Cidades

VALORIZAÇÃO

Prefeitura garante reajuste de 10,39%, ainda sem saber como pagará os professores

Documento definitivo está marcado para ser entregue na sexta-feira (27) e, se pagamento não for integral, categoria quer no máximo em "duas parcelas"

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Após meses de indecisão, os 10,39% de reajuste - previstos inicialmente para novembro de 2022 -, foi finalmente garantido, ainda que a Prefeitura de Campo Grande não tenha, de fato, confirmado se o repasse acontecerá de forma integral, ou se parcelará os valores para a categoria, que espera receber em no máximo duas vezes. 

Na manhã desta quarta-feira (25) houve reunião, realizada no plenário do Paço Municipal, entre representantes do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), em comissão com membros do Legislativo; representados pelos vereadores, a liderança da prefeita na Casa de Leis; mais o Executivo Municipal e secretários. 

Agora, espera-se para 09h de sexta-feira (27), por conta de redação do projeto, o documento oficial do pagamento que confirma o pagamento dos 10,39%. 

Conforme o atual presidente da ACP, Gilvano Bronzone, o Sindicato recebe a proposta da forma como entrou nas negociações, propositivos e reconhecendo a importância do diálogo. 

"E de nós avançarmos... ainda não na velocidade que queremos, mas avançarmos. É um ponto importante, para a educação retomar uma valorização depois de alguns anos parados. É um início de diálogo", afirmou ele ao fim da reunião. 

Como explica a secretária de Finanças de Campo Grande, Márcia Helena Hokaka, sobre de onde vem o dinheiro para o pagamento, a gestão municipal tem "promovido ajustes" para diminuir despesas e melhorar arrecadação.

"Desde a convocação de servidores; ajuste no quadro de funcionários; nas nossas outras despesas de contratos, revendo todos. É sempre essa balança dos índices, como compõe o aumento da receita, diminuição de despesas, a fim de compôr elas, trazendo e podendo contemplar esse um pouquinho a mais desprendido, nessa promoção da diferença dos professores", disse a secretária. 

Vale ressaltar que, nesta reunião foi notada a ausência da atual prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, sendo que sua secretária comentou "não haver necessidade", uma vez que essa era uma "discussão técnica". 

Valores daqui para frente

Importante lembrar que, esse 10,39% faz parte da discussão sobre valores a serem acertados ainda em 2022, após instituída a Lei Municipal nº 6.796, da qual surgiu o escalonamento dos valores para que se reestabelecesse em Campo Grande a política salarial do Piso 20h da Rede Municipal de Ensino (Reme). 

Sobre a cobrança de reajuste, dos 15% aprovados pelo Ministério da Educação para 2023, Gilvano complementa que primeiro será finalizado esse processo, para ainda em fevereiro discutir o calendário para os próximos dois anos.

"14,95 da recomposição do piso em 2023, faz parte do calendário, em momento nenhum ela [prefeita] se colocou contra essa situação, visto que nossa data base do ano é o mês de maio", cita o professor. 

 Ainda, de valores do ano passado, o reajuste de 4,7891% - previsto para dezembro, a valer a partir de janeiro - não entrou na matemática acertada até agora, entretando Gilvano garante que as trativas dos valores devem continuar. 

Contemplando os apontandos, professores concursados e convocados - menos os chamados "seletivos", com contratos temporários -, Gilvano garante que a exclusão, como a dos profissionais em inatividade vista em 2022, não voltará a se repetir.

"Ficou acertado que ela continua um diálogo  para discutir o calendário 2023 e 2024. Não houve, em nenhum momento, por parte do Executivo, Legislativo ou do Sindicato, qualquer hipótese de não contemplar um segmento ou outro. Tivemos uma questão de dificuldade de atender os aposentados na proposta do executivo... mas foi superado", finaliza Gilvano. 

 

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CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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