Cidades

LUZ ZERO

Prazo para garantir luz grátis encerra domingo

Beneficiários que não realizarem o recadastramento devem perder o benefício no ano que vem

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Famílias de baixa renda de Mato Grosso do Sul precisam ficar atentas aos prazos para o recadastramento do programa de energia social “Conta de Luz Zero”.  A medida, que garante o pagamento  da conta de energia elétrica para famílias em vulnerabilidade, está com inscrições abertas.  

A primeira etapa do programa começou nesta segunda-feira (14) e deve seguir até o dia 20 de outubro nos 23 municípios em que está disponível.  De acordo com a Secretaria de Estado de Assistência Social (SEAD), quem não realizar o procedimento dentro do prazo, deve perder o benefício a partir de janeiro de 2025.

Como fazer o recadastramento?

Nesta primeira etapa, o programa está disponível nas seguintes cidades do Estado. Confira: 

Alcinópolis, Anastácio, Aquidauana, Bandeirantes, Camapuã, Campo Grande, Corguinho, Corumbá, Coxim, Dois Irmãos do Buriti, Figueirão, Jaraguari, Ladário, Miranda, Pedro Gomes, Porto Murtinho, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia, Sonora e Terenos.

Nestas localidades, os beneficiários podem realizar o recadastramento de forma online, através do site www.energiasocial.ms.gov.br, ou presencialmente em unidades do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), sedes do Mais Social ou agências da Sanesul.

De acordo com a SEAD, em novembro e dezembro, outros programas semelhantes serão realizados no restante do Estado. 

Quem pode participar?

No geral, o programa é direcionado para todas as famílias de baixa renda que se encontram em situação de vulnerabilidade social. 

No entanto, ainda existem algumas exigências para o cadastramento, bem como ter renda familiar mensal per capita igual ou inferior a meio salário mínimo como também já ser inscrito no Programa Tarifa Social de Energia Elétrica do Governo Federal.

Além disso, o consumo mensal de energia elétrica deve ser de 220kWh e o  imóvel deve ser utilizado exclusivamente para fins residenciais, seja em área urbana ou rural.

Você pode conferir todos os detalhes sobre o programa aqui: https://www.sead.ms.gov.br/programa-energia-social/

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MATO GROSSO DO SUL

Indígenas de MS terão 'crachá QR code' para retirar cesta alimentar

"Digitalização indígena" busca atualização da base de dados; modernização e facilitação na entrega dos alimentos, já apontados como "culturalmente incorretos" por renomada chefe Terena

15/10/2024 10h01

Cesta alimentar entregue há tempos perdeu ainda um dos dois únicos itens considerados

Cesta alimentar entregue há tempos perdeu ainda um dos dois únicos itens considerados "culturalmente corretos" Reprodução/GOVMS

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Recadastramento de indígenas aldeados e ribeirinhos, iniciado nessa semana pela Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead), dará para os povos originários sul-mato-grossenses um "crachá QR code" para identificação na costumeira entrega de cestas alimentares fornecidas pelo Governo do Estado. 

Esse processo de "digitalização indígena", segundo o Governo em nota, busca atualização da base de dados; modernização e facilitação na entrega para uma "destinação correta de alimentos" através do controle digital. 

Aldeias de Sidrolândia passaram a receber ainda ontem (14) funcionários do programa Mais Social - devidamente identificados, como frisa a titular da Sead, Patrícia Cozzolino -, que nessa semana estendem o trabalho até Dois Irmãos do Buriti. 

Segundo a secretária, o recadastramento dos povos indígenas segue um dos pilares do Governo de Mato Grosso do Sul: "tornar os serviços digitais, modernos e cada vez mais transparentes".

"É garantir que o alimento chegue a essas pessoas que mais precisam e ter esse controle digital", expõe a titular da Sead em nota. 

Basicamente, os cartões com QR code servirão como uma espécie de crachá, com o nome do programa "Mais Social In Natura MS", logo do governo diferenciados apenas pelas colorações (azul e verde). 

Isso porque, os de coloração azul trazem a identificação do beneficiário em si, contendo: 

  • Foto;
  • Nome e iniciais;
  • Etnia e 
  • Número de NIS. 

Já os de cor verde, servirão para que pessoas autorizadas pelo titular possam retirar o alimento, caso o beneficiário não possa comparecer, contendo as seguintes informações: 

  • Nome e iniciais; 
  • Foto (opcional) 
  • Etnia 
  • Número de RG (Registro Geral) 
Cesta alimentar entregue há tempos perdeu ainda um dos dois únicos itens considerados "culturalmente corretos"

Cesta 'culturalmente incorreta'

Conforme o Governo do Estado, as cestas entregues em 86 aldeias de 27 municípios seguem trazendo os mesmos itens há tempos, contendo: 

  • Arroz, 
  • Feijão, 
  • Sal, 
  • Macarrão, 
  • Leite em pó, 
  • Óleo,
  • Açúcar, 
  • Fubá, 
  • Charque, 
  • Canjica e 
  • Erva de tereré. 

Originária do povo Terena, da Aldeia Bananal, a chefe sul-mato-grossense de renome - com partições inclusive como especialista convidada no reality culinário MasterChef BR -, Kalymaracaya Nogueira, já comentou ao Correio do Estado o quanto os alimentos ofertados pelo Governo fogem da cultura tradicional.  

Segundo a chefe, em entrevista ao Correio do Estado em agosto do ano passado, a cesta oferecida pelo Governo do Estado aos indígenas de Mato Grosso do Sul só continha dois itens "culturalmente corretos". 

Sendo que, à época, o fubá e a farinha de mandioca eram os únicos corretos na cesta conforme a chefe, agora, o segundo nem aparece na relação atualizada dos itens fornecidos pelo Governo do Estado. 

"Culturalmente correto não porque alguns itens são causadores de doenças como: sal, sardinha enlatada (hipertensão); açúcar, trigo (diabete) óleo de soja (colesterol)", frisa Kalymaracaya. 

Conforme a chefe, estudos indígenas já sinalizavam que era viável para esses povos originários produzirem os próprios alimentos, devido ao trabalho tradicional junto à terra; por possuírem as sementes orgânicas e terem, principalmente, o conhecimento ancestral necessário para o cultivo. 

Ainda que os povos originários já pratiquem atividades como: a produção de milho; extração de castanhas do cerrado; plantações de abóboras, não há uma política pública em destaque que fomente essas práticas.

"Mas o que o governo busca fazer: colocam para dar essas cestas justamente para ganhar algo com isso, é mais importante para eles a entrega do que nós mesmos trabalharmos a terra", complementa ela.

 

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PANTANAL

Pesca esportiva sofre com crise climática, mas impacto foi pequeno

Em Corumbá, principal cidade para o turismo pesqueiro de Mato Grosso do Sul, 95% dos pacotes comprados de forma antecipada foram mantidos, porém, Porto Murtinho não teve a mesma sorte

15/10/2024 09h30

Homem pescou Pintado 'gigante' no distrito de Albuquerque

Homem pescou Pintado 'gigante' no distrito de Albuquerque Foto:: divulgação

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A pesca esportiva em Mato Grosso do Sul, que tem Corumbá como maior polo, não sofreu prejuízos com as queimadas e a crise hídrica que castigam o Pantanal.

Com exceção de Porto Murtinho, na fronteira com o Paraguai, onde o índice de cancelamentos de reservas foi mais significativo, em Corumbá, 95% dos pacotes comprados antecipadamente foram mantidos e o destino fechará a temporada, no dia 5 de novembro, com mais de 25 mil pescadores neste ano.

“Tivemos poucas desistências, apesar dos impactos ambientais que estamos vivendo”, afirma a empresária Joice Santana, que opera a maior frota de barcos-hotéis da região. 

“Quem veio ao Pantanal, para compensar o fogo e as baías secando, viu muitos bichos na beira dos rios. E também foi uma temporada farta de peixes, os pescadores não reclamaram”, acrescenta. 

“Para o ano que vem, esperamos que o Pantanal se recupere. A procura por reservas está crescendo”, completou Joice Santana. Mais cauteloso, o empresário Luiz Antônio Martins, que opera com hotéis e barco-hotel na região, reclama da campanha que, segundo ele, é feita por alguns setores ambientalistas, dizendo que o bioma está destruído e vai ser extinto. 

“Mesmo com essa propaganda negativa, o fogo e a seca não prejudicaram tanto o nosso turismo de pesca. Tivemos redução de grupos, agora, se não chover, 2025 será um ano muito difícil”, sinaliza.

CRISE GLOBAL

Corumbá conta com a maior estrutura fluvial para a pesca esportiva e pratica o pesque e solte. São 28 barcos-hotéis, para 12 a 80 pessoas, e 32 barcos para recreio.

O turista encontra ainda dezenas de pousadas e pesqueiros na beira dos rios Paraguai, Miranda e Paraguai-Mirim. 

A pesca embarcada oferece pacotes de até cinco dias, em que o pescador leva apenas seu equipamento de pesca: a embarcação tem ótimas acomodações, saborosa comida pantaneira, barcos a motor e guias de pesca.

“As adversidades ambientais que ocorrem com a escassez hídrica e as queimadas são questões globais, não apenas do Pantanal. Mas, pela forma como se propaga a notícia, dá a impressão de que só está ocorrendo no Pantanal”, diz o empresário Ademilson Esquivel, diretor da Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo (Acert). 

“Tivemos limitações em alguns momentos, mas o rio se manteve piscoso e estamos esperançosos de que o Pantanal voltará ao que era”, completou.

“FOI UM ANO BOM”

Dono de pesqueiro no distrito de Albuquerque (distante 70 quilômetros de Corumbá), o empresário Átilla Lelis aponta outros fatores climáticos, como as inundações no Rio Grande do Sul, pela queda no movimento de turistas este ano, em relação a temporadas anteriores.

“Em junho, por exemplo, tivemos o cancelamento de um grupo de 50 turistas do Sul. Com a fumaça das queimadas, pessoas idosas também desistiram da pesca. Mas foi um ano bom”, comenta.

Em Porto Murtinho, os efeitos ambientais foram mais impactantes para o setor. O empresário Marco Aurélio Nunes, o Marcão, da Pousada do Pescador, aponta que o número de cancelamentos de reservas foi acentuado. 

“Foi um ano regular, o rio [Paraguai] baixou muito, está difícil navegar e algumas espécies de peixes, como o pacu e o piau, sumiram”, relata. “Mas não podemos reclamar, vai dar para pagar as contas e os empregados”, diz.

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