Cidades

OPERAÇÃO

Prefeitura, polícia e MPMS querem prender quem jogar lixo e entulho na rua

Ação inédita começa hoje no Bairro Aero Rancho e visa aumentar a limpeza urbana e proteger o meio ambiente da cidade

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Uma operação conjunta que envolverá vários órgãos públicos municipais de Campo Grande – mas também o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) e a Polícia Civil – pretende punir, até mesmo com apreensão de bens e prisão, quem descartar sujeira e entulho em terrenos públicos e/ou privados de Campo Grande.

A ação, que será coordenada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), terá início primeiramente pelos bairros da região Anhanduizinho.

A fiscalização deverá passar por locais onde existe uma grande concentração de sujeira e lixo de grande volume, além de resíduos orgânicos, nos bairros Jardim das Hortênsias, Jardim das Nações, Parque do Sol, Dom Antônio, Guanandi II, Aero Rancho, Jardim Uirapuru, Jardim Marajoara, entre outros.

Conforme o titular da Sisep, Marcelo Miglioli, o objetivo da ação, além de manter a cidade limpa, também é punitivo, no sentido de fazer com que a população – e até alguns prestadores de serviço – obedeçam critérios mínimos de limpeza pública e descarte de objetos.

“Será uma operação abrangente, e teremos apoio policial e da guarda municipal para, se for o caso, prendermos pessoas que espalham lixo pela cidade ou apreendermos veículos, como caminhões, que eventualmente foram flagrados despejando lixo ou entulho em áreas públicas ou particulares”, explicou Miglioli em primeira mão ao Correio do Estado

Segundo ele, o hábito de espalhar entulhos, resíduos de podas de vegetação urbana ou limpeza de quintais e até objetos como móveis e eletrônico é algo a ser combatido, pois, além de sujar a cidade, também prejudica a preservação do meio ambiente e a correta destinação dos resíduos.

O descarte de entulhos deve ser realizado apenas por profissionais licenciados e credenciados, que têm a obrigação de depositar os resíduos em áreas com licença para receber o material.

Já no caso de descarte de objetos de menor volume, como eletrônicos, eletrodomésticos e alguns itens de casa, há estações específicas da concessionária CG Solurb espalhadas pela cidade voltadas a esses materiais.

PROBLEMA DE DÉCADAS

A operação desencadeada hoje – e que deve continuar em outros bairros e regiões – foi originada a partir de notificações da Polícia Civil e do MPMS contra o município para a interdição de uma área 
na periferia da cidade que recebia resíduos da limpeza urbana.

A lei ambiental exige que seja feita a triagem dos materiais e o descarte regular. Ocorre que a atuação do município para retirar objetos das ruas acontece, na maioria das vezes, em substituição a um serviço que é dever e responsabilidade do cidadão, como dar a correta destinação a seus descartes.

Em parceria com essas três instituições, a operação acontece em meio a uma tentativa de encontrar uma solução para o problema, que tem sobrecarregado não apenas o trabalho da Sisep, mas também prejudicado o meio ambiente da cidade.

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Cidades

MS tem o segundo maior índice de mortos pela polícia da história

O presente ano está atrás apenas do ano passado, que havia sido recorde

20/11/2024 18h28

Imagem ilustrativa

Imagem ilustrativa Arquivo/Correio do Estado

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Dois homens, de dois municípios diferentes de Mato Grosso do Sul, foram mortos pela polícia na última terça-feira (19). Agora, o número de vítimas de agentes do Estado chegou a 70 no ano, o segundo maior índice registrado na série histórica divulgada no portal de dados da Secretaria Estadual de Justiça de Segurança Pública (Sejusp).

O presente ano está atrás apenas do ano passado, que foi o recorde em mortes causadas por agentes de Estado em Mato Grosso do Sul, com 131 mortos de janeiro a dezembro, quantidade 156,8% superior ao registrado em 2022, quando 51 foram mortos.

Os 70 mortos de 1º de janeiro a 20 de novembro deste ano se igualam às 70 vítimas registradas em todo o ano de 2019. Confira o levantamento:

Imagem ilustrativa

Perfil das vítimas

Assim como nos anos anteriores, em 2024 os homens representam a maior parte dos mortos pela polícia: foram 62 vítimas, número que representa 88,5% do total registrado. Apenas uma mulher foi vítima, e outros sete casos não tiveram o sexo especificado.

Quanto à idade, mais de metada das vítimas (52,8%) eram jovens de 18 a 29 anos. Na sequência, figuram adultos de 30 a 59 anos, que representam 31,4% do índice. Os adolescentes representam 5,7% do índice. Sete casos não especificaram idade, e representam 10%.

A maioria dos óbitos aconteceram em Campo Grande (36). No interior do Estado, foram registrados 34, sendo 19 na faixa de fronteira.

Casos mais recentes

Em menos de 12 horas, dois homens, um de 32 anos e outro de 33, morreram em confronto com a Polícia. O primeiro caso aconteceu durante a tarde, e o segundo à noite, nesta terça-feira (19).

Em Bataguassu, um homem de 32 anos foi baleado e morto por policiais civis após reagir ao cumprimento de um mandado de busca e apreensão. A Polícia Civil não divulgou muitos detalhes a respeito da ocorrência.

Em Dourados, um homem de 33 anos morreu após reagir a abordagem de policiais civis do Setor de Investigações Gerais (SIG). Conforme apurado pela mídia local, ele estava sendo monitorado pela polícia suspeito de ameaçar uma família devido a uma dívida.

Na noite de segunda-feira (18), Gabriel Nogueira da Silva, de 27 anos, responsável pelo assassinato do médico Edivandro Gil Braz, de 54 anos, foi baleado e morto por policiais, após resistir à prisão e tentar fugir da delegacia onde estava detido, localizada em Dourados.

Colaborou: Naiara Camargo.

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Fauna

Lojista é multado em R$ 24 mil por expor cabeça de animais em Campo Grande

A ação do Ibama encontrou exposição de cabeças de onça pintada, queixadas e até a arcada dentária de tubarão no estabelecimento

20/11/2024 18h15

Crédito: Ibama MS

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Uma loja que expunha cabeças de animais silvestres foi alvo de fiscalização pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Campo Grande.

Os agentes encontraram várias cabeças de espécies da fauna sul-mato-grossense, como:

  • onças-pintadas (Panthera onca);
  • onças-pardas (Puma concolor);
  • queixadas (Tayassu pecari);
  • jacarés (Alligatoridae);
  • cervos-do-pantanal (Blastocerus dichotomus);
  • peixes pintados (Pseudoplatystoma corruscans);
  • dourados (Salminus brasiliensis).


Além disso, foram apreendidos "troféus", como a arcada dentária de um tubarão. As peças foram recolhidas, e o estabelecimento foi autuado conforme estabelece a Lei Federal de Crimes Ambientais (nº 9.605/98) e o Decreto nº 6.514/08.

O proprietário recebeu uma multa que totalizou R$ 24 mil, e os suspeitos de organizar a “exposição” irão responder pelo crime na Justiça.

É importante ressaltar que a legislação brasileira proíbe a exposição de partes de animais para comercialização, situação enquadrada na Lei de Crimes Ambientais como venda ilegal de artesanato feito com partes de animais silvestres.

Crédito: Ibama MS

Tráfico de animais


Com a ação, o Ibama tenta inibir tanto a oferta quanto a procura, bem como o tráfico de animais silvestres.

"Quanto mais raro é um animal, maiores são o interesse e o preço que pagam por ele", afirmou a superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, Joanice Lube Battilani, que completou:

"Essa prática está aliada ao fato de que algumas pessoas, de forma equivocada, acreditam que esses tipos de objetos feitos com partes de animais silvestres servem como amuletos, trazendo proteção e prosperidade."

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