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Prefeitura da Capital ignora Justiça e dá "calote" milionário nos precatórios

Quase 200 credores, que juntos têm direito a cerca de R$ 45 milhões, deveriam ter sido pagos até 31 de dezembro de 2024, seguem na fila de espera

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Ao mesmo tempo em que faz publicações no diário oficial do município dando ultimato para que os contribuintes paguem suas dívidas, principalmente relativas ao IPTU, sob pena de ela recorrer à Justiça, a prefeitura de Campo Grande também está dando “calote” em quase 200 empresas e pessoas físicas que estão na fila de espera para o recebimento dos chamados precatórios.

O crédito de um precatório surge depois de uma ordem judicial que exige o pagamento de uma dívida de um órgão público. O pagamento é feito após uma decisão judicial definitiva, ou seja, que não admite mais recursos.

Mesmo assim, o site do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul mostra que um total de 187 pessoas ou empresas que deveriam ter recebido os pagamentos até 31 de dezembro do ano passado, seguem na fila e não existe previsão para que recebam. 

Os valores destes créditos variam de R$ 2,4 mil a até R$ 7,58 milhões e a soma destas dívidas gira em torno de R$ 45 milhões. Boa parte dos destes créditos é de natureza alimentar, o que não foi o suficiente para que as dívidas fossem pagas. Somente dez delas são superiores a R$ 1 milhão.  

Alguns destes credores estão nesta fila desde meados de 2022 e, segundo um advogado que representa algumas destas pessoas e que pediu para não ser identificado, “estas pessoas davam o pagamento como certo, pois em anos anteriores estes pagamentos sempre ocorreram dentro do prazo legal”. 

O Governo Federal, por exemplo, pagou os precatórios relativos a 2024 logo no começo do ano passado, segundo este advogado. E, de acordo com ele, os precatórios do Governo do Estado também foram pagos corretamente no ano passado. 

E, conforme o presidente da Comissão de Precatórios da OAB-MS, Hélio de Oliveira Neto, este descrumprimento das decisões judiciais tende a passar sem qualquer tipo de punição para a administração municipal. 

“Pelo contrário, a tendência é de que a prefeitura seja beneficiada, pois provavelmente vai acabar adquirindo o direito de pagar estas contas em suaves parcelas”. 

JUROS E MULTA

Porém, para os cofres públicos este atraso será prejudicial, uma vez que a maior parte destas decisões judiciais estipula multa e juros em caso de atraso. Na maior parte das situações, a multa é de 1% ao mês mais a variação do IPCA.  Então, supondo que sejam R$ 45 milhões, a sangria mensal aos cofres públicos é de pelo menos R$ 675 mil. 

E, mesmo que os pagamentos sejam feitos agora, com o dinheiro do IPTU, os credores terão de esperar ainda entre dois e três meses para que possam fazer o saque. Isso porque o Tribunal de Justiça terá de recalcular todos os precatórios e acrescentar os valores relativos às multas e juros. 

A reportagem do Correio do Estado procurou o Tribunal de Justiça em busca de informações sobre possíveis providências que o Tribunal poderia adotar para fazer cumprir as decisões judiciais, mas até a publicação da reportagem não havia obtido retorno. 

O Correio do Estado também entrou em contato com a administração municipal para saber se existe alguma previsão para pagamento e sobre os motivos que levaram a prefeitura a desrespeitar as decisões judiciais. Até a publicação da reportagem, porém, a assessoria não havia se manifestado.  

LISTAS DE DEVEDORES

Em edição extrado do diário oficial da sexta-feira da semana passada (17), a prefeitura de Campo Grande publicou uma lista com cerca de 1,9 mil pessoas e empresas dando prazo de dez dias para que quitassem ou renegociassem dívidas de IPTU, ISS e outras. 

Quem não fizesse a regularização, informou o Diogrande, seria acionado judicialmente. Juntas, estas dívidas somam em torno de R$ 50 milhões. Na relação, além de um ex-prefeito (Alcides Bernal) e de um ex-deputado federal (Edson Giroto), constavam bancos, condomínios de luxo e até órgãos públicos municipais e estaduais, que são isentos. 

E, nesta terça-feira (21) saiu nova publicação do Diogrande com 166 páginas trazendo principalmente empresas do setor imobiliário que estão em débito com o IPTU. 

saúde

MS registra mais 9 casos da gripe K e número chega a 12

9 novos casos encontram-se em investigação epidemiológica, afirmou a SES-MS

23/12/2025 10h40

Átomo H3N2

Átomo H3N2

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Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS) apontam que 9 novos casos da Gripe K foram registrados em Mato Grosso do Sul.

Na semana passada, 3 casos foram confirmados. Com isso, o número chega a 12.

Os casos foram confirmados em Campo Grande, Costa Rica, Nioaque, Ponta Porã e Três Lagoas. Os infectados possuem 3 meses, 5 meses, 1 ano, 3 anos, 5 anos, 6 anos, 11 anos, 20 anos, 73 anos, 77 anos, 82 anos e 87 anos.

De acordo com a SES-MS, todos os nove novos casos confirmados do subclado K da Influenza A (H3N2) encontram-se em investigação epidemiológica. Para subsidiar a análise, foram solicitadas informações complementares aos respectivos municípios de residência dos pacientes.

Após a confirmação dos casos, a SES-MS emitiu alerta epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado.

GRIPE K

Gripe K é uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

As vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e Ásia.

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum:

  • febre
  • dor no corpo
  • dor de cabeça
  • dor de garganta
  • tosse
  • cansaço
  • falta de ar

As principais formas de evitar a doença são:

  • vacinação
  • ventilação de ambientes
  • uso de álcool gel
  • higienização das mãos
  • uso de máscara para pessoas infectadas

Até o momento, não há indícios de gravidade ou alarmismo para a doença.

TEMPO

Capital tem o dezembro mais chuvoso dos últimos seis anos

Acumulado até ontem era de 212,4 milímetros, o que já é superior à média climatológica do mês no Município; volume fica abaixo apenas do registrado em 2019

23/12/2025 09h00

Marcelo Victor/Correio do Estado

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Após anos de seca, Campo Grande viu a chuva voltar com força este ano. Só nos primeiros 22 dias de dezembro, o acumulado já chegou a 212,4 milímetros, o maior volume dos últimos seis anos na cidade.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado até ontem na Capital já é superior à normal climatológica, ou seja, a média para o mês no Município (considerando o período de 1981 a 2010), que é de 206,0 mm.

A última vez que choveu maior volume em Campo Grande foi em dezembro de 2019, quando foram registrados 249 mm, porém, o valor considera o mês inteiro, o que significa que ainda há possibilidade de este volume ser superado neste ano.

Além de ser o dezembro mais chuvoso dos últimos seis anos, este é o mês mais chuvoso deste ano, superando abril, quando foram registrados 204,8 mm.

Este ano também registrou alguns recordes, por exemplo, abril foi o mais chuvoso da história de Campo Grande, enquanto novembro teve o maior acumulado de chuva em 10 anos, conforme matérias do Correio do Estado.

Ao todo, o acumulado deste ano estava em 1.170,8 mm até ontem, conforme dados do Inmet. O volume é quase o dobro do registrado em todo o ano passado, quando foram apenas 780,6 mm, que foi o período com o menor acúmulo de chuvas da história em Campo Grande, de acordo com dados anuais da estação meteorológica do Inmet desde 1981.

ESTRAGOS

A chuva deste ano veio acompanhada de estragos nas ruas da cidade. Em abril, a situação mais crítica foi registrada na região da Chácara dos Poderes, onde a Estrada SE-1 precisou ser interditada em função da abertura de uma cratera na via de terra.

Já em novembro o acumulado de vários dias de chuva forte resultou em carros arrastados pela enxurrada na Praça Itanhangá e asfalto arrancado na rotatória das Avenidas Rachid Neder e Ernesto Geisel, além de dezenas de árvores que caíram sobre fiação de energia elétrica.

PREVISÃO

Para esta semana, segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), há possibilidade de chuva no Estado.

Hoje o sol deve ficar entre nuvens em todo MS. Em Campo Grande, há possibilidade de pancadas de chuva, principalmente durante a tarde e à noite. Também pode chover nas regiões, sul, norte e oeste do Estado. Já no leste o sol brilha entre nuvens.

Ontem Campo Grande teve períodos de nebulosidade e de sol forte durante toda a manhã e à tarde - Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

A temperatura deve variar de 23°C a 31°C na Capital e chega à máxima de 36°C em Três Lagoas e Paranaíba.

Na quarta-feira, o dia na Capital deve ser ensolarado, com máxima de 32°C. Há possibilidade de chuva no sul, norte e oeste do Estado.

O dia de Natal deve ser quente em Campo Grande, com máxima de 33°C e sol entre nuvens.

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