fala em seu nome, mostra a investigação da PF.

A investigação ganhou força após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido no fim de 2023, em Cuiabá, quando o celular da vítima foi apreendido pelo Ministério Público 

Durante a apuração do crime, foram encontrados diálogos comprometedores nos quais Zampieri, conhecido por sua atuação no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, trocava informações com Andreson sobre a venda de decisões judiciais.

Os diálogos indicam que o lobista compartilhava minutas antecipadas de decisões do STJ e mencionava ter influência direta sobre assessores dos ministros, como Gallotti e Og Fernandes.

O ESQUEMA

O esquema investigado envolvia uma rede de advogados, lobistas, assessores de ministros, chefes de gabinete e até desembargadores. Andreson de Oliveira Gonçalves, o principal operador do grupo, atuava como intermediário, obtendo informações privilegiadas sobre decisões judiciais ainda não publicadas e utilizando sua rede de contatos no Judiciário para garantir resultados favoráveis a seus clientes.

Gonçalves compartilhava com seus interlocutores as minutas das decisões antecipadas de ministros do STJ e negociava sua influência para que essas decisões fossem direcionadas de acordo com os interesses dos envolvidos, mediante pagamento de vantagens financeiras.

Além das prisões preventivas e das buscas e apreensões realizadas em Mato Grosso, Pernambuco e Distrito Federal, a operação resultou em medidas cautelares, como o afastamento de funções públicas de servidores envolvidos, o monitoramento eletrônico de suspeitos e o bloqueio de bens e valores.
 

ANDRESON EM MS

Na operação Ultima Ratio, o lobista aparece principalmente por conta de suas ligações com o advogado Félix Jayme Nunes da Cunha, para o qual repassou em torno de R$ 1 milhão de reais, por meio da empresa Florais Transportes. 

O advogado Félix, por sua vez, apurou a PF, sacou praticamente todo o dinheiro na boca do caixa e a suspeita da PF é de que tenha sido destinado ao pagamento de decisões judiciais que ele tenha comprado no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. 

Além disso, Andreson aparece na investigação da PF por conta das trocas de mensagens com o desembargador Marcos Brito, um dos cinco afastados no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. 

Embora Marcos Brito não estivesse diretamente envolvido no processo, eles trocaram informações sobre uma série de ações milionárias. “Em consulta ao site do TJMS, verifica-se que tais ações fazem parte de um conjunto de processos com valor da causa de mais de R$ 64 milhões”, escreve o delegado Marcos Damato, responsável pela investigação em Mato Grosso do Sul. 

“Considerando que ANDRESON envia os extratos dos processos a MARCOS BRITO e que ele proferiu decisão em pelo menos um processo relacionado a eles, somado à proximidade entre eles e demais elementos que serão expostos, além das altas movimentações do primeiro com FELIX JAYME, entendemos haver fortes indícios de que tal desembargador estivesse recebendo propina de ANDRESON”, diz o relatório da PF. 

A investigação da PF também revela que Andreson e Marcos Brito trocaram dezenas de mensagens de texto e de áudio ao longo do ano passado. Andreson fazia parte, inclusive, de um grupo de watsapp criado pelo desemgargador afastado. 
 

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