Cidades

CONTRATUALIZAÇÃO

Por mesmo repasse, Santa Casa deve aumentar cirurgias

Prefeitura quer equiparar quantidade de intervenções eletivas e de urgência

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A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) já encaminhou proposta para o novo contrato entre a Santa Casa e a Prefeitura de Campo Grande para prestação de serviços. O valor continua o mesmo, aproximadamente R$ 294 milhões por ano, porém, o que a administração pede é que o hospital dê mais atenção às cirurgias eletivas e equilibre a quantidade de procedimentos feitos pela urgência e emergência com os que têm data marcada.

“Nós fizemos proposta de mais serviços, com foco muito grande na questão ambulatorial, nas especialidades, para poder abrir caminho para as cirurgias eletivas. Nós queremos mudar o perfil da Santa Casa de só entrar pelo pronto-socorro. Isso tem que ter uma mudança interna também. Às vezes, a pessoa não está tão grave assim, mas acaba entrando urgencializado por meio das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O que nós queremos é organizar essa porta, para que realmente só entrem as emergências, esse é o papel do pronto-socorro, e o restante entrar via ambulatório”, afirmou o superintendente de Relações Institucionais da Sesau, Antônio Lastória.

O representante da pasta explicou que a ideia é fazer com que o atendimento cirúrgico seja equilibrado no hospital, com 50% para eletiva e 50% para emergencial. “Para que no futuro a gente consiga inverter esses números e chegar a 80% eletiva e 20% emergência. Porque muito do que é feito na emergência é eletiva que não foi feita, então, não é fazer a mais, é tirar de um e colocar no outro, por isso que não impacta tanto. Mas para o hospital é mais barato fazer cirurgia eletiva”, afirmou Lastória.

Em entrevista, no mês passado, o diretor-presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, afirmou que, por dia, o hospital realiza aproximadamente 200 cirurgias, e dessas apenas 50 são eletivas, ou seja, 25%. Ainda em outubro, por conta de um atraso no repasse da prefeitura e do governo do Estado, o hospital paralisou as eletivas por alguns dias porque, ainda segundo o diretor, o estoque de medicamentos não daria conta de atender os pacientes agendados e os da emergência. Os procedimentos foram retomados nesta semana.

De acordo com o superintendente da Sesau, a mudança no contrato com o hospital já era a intenção do município desde a contratualização fechada em julho, que tinha validade até o dia 31 de outubro deste ano. Nesse contrato, a Santa Casa havia se comprometido a fazer mais cirurgias eletivas, seriam 160 de pequena e média complexidade, 20 de alta na Unidade de Trauma e outras 20 oncológicas. Além disso, outros 34 leitos seriam disponibilizados para a área de clínica médica e alguns serviços de exames. 

Porém, a partir de agora, a Sesau quer o incremento de outras especialidades, como cirurgia geral, cirurgia ginecológica e otorrino, que estão entre as mais solicitadas na fila de espera por uma cirurgia eletiva.

A estimativa é de que 4 mil pessoas aguardam por um agendamento em Campo Grande. “Nós sabemos que eles dão conta da urgência, mas sobra o atendimento eletivo, então nós queremos isso, é o que a gente esperava do Hospital de Trauma”, disse Lastória sobre a situação.

FORMALIZAÇÃO

A reunião para entrega da proposta foi feita no mês passado, entre administração municipal, Santa Casa, Ministério Público do Estado (MPMS) e vereadores. Lastória afirma que os dirigentes do hospital concordaram com a proposta, que mantém os valores do contrato anterior, ou seja, a unidade continuará a receber R$ 294 milhões por ano. 

Para Lastória, apesar de o montante repassado ser grande, o recurso tem esse volume “porque o contrato é grande, o hospital é grande – é a quarta maior Santa Casa do País – e ele entrega uma demanda significativa de serviço, só que está passando por dificuldades”. O valor é dividido entre prefeitura, governo do Estado e governo federal.

A resposta final deveria ser entregue em 15 dias, porém, a direção do centro médico pediu mais prazo para analisar melhor o documento e se adequar às mudanças, que envolvem alterações no formato de trabalho do corpo clínico. Com isso, para que a Santa Casa não ficasse sem repasse neste mês, a contratualização foi prorrogada por mais 30 dias. 

“A gente quer afinar isso por meio de um convênio legal, que seja equilibrado financeiramente, mas que internamente ela (a Santa Casa) também se organize para nos oferecer aquilo que nós precisamos”, concluiu o superintendente da Sesau, que disse ainda esperar que a partir de 1º de dezembro o hospital já tenha novo contrato.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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