Cidades

ENSINO À PROVA

Primeiro dia de prova do Enem termina com confiantes na redação e outros que nem tentaram o desafio

Entre estudantes que aproveitam a chance para ingresso na universidade, muitos 1.º e 2º anistas fazem Exame "só para treinar"

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Encerrada neste domingo (13), o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), trouxe como tema de redação "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil", que já serve para muitos como chance de ingresso na universidade, mas para outros "só como treino". 

Como constatou o Correio do Estado, no horário de encerramento da prova, diversos estudantes que deixavam o Exame relataram que sequer tentaram a parte textual. 

Conforme apuração in loco, acanhados por conta de tensão da prova, alguns dos alunos do ensino médio que tentaram ao Exame, sequer se arriscavam a falar sobre a parte textual. 

Entre os estudantes que tentavam a prova para valer, tinham ainda aqueles - muitos alunos do 1º e 2º anos do ensino médio -, que faziam a prova "só para treinar". 

Além da redação, essa primeira prova conta com 45 questões objetivas de Linguagens e Códigos, e o mesmo número de perguntas sobre as chamadas Ciências Humanas.

Confiança para 2º dia

Se para uns a prova, e principalmente a redação, foi um desafio a ser superado, houve aqueles que saíram confiantes deste primeiro domingo de Enem.

Como é o exemplo de Fernanda, de 19 anos, que tenta o Exame Nacional do Ensino Médio para uma vaga no curso de mediciona no Enisno Superior. 

Segundo ela, tratar sobre os "desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil" neste 2022, foi muito mais fácil que a redação do  ano passado, que trouxe o tema:  "Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil. 

"Me senti um pouco mais confiante e, até então, espero que tenha saído tudo bem.Entendi o tema, fiz o que estava ao meu alcance, que eu consegui entender, interpretar e argumentar sobre o assunto", relatou. 

 Ainda, em seu texto, ela revela que foi "mais no sentido de reconhecer esses povos e comunidades". 

"Por causa da imensa parte do nosso comércio, tanto os pescadores quanto os indígenas com suas culturas", completa Fernanda. 

Sendo um ano mais nova, Rafaela Diniz, que planeja cursar odontologia no próximo ano, foi outra que exaltou a escolha do tema. 

"Achei um tema super pertinente, até porque a inclusão social é necessária e, na verdade, eu acho que esse tema falando sobre os desafios para valorização é super importante" disse.

Também, ela expõe que, de certa forma, estava preparada, já que chegou a reproduzir situações parecidas com essa tema em sala de aula. 

"Porque supomos mesmo que ia cair sobre desvalorizações de alguns povos, como os indígenas, pescadores, quilombolas", argumenta.

Rafaela em análise do atual cenário nacional, argumenta que o tema é pertinente e diz que é necessária uma valorização de povos originários. 

"Porque querendo ou não, são os nossos povos originários, e aí tem todos os conhecimentos que eles atribuíram para a gente, como o manuseio de terras, alimentos, etc", finaliza ela. 

Sobre o Enem

Vale ressaltar que, no próximo domingo (20), no mesmo local de prova, haverá a segunda etapa do exame. 

Neste segundo dia os estudantes respondem 45 questões objetivas de Ciências da Natureza, e outras 45 de Matemática. 

Importante frisar que, os portões são fechados, pontualmente, às 12h, e o exame começa às 12h30. 

Essa prova de hoje (13) teve duração é de cinco horas e meia, sendo 30 minutos a menos na prova do próximo domingo (20). 

 

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CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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